Como é que é fazer parte do Movimento Júnior?


Ser membro de uma Júnior Empresa é a experiência mais enriquecedora que um aluno universitário em Portugal pode ter, quer a nível de preparação para o mercado de trabalho quer a nível de desenvolvimento pessoal e profissional. Apesar de ser um conceito ainda não muito difundido na sociedade, uma Júnior Empresa consiste numa associação sem fins lucrativos que é gerida exclusivamente por estudantes universitários, que providencia serviços a entidades externas, tais como empresas, instituições e associações de diversas áreas de atuação.

No caso da EPIC Júnior, a Júnior Empresa da Escola de Engenharia da Universidade do Minho, os seus membros consistem exclusivamente em alunos da Escola de Engenharia que têm a oportunidade de aplicar os conhecimentos que adquirem nos respetivos cursos ou aprender competências extracurriculares através dos serviços de desenvolvimento tecnológico e consultoria que prestamos. Estes serviços variam desde o desenvolvimento de Software, desenvolvimento de Websites, Consultoria em Projetos de Engenharia e, ainda, Prototipagem.

Para além disso, a EPIC Júnior não desenvolve só projetos externos, dando ênfase àquele que é o nosso maior Projeto Interno, criado em 2021, o EPIC Green. O EPIC Green surge no âmbito da Sustentabilidade e da Responsabilidade Social e Corporativa e da necessidade de impactar e consciencializar para as situações atuais que o nosso mundo enfrenta. Assim, tem como principal objetivo contribuir para a sensibilização, não só dos membros da estrutura da EPIC Júnior, mas também de toda a comunidade que nos rodeia. Pelas palavras da atual Project Manager, Gabriela Gonçalves, “Fazer parte do EPIC Green é uma oportunidade para impactar não só os membros da JE, como toda a comunidade, com atividades no âmbito da sustentabilidade e responsabilidade social. É uma oportunidade para ir além do nosso core business, refletindo, assim, o compromisso e os valores éticos, ambientais e sociais da organização. É cada vez mais importante educar e sensibilizar os jovens sobre as causas sustentáveis, pois são eles os principais motores do futuro do mundo”.

Numa perspetiva mais pessoal, entrei na EPIC no meu 3º ano de licenciatura de Engenharia Biomédica e tive a oportunidade de conhecer e trabalhar com alunos de outras Engenharias, o que me ajudou a entender melhor o papel de um engenheiro e todas as suas versatilidades. Tive ainda a singular oportunidade de trabalhar em projetos que me proporcionaram hard skills super valorizadas no mercado de trabalho, as quais nunca teria contacto no meu próprio curso.

No entanto, o meu percurso aqui não ficou apenas marcado pelas competências técnicas que aprendi. Destaco com muito carinho todas as amizades que aqui fiz, mas também o dinamismo e a cultura organizacional que reproduzem fielmente o ambiente de uma empresa real do mercado de trabalho, desde reuniões e contactos com clientes, documentação, organização, ética de trabalho e muito mais. Todas estas soft skills fazem de mim, hoje, um profissional mais completo e preparado para enfrentar o mercado de trabalho e capaz de desempenhar as minhas atuais funções de Presidente da EPIC Júnior.

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Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.

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