Toda a euforia enche os autocarros na partida para o Sul de Espanha – esta é a viagem prometida pelas agências como a viagem de uma “vida”.
Assinada pelos pais, faz-se a vontade tanto dos filhos quanto a dos pais nesta que se parece mais com uma celebração da chegada à maioridade. Viagem de finalistas sabemos que não é, pois para além de se antecipar pelo calendário, afinal qualquer um pode ir!
Nesta viagem, as histórias que se antecipam rondam exclusivamente conjeturas de quantas bebidas (que na realidade são maioritariamente alteradas) se hão de virar. “Vai ser muito divertido”!
Como se pode tão facilmente apelidar de divertido o ingressar numa viagem que marca a nossa primeira saída independente e emancipada, na qual não sou eu que vivo aquele momento no que acho correto, mas antes guiado por aquilo que os outros esperam de mim?
As viagens de finalistas seriam muito melhores se o foco não fosse beber álcool (e o gravar enquanto tal se faz) até não aguentar mais, se demonstrar que se é “fixe” nas maiores parvoíces por imposição dos pares não fosse perene, se não houvesse a pressão sufocante de que temos de compreender que vivemos numa suposta época de ouro da qual não devemos estar a perder e que é o auge. Que péssimos princípios para a vida adulta! A pressão quer da bebida, ou mesmo de tantas coisas outras pelas próprias agências é arquitetado e disposto.
Este quase que ritual iniciático na vida adulta não fosse padronizado erradamente que a diversão do verdadeiro “eu” seria garantida – o companheirismo, o conhecimento, a verdadeira independência.
Com o bom dinheiro que se investe nestas viagens, melhor poderiamos ter tanto quanto a destinos, quanto ao que de mais se espera – a amizade!
Para os que vão, contrariem aquilo que não é de vós, divirtam-se a ser vocês!
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Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.
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