Confirmada greve no dia dos exames nacionais, e agora?

A Federação Nacional da Educação e a Fenprof confirmaram nesta terça-feira a entrega do pré-aviso de greve para 21 de junho, época de exames, esperando uma grande adesão por parte dos professores, face à “insuficiência de respostas” do Governo às reivindicações que apresentou.

“A greve é inevitável, a menos que da parte do Ministério da Educação exista, entretanto, a disponibilidade para que num compromisso escrito se definam de forma clara, nem que seja para negociação futura, algumas decisões”, disse à agência Lusa o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.

Entre as decisões reivindicadas está a garantia de que o descongelamento de carreiras chegue a todos os professores “de forma clara e efetiva” em janeiro de 2018.

No dia 21 de junho está prevista a realização dos exames de Física e Química A, Geografia A e História da Cultura e das Artes do 11º ano. Só no exame de Física e Química A estiveram inscritos mais de 48 mil alunos no ano passado, sendo o 4º exame com mais alunos depois de Português, Biologia e Geologia e Matemática A.

A pergunta que se coloca, e que tem vindo a ser discutida no nosso fórum aqui, é o que acontecerá aos alunos que tiverem exame neste dia e se virem impedidos de os realizar por não existirem professores para vigiar as provas. Como nos lembra a nossa moderadora do fórum: “aconteceu em 2013 com o (meu) exame de Português. Até à última hora não desconvocaram nem a greve nem o exame, o que levou a que alguns alunos (por exemplo eu) fizessem o exame na data prevista e outros fizessem umas semanas depois, numa data extra marcada pelo GAVE (hoje IAVE). Houve escolas em que umas turmas fizeram exame e outras não! Acreditem que foi muito stressante, porque não conseguia estudar sem saber se ia ter exame uns dias seguintes ou não. Mas pelo menos para mim acabou tudo por correr bastante bem.”

Lembra ainda que: “O IAVE tem, todos os anos, 4 provas preparadas para cada exame: 1.ª fase, 2.ª fase, especial, e uma para circunstâncias extraordinárias.” Sendo que esta última prova poderia ser utilizada nesta ocasião. Recorda ainda este caso caricato: “há uns anos, por exemplo, o carro de uma professora corretora foi assaltado e os alunos que tiveram o seu exame roubado tiveram de o repetir.”

Esperemos que não seja esse o teu caso, e que esta situação de greve ainda possa ser alterada. Vai acompanhando todas as novidades sobre este assunto no tópico do nosso fórum.