O Instituto de Avaliação Educativa confirmou ontem ao jornal Público que vai “melhorar” os critérios de correcção dos exames de Biologia e Geologia depois de ter recebido uma proposta nesse sentido da Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia.
Com o alargamento das possibilidades de respostas no exame de Biologia e Geologia, a associação espera que os alunos que se esforçaram por desenvolver os chamados itens de construção [desenvolvimento] “não saiam prejudicados” face aos que privilegiaram as perguntas de escolha múltipla.
A Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia considerou que “globalmente, a prova se apresenta equilibrada, alinhada com as Aprendizagens Essenciais (AE´s) publicadas, com os programas homologados da disciplina e com o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória.”
Relativamente à sua estrutura, adianta que “confirma-se a tendência iniciada no ano transato, com 21 itens no Grupo I, 3 itens no Grupo II e 6 itens no grupo III. No limite, o aluno poderá realizar, em toda a prova, apenas 2 itens do Grupo II e 2 itens do Grupo III, aqueles de classificação obrigatória, podendo realizar todos os itens de classificação não obrigatória apenas no Grupo I, onde existem 8 itens de seleção, tendo o aluno que responder a 7 destes no total, para garantir a totalidade dos itens de seleção a realizar nesta prova. Assim, 20 dos 25 itens a que o aluno deveria responder poderiam ser realizados apenas no Grupo I.”
À semelhança da posição assumida em 2020, reforçam o seu “apoio ao facto de os alunos terem a possibilidade de escolha, num conjunto mais alargado de itens, além do número de itens contabilizados efetivamente, uma medida que deverá ser mantida para além da situação de exceção que ainda estamos a viver.”
Os critérios agora divulgados são provisórios, daí o nome de “versão de trabalho”. Daqui a uns dias serão publicadas as versões definitivas que poderão, ou não, conter alterações.