A Agência Nacional de Inovação (ANI), em parceira com a Nos, Critical Software, GeoSAT e a Galp, vai lançar seis desafios às instituições do ensino superior para desenvolverem soluções inovadoras em áreas como a energia, espaço, sistemas de informação e 5G. Os desafios pretendem identificar projetos disruptivos nas respetivas áreas, sendo que as equipas vencedoras serão premidas com 5.000 euros cada.
O objetivo, garante a presidente da ANI, Joana Mendonça, é “promover a inovação colaborativa e a transferência de conhecimento para a economia, potenciando os resultados comerciais da investigação”, bem como criar “canais de acesso ao conhecimento para as empresas”.
A iniciativa pretende ainda ser uma plataforma onde investigadores, professores e alunos desenvolvem “novas ideias, perspetivas e competências para as empresas”, assegurando assim o acesso à investigação e à inovação, garante a ANI em comunicado. As equipas vencedoras, além do prémio, recebem também a oportunidade de colaborar com as empresas parcerias da iniciativa, uma colaboração que pode ser, posteriormente, aprofundada, acrescenta.
Neste sentido, a Nos propõe dois desafios na área da tecnologia 5G, sendo que o primeiro visa melhorar a segurança em casa através deste recurso, por meio da conectividade entre dispositivos e da inteligência artificial para monitorização em tempo real. Já o segundo procura aumentar o desempenho dos atletas de alto rendimento através da realidade aumentada e análise de dados em tempo real.
A Critical Software, por sua vez, pretende redefinir a engenharia de sistemas, de forma a automatizar processos por meio de modelos modelos linguísticos e reinforcement learning, através de “grandes conjuntos de dados”. A GEOSat, através da utilização de imagens recolhidas pelos seus satélites, desafia os concorrentes a desenvolver novos serviços em áreas como saúde, mobilidade, resolução dos impactos das alterações climáticas, segurança alimentar, segurança e disponibilidade de recursos.
A Galp apresenta, igualmente, dois desafios. O primeiro procura métodos alternativos e mais sustentáveis de grafitização, um processo de produção com elevado consumo de eletricidade e de derivados de petróleo e carvão. O segundo pretende soluções para aproveitar o subproduto de sulfato de sódio, evitando a sua disposição em aterro.
A iniciativa da ANI é cofinanciada pela União Europeia através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e as candidaturas podem ser feitas através do seu website até 19 de março. O processo irá contar com uma fase de avaliação das candidaturas e um evento de pitch das ideias finalistas, fase esta que deverá ocorrer em abril, onde serão escolhidos os vencedores