Bolsas de mestrado vão aumentar e deixam de depender da propina de licenciatura

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O Governo vai reforçar o valor das bolsas de mestrado para alunos com ação social do ensino superior. Em declarações ao Diário de Notícias, o ministro da Ciência e Ensino Superior Manuel Heitor refere ser preciso garantir o prolongamento da ação social para as pós-graduações.

“Se queremos passar de metade dos jovens para seis em cada 10 a participar no ensino superior, temos claramente que reforçar a Ação Social, assim como garantir o prolongamento da Ação Social para as pós-graduações. Essa é uma medida que iniciámos já o ano passado, e que estou certo irá avançar este ano em sede do Orçamento do Estado para 2022, e que é garantir que todos aqueles que são bolseiros da Ação Social nas licenciaturas o podem fazer no mestrado”, disse ao jornal Manuel Heitor.

Fonte do gabinete do ministro explicou que os bolseiros inscritos em mestrado terão a sua bolsa reforçada, “passando do valor da propina fixada para o 1.º ciclo [licenciatura], e que é de 697 euros, para um valor que passará a ser a propina do seu mestrado, até ao limite do valor da bolsa de doutoramento da Fundação para a Ciência e Tecnologia, e que é de 2.750 euros”.

Segundo Manuel Heitor, o próximo ano letivo será ainda o primeiro em que vão deixar de existir os mestrados integrados. “Vai ser o primeiro em que há os chamados novos mestrados, não há mestrados integrados, e, portanto, a oferta passa a ser em todas as áreas, sobretudo nas engenharias, também de dois ciclos, o primeiro ciclo [licenciatura] e o segundo ciclo [mestrado].”

Estado financia a ação social escolar no ensino superior com cerca de 140 milhões de euros por ano, dois terços com fundos comunitários, um terço com fundos nacionais de receitas diretas dos impostos.