Em algum momento será necessário que qualquer pessoa com o intuito de entrar na faculdade passe por esta etapa e a realidade é simples: é um momento de ansiedade, autorreflexão e receio.
Não importa se vais realizar a tua em Agosto, Setembro ou Outubro é bem provável que passes por cada uma destas etapas ou sentimentos tal como muitos outros.
Primeiro que tudo, rezamos aos santos para que o trabalho árduo tido durante anos não vá por água abaixo nos exames que tanto decidem o nosso futuro. Em seguida, com os resultados já na mão e a média calculada vais entrar no que eu chamo de “espiral da insanidade”. Por mais prontos que estejamos ou por melhores notas que possas ter há sempre o medo de não entrar no que queremos ou até, para alguns, pensar realmente no que queremos porque deixámos andar.
Quando realizei a minha candidatura tive o mês de Julho em plena espiral de insanidade enquanto tentava perceber o que poderia seguir com a minha suposta média, o que poderia seguir se conseguisse melhorar a nota no exame de segunda fase que decidi fazer e acima de tudo que raios é que eu queria dentro das minhas opções.
Lembro-me de passar por tantas ideias desde Antropologia, Gestão de Recursos Humanos, Administração Pública, Jornalismo e Sociologia. A realidade é que o que mais desejava tratava-se de Enfermagem, mas por obra do destino não entrei por 2 décimas.
Frustração não chegou para me descrever com os resultados ao ponto de quase ter pensado em não realizar a matrícula no curso em que dei entrada, pois não sabia se realmente seria o que queria fazer, foi posto mais na ideia de não entregar uma candidatura com apenas uma opção.
Independentemente do teu resultado, no final desta candidatura, tem em conta que há algo para tu fazeres e quando te sentires perdido pede ajuda a amigos e familiares, eles são uma grande ajuda quando se trata de te conhecer e entender que áreas te podem agradar. Para além disso, não penses que um ano para melhorar notas é um ano perdido ou que apenas deves escolher um curso por causa da empregabilidade.
A verdade é que devemos fazer o que gostamos, e que seguir essa ideia nos pode levar a muitos feitos, mesmo que o curso não esteja no ranking dos que possuem maior empregabilidade. A tua vida depende de ti, das tuas escolhas, mas acima de tudo do teu trabalho. Não vão ser quaisquer tipo de estatísticas que irão definir o teu emprego, porque quem realmente gosta do que faz, dá o máximo e tem toda as hipóteses de alcançar o que deseja.
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Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.
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