As colocações já saíram no passado fim de semana, sendo o segundo ano em que as colocações do ensino superior decorrem ainda durante o mês de agosto, o que possibilita que os candidatos deste ano tenham mais tempo para tratar todas as logísticas necessárias, incluindo o alojamento. Caso a tua universidade fique longe de casa, arrendar um espaço será a única opção. Sendo o alojamento uma das maiores despesas que irás ter enquanto estudante universitário (vê o nosso levantamento completo de quanto custa ser estudante universitário aqui), convém que ponderes bem esta escolha e tudo o que lhe está associado, e vamos deixar aqui algumas dicas.
1 – Encontrar alojamento
Depois da entrada na universidade a preocupação seguinte é encontrar alojamento. O primeiro passo passa por avaliar a disponibilidade financeira, ou seja, qual o valor máximo que tens disponível para gastar. Ao mesmo tempo identificares o nível de privacidade que procuras e analisares as despesas que estão incluídas. Por fim, mas não menos importante, a acessibilidade. Isto é, quanto tempo vais demorar em deslocações entre casa e a faculdade. Não de esqueças de validar que passam recibos, dado que este é um negócio que continua a viver à margem da lei, e isso ser essencial para teres a dedução no IRS do arrendamento do estudante deslocado.
O Uniarea lançou há pouco mais de três anos uma área de alojamento onde podes encontrar parceiros de confiança, legais, com qualidade de serviço e onde te poderás sentir seguro:
2 – Residência universitária: sim ou não?
O alojamento numa residência universitária dos serviços da ação social revela-se uma das opções mais económicas, no entanto, não está disponível para qualquer estudante. Depois de apresentares a candidatura nos Serviços de Ação Social, o acesso e o valor depende dos rendimentos declarados pelo agregado familiar. Feitas as contas à elevada procura e à reduzida oferta, as residências acabam por ter apenas vagas para 5-10% dos alunos. Na prática, a maioria das instituições acaba por só conseguir dar resposta a bolseiros e a alguns estudantes de intercâmbios. Aliás, a falta de vagas tem levado várias associações de estudantes a reclamarem mais alojamentos universitários. As residências podem ser masculinas, femininas ou mistas, e têm um número limitado de vagas.
Além destas, tens residências de estudantes privadas que trazem um conjunto de outras comodidades que podem ir desde uma maior qualidade de serviço, mais áreas comuns, como espaços de estudo e convívio, até piscina, salas de jogos, cinema, entre outros. Algumas dessas residências, nossas parceiras:
- Residências LIV Student, com as residências no Porto do Polo Universitário e a mais recente residência Campus Street.
- Residências Livensa Living, junto às principais universidades do Porto, de Lisboa e de Coimbra, são cinco as possibilidades ao teu dispor: Porto Campus, Porto Boavista, Lisboa Cidade Universitária, Lisboa Marquês de Pombal e Coimbra Rio.
- Residências micampus, com 4 residências em Braga, na Covilhã, a Porto Asprela e a Porto Tower.
- Residências Montepio U Live, com cerca de 400 quartos disponíveis em oito residências em Braga, Évora, Lisboa e Porto.
- Residências Nido, com cinco residências, em Lisboa tens disponíveis as Nido Ajuda, Nido Carcavelos, Nido Estoril e Nido Santa Apolónia, e no Porto a residência Nido Asprela.
- Residências Odalys Campus, com a sua residência no Porto, bem no coração da cidade, e nova residência em Lisboa, em Belém.
- Residências Royal Prime, com cinco novas residências na Covilhã ou em Évora.
- Residências Xior, com uma nova residência em Lisboa no Campo Pequeno, bem como as outras residências em Lisboa da Alameda, de Benfica e do Lumiar, e no Porto pela residência no Campus Asprela.
3 – Quarto ou casa?
A escolha depende acima de tudo do orçamento que tens disponível, mas também deves ter em conta a privacidade que desejas. No caso de optares por uma casa, podes sempre tentar partilhar de forma a reduzir as despesas. Ou seja, podes tentar encontrar alguém para dividir o imóvel, e ao colocares esse anúncio ou quando procurares essa pessoa, já deves ter o trabalho de casa feito: o perfil desejado da pessoa e as condições de arrendamento.
