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Em busca da Felicidade


Já fez 3 anos que entrei na faculdade pela primeira vez, para seguir um percurso bem comum a quase todos os estudantes: entrar no curso que quero, continuar e finalizar os estudos, para o meu emprego ser na área que escolhi aos 16/17/18 anos. Entrei na minha primeira opção, Enfermagem na ESEP, e fiquei extremamente feliz, porque realmente gostava do curso e era exatamente o que eu queria.

Mas a vida não é tão linear assim.

Em vez disso, ao fim de 2 anos e meio, desisti desse sonho. Desisti por uma quantidade enorme de razões, mas desisti. Como sei que muitos fazem, porque os sonhos não são eternos, algo que eu tive de aprender com o tempo.

“E agora?” foi o meu primeiro pensamento. “vou fazer o quê? Não tenho outro plano, não sei fazer mais nada, a minha vida é isto!” também surgiu, oh se surgiu. Maioritariamente, preocupava-me com a opinião dos outros, com pensamentos como “o que é que os meus pais vão dizer?” ou “já não tenho idade para recomeçar, sou demasiado velha para isto!”.

Depois surgiu um plano: repetir exames, voltar 3 anos atrás (quase literalmente) e começar tudo outra vez, indo para um curso que nada tinha a ver com a área que escolhi no fim do 12° ano: engenharia informática.

Hoje, 1 ano depois da minha desistência, percebo que não foi uma desistência, foi uma busca pela felicidade, uma das muitas que hei-de ter pela vida fora. Foi só mais uma dessas.

Hoje, sei que vou poder ser feliz noutro sítio, que sei fazer mais alguma coisa, que só tenho de acreditar em mim.

E acreditar em mim foi o mais importante.

Alguém muito importante (ou vários alguéns) disse “são dois passos atrás para dar três à frente”. Agora, acredito que sou capaz de repetir exames, de mudar de área, de ser o que eu quiser, sem ter de me preocupar com o que os outros pensam.

Para todos os que, como eu, não tiveram ou não vão ter a típica experiência de faculdade (entrar aos 18, terminar aos 21/22 e ir trabalhar), seja por que motivo for, quero que saibam que não estão sozinhos.

Vão ter momentos maus, momentos em que tudo vos “cai em cima” e a confiança é abalada por completo. Nesses momentos, é necessário relembrar o que vos levou a essa decisão, o que vos fez escolher o caminho que escolheram, para poder erguer a cabeça e continuar a tentar. Afinal de contas, quando pensava que todo o mundo estava contra mim, tive de me levantar e dizer “não, eu não vou abaixo, eu sou capaz de voltar atrás”.

No fim, os conselhos que posso dar a quem passa pelo mesmo são estes: acreditem que tudo vai dar certo, confiem em vocês mesmos e na vossa capacidade, e nunca, nunca, percam a esperança de que algo melhor vem aí. É preciso recuar um pouco para ir ainda mais além de forma a podermos evoluir na vida, e nisso não há nada de mal, faz parte de crescer como pessoa.

Acredito que todos vamos conseguir alcançar os nossos objetivos nesta nova fase, e espero que vocês também!

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Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.

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