Em Coimbra são bonitos os luares.
São bonitas as luzes acesas nas janelas de madrugada.
Os atalhos por linhas férreas quando as 7 badaladas tocam.
A companhia que ri alto no balanço do álcool.
E o barulho dos sapatos que acompanham as minhas passadas.
Em Coimbra são bonitas as capas negras que desligam a chuva.
E as cordas das guitarras que ritmam as pandeiretas.
É bonita a praxe que me deixa com dores.
Mas com um sorriso igualmente grande.
É bonita a praça com círculos de gente que se senta no chão e canta, bebe, encanta.
Em Coimbra são deliciosas as diferenças.
No cheiro, no céu, no calor, na chuva.
Na comida que não é a da mãe mas conforta na mesma.
Nos amigos que não são de sempre mas são para sempre.
Nas cozinhas de azulejos.
A vista do Penedo da Saudade.
E as saudades de casa.
A dor e a falta de quem sempre nos fez tanta falta.
Até isso é bonito em Coimbra.
É bonita a Balada, para quem parte, para quem fica.
E até para mim que acabei de chegar.
E para quem não sabe, aqui é bonito.
É bonito tudo e mais alguma coisa.
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Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.
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