4 – Quanto pode custar?
Os preços estão cada vez mais elevados, e não há forma de fugir a isso. Esta é uma tendência que se tem vindo a manter, já que a procura é elevada e a oferta continua a ser escassa. Se optares por uma residência universitária da ação social poderá custar cerca de 200 euros por mês, mas se preferires arrendar uma quarto vais ter de gastar mais de 300/400 euros em muitas das cidades. Se preferires uma casa só para ti, conta praticamente com o dobro das despesas e em Lisboa, por exemplo, é raro encontrares apartamentos inferiores a 700/800 euros. Neste cenário, recomendarmos fortemente optares por uma das residências que recomendamos em cima, já que poderá ficar mais em conta se considerares o próximo ponto.
5 – Mais gastos ao final do mês?
Tudo depende da decisão que tomares. No caso dos quartos, as despesas como água, luz, gás, internet e limpeza podem ou não estar incluídas. Se optares pela casa, o mais certo é estas contas não entrarem no preço e, como tal, vão representar encargos extra no final do mês. Se optares pelas residências, estas despesas estão tipicamente todas incluídas, o que fazendo as contas ao fim do mês pode compensar. Se juntares ainda a mensalidade do ginásio, já que algumas também dispõe dessa comodidade, poderás facilmente evitar pagar mais algumas dezenas de euros todos os meses.
Segundo o Observatório do Alojamento Estudantil o preço médio dos quartos em Lisboa é 475 euros, no Porto é de 390 euros, em Braga 325 euros e em Coimbra 260 euros. Podes explorar outras cidades no link e neste nosso artigo:
6 – Onde procurar?
Além da nossa área de alojamento, e das tradicionais ofertas, como é o caso das mediadoras, poderás explorar os sites de procura de quarto existentes, os grupos de Facebook das faculdades, o Marketplace do Facebook e até os grupos de WhatsApp do curso.
Os serviços de ação social ou a associaçao de estudantes de cada universidade ou politécnico podem também ter informação útil sobre quartos e casas para arrendar na cidade.
7 – Quais os riscos destas opções?
Os que optam por arrendar um quarto enfrentam os maiores riscos. É frequente chegarem queixas às associações de estudantes, por exemplo, de restrições que os arrendatários são alvo. Os preços elevados e, acima de tudo, a falta de qualidade do espaço são as principais reclamações. Mas a verdade é que a procura de quartos para arrendar tem vindo a aumentar e o número de pesquisas tem vindo a disparar nos últimos anos. Sugerimos que tenhas algum cuidado a procurar em grupos de Facebook e não faças qualquer pagamento/transferência sem teres a total garantia que estás a falar com o dono da casa em causa. Há várias burlas conhecidas de quem tenta arrendar casas/quartos com anúncios falsos com fotos retiradas de sites como o Airbnb.
8 – Programas de Solidariedade Sénior podem ser uma opção?
Há casos em que os alunos universitários podem ficar em residências para idosos em troca de companhia e algum apoio que seja necessário, desde compra de remédios, acompanhamento a consultas médicas, entre outras tarefas. Estes programas estão por vezes também associados às universidades onde os idosos deixam a sua candidatura. Além de combater a solidão dos mais velhos, a iniciativa pretende também ajudar os estudantes com dificuldades em encontrar alojamento durante o seu percurso académico. A medida serve igualmente para ajudar a contrariar a desertificação dos centros da cidades e ainda contribuir para o convívio intergeracional.
Em Évora e Santarém, dois projetos sociais (respetivamente “Laços para a Vida” e “Quarto Crescente”) tentam dar resposta ao alojamento de alunos com carências económicas e, ao mesmo tempo, combater a solidão da população mais idosa nos bairros históricos destas cidades.
9 – Onde encontrar colegas de casa?
Encontrar colegas para partilha alojamento pode ser um desafio. Surgiremos que uses os nossos canais para dar a conhecer essas ofertas: