As praxes são uma perda de tempo?

 

Bamana

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6 Agosto 2021
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Não posso falar muito que nunca participei, mas tenho amigos que participaram há alguns anos, e confirmo que foi algo assim parecido, ate houve um dia que passei pela universidade para me encontrar com um dos meus amigos , e vi literalmente em fila várias pessoas de 4 a fazerem "oral" a um pau na virilha dos que estavam a praxar. Imagino o que não vi, pois isto foi em praça pública.
Eu nunca tive muito interesse nas praxes , e sou bué tímido , mas assim, com o que sei e assisti, nunca ponho lá os pés, e pelos vistos a experiencia não foi única.
A sério que estiveram mesmo a fazer isso, ou só foi encenação? De qualquer das formas isso é assédio, e deve ser reportado!
 

Quelra

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Muito tempo livre. Quase parece uma ditadura, não tens liberdade de expor o que sentes em relação a uma coisa
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É um canal do YouTube que fala de cursos, praxes etc. o dono do canal é fixe mas demasiado liberal e normaliza certos comportamentos (mas esta parte já é sobre o meu curso), ele tem um discord e la no chat estavam a falar de nós.

Argh... Enfim.
 
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Raulmendes

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4 Fevereiro 2021
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A sério que estiveram mesmo a fazer isso, ou só foi encenação? De qualquer das formas isso é assédio, e deve ser reportado!

yup , foi mesmo isto , mas estavam uns 10 ao mesmo tempo , mesmo na praça da universidade com pessoas a passar.
Pelos vistos já é tradição nas praxes, se calhar sou eu o estranho e não acho piada nenhuma fazer dessas cenas assim.
Uma coisa era em um grupo de amigos próximos e fazer as suas loucuras, outra é com desconhecidos, em praça pública.
Quero dizer tanta coisa mas nem sei o que escrever, sinceramente