Praxe em Aveiro | Soniart @ Flickr

E NADA o vento levou

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0, Economia, 1, Economia…

Tudo o que mexe precisa de ser estimulado a continuar a mexer, há quedas que exigem uma mãozinha, pessoas que precisam de um novo recomeço…respira fundo, enche os pulmões de ar, a praxe cuida do resto!

Nem sempre é possível começar do zero, destruir todas as muralhas que te rodeiam, de mostrares o teu verdadeiro eu ao mundo…SOLTA-TE… Esquece os fantasmas do passado, estás numa cidade nova, rodeada de pessoas desconhecidas, todas com um passado é certo, mas ansiosas por fazer história, a escolha é tua, podes esconder-te no teu quarto e veres a vida académica passar, ou podes vivê-la ao máximo…



É difícil para mim explicar o quão grata estou por esta magnifica família me acolher de forma tão calorosa, agradeço pelas flexões, pelo tempo que estive de 3, pelos costais, abdominais… por tudo, porque mesmo quando o meu corpo pedia que parasse o meu coração pedia sempre para continuar, quando a voz já falhava, o único pensamento era continuar a gritar pelo melhor curso…

Foram quartas atribuladas, noites bem regadas, forças vindas dos gritos de quem nos fez crescer, palavras que o enterro não deixou que ficassem por dizer, é um misto de sensações agradáveis, inexplicáveis… por muito que escrevesse sobre o assunto ia ser sempre pouco, porque não há nada como experienciar, como te apaixonares aos bocadinhos, e de repente vereste completamente enraizado…

Estou no segundo ano de economia, ganhei cor, ganhei vida, tenho a melhor família do mundo, a que me ensinou valores que me permitem viver, que me fazem feliz, ensinaram-me a dar o melhor de mim sem esperar nada em troca, ensinaram-me o que é realmente estar grato de uma maneira que muito pouca gente sabe, ensinaram-me a ver o positivo em tudo, a tirar lições em todas as quedas, e mais que isso, ensinaram-me a nunca ficar no chão e a nunca deixar lá alguém…

…3, ECONOMIA, 4, ECONOMIA, 5… como pode uma contagem significar tanto?! Só quem já algum dia a fez consegue perceber, são forças vindas do não sei onde, friozinhos carregados de nervos, lágrimas que tendem em sair, sentimentos que só a faina nos consegue proporcionar…

“Entrei aqui como uma alma perdida”, hoje… guardo num cantinho especial a t-shirt já rasgada e com pouca cor e o tão famoso panamá, envergo o tertúlio com orgulho…agradeço por tudo comprometendo-me a continuar a honrar os valores de economia!!

Porque como em qualquer outra etapa da tua vida, antes de matares o tubarão e poderes realmente desfrutar, precisas de lutar todos os dias, sobreviver às mordidelas e continuar a alimentá-lo!!!

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Este texto faz parte de uma nova série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.

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