Cerca de 300 estudantes apareceram para acompanhar a estudante Natasha Nkhama, da Universidade de Baylor, no Texas nos EUA, para a aula na quarta-feira, depois de ter denunciado que foi empurrada e vítima de assédio racial enquanto caminhava pelo campus.
Num vídeo postado no Twitter por uma amiga, Nkhama descreveu o ataque.
this is my friend Natasha, and this happened today 11/9 at @Baylor. pic.twitter.com/bm64xyc9LZ
— Jaileene Maite (@ijaileene) 9 de novembro de 2016
“No meu caminho para a aula, este indivíduo saiu do seu caminho para bater-me e … empurrar-me para fora do passeio”, disse ela. “Ele disse ‘nenhum nigger pode andar no passeio’.”
“E eu fiquei chocada”, acrescentou. “Eu não tinha palavras.”
Nkhama também disse que quando confrontado por um aluno próximo, o atacante respondeu: “Eu estou apenas tentar fazer a América grande novamente.”
“Então, se você votou em Donald Trump, espero que perceba o que isso significa do ponto de vista de outra pessoa”, disse Nkhama.
Quando a notícia do incidente se espalhou por todo o campus, os estudantes arranjaram um plano para escoltar Nkhama para sua aula de sexta-feira pela manhã usando a hashtag #IWalkWithNatasha.
Centenas de pessoas apareceram – inclusive algumas cujos professores deixaram-nas sair cedo da escola para ajudar.
This crowd at @Baylor is crazy large for #IWalkWithNatasha pic.twitter.com/bhPMRDWDba
— Cassie L. Smith (@SmithCassie) 11 de novembro de 2016
Nkhama agradeceu a demonstração de solidariedade, dizendo à multidão que “só queria que todos que vissem o [gesto] soubessem que Baylor é um campus de amor”.
Natasha just came out. pic.twitter.com/gj8Uca2WZD
— Cassie L. Smith (@SmithCassie) 11 de novembro de 2016
Ela e vários outros estudantes cantaram “Amazing Grace” enquanto caminhavam pelo campus.
#iwalkwithnatasha happening on @Baylor campus pic.twitter.com/Bmk0be5CrC
— Cassie L. Smith (@SmithCassie) 11 de novembro de 2016
Entretanto, a reitoria da Universidade respondeu às alegações de Nkhama, afirmando que o comportamento do agressor “é profundamente perturbador e não reflete de modo algum a fé ou os valores de Baylor”.