O ministro da Educação revelou esta terça-feira que alunos do secundário vão experimentar previamente as plataformas dos exames nacionais digitais, provas que terão em conta o tempo necessário para resolver itens naquele formato.
Este ano, os exames nacionais do secundário continuam a ser em papel, à exceção de um conjunto de estudantes e escolas que irá participar no projeto-piloto e realizar as provas em formato digital.
Mas, estes alunos terão tempo para se “familiarizar com a plataforma”, revelou o ministro da Educação, durante a audição parlamentar pedida pela IL e pelo PSD para debater os resultados dos alunos no PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes).
“Vamos estar a trabalhar com escolas, alunos e professores para haver já um contacto com as plataformas digitais, para fazer o piloto que estava previsto com a adaptação dos alunos à resposta em formato digital, a adequação dos itens que são em formato digital”, disse à Lusa no final da audição.
Estes testes servirão também para “monitorizar variáveis como o tempo que é necessário para a resolução de diferentes itens em função do formato digital ou papel”, acrescentou João Costa.
Sobre os alertas de diretores escolares para a existência de milhares de equipamentos avariados e possível carência de equipamentos para todos poderem realizar as provas digitais, João Costa disse que a situação está praticamente resolvida.
“Nós temos já montada, em sede de contratação, toda a estrutura de apoio à manutenção dos computadores que não estão em garantia. Esses problemas estão a ser trabalhados”, afirmou João Costa.
Quanto às falhas na rede de internet, o ministro diz que solicitou ao Instituto de Avaliação Educativa (IAVE) “que explicite junto das escolas as opções que têm de fazer para realizar as provas em modo offline”.