Os alunos que abandonaram os estudos um ano após terem iniciado um curso no ensino superior aumentaram em 2020/2021, segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), que apontam para um crescimento de quase dois pontos percentuais nas licenciaturas.
À exceção dos mestrados integrados, todos os outros cursos registaram um aumento de casos de alunos que abandonaram os estudos durante o primeiro ano. Esta é uma das informações que está disponível a partir deste sábado no portal Infocursos, que disponibiliza dados e estatísticas sobre cursos superiores.
No ano letivo de 2020/2021, quase um em cada quatro estudantes (24,4%) que tinha ingressado num curso técnico superior profissional (CTeSP) já não se encontrava no sistema de ensino superior nacional um ano após ter iniciado o curso. No ano anterior, a percentagem era de 18,7%, ou seja, 5,7 pontos percentuais abaixo.
Entre as licenciaturas, a percentagem dos que saíram do sistema durante o primeiro ano foi de 10,8%, quando no ano anterior tinha sido de 9,1%. Nos mestrados de 2.º ciclo, a percentagem de desistência aumentou 0,2 pontos percentuais, atingindo os 16,2% no passado ano letivo. Apenas os mestrados integrados mantiveram a taxa de abandono (3,7%) nos dois últimos anos em análise.
Os dados da DGEEC estão disponíveis no site do Infocursos com informações sobre “4.022 pares estabelecimento/curso ministrados em 279 estabelecimentos/unidades orgânicas de ensino superior”. A data de referência das estatísticas apresentadas é o ano letivo 2020/21, mas os dados permitem perceber a evolução desde 2015
Desemprego diminuiu entre recém-licenciados
Por outro lado, o desemprego diminuiu entre os recém-licenciados no passado ano letivo, segundo dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), que apontam para uma redução de 5% para 4% num ano.
A percentagem de recém-diplomados dos cursos de licenciatura e mestrado integrado que se encontravam inscritos no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) como desempregados no ano letivo passado era de 4%, segundo os dados divulgados neste portal.
Numa comparação entre os alunos que frequentaram estabelecimentos de ensino públicos e os de privados, nota-se que o desemprego atinge mais os segundos. Se a percentagem de desempregados entre os recém-diplomados de instituições públicas foi de 4% no ano passado, entre os ex-alunos de instituições privadas a percentagem sobe para 4,8%. No entanto, a diferença é pouco significativa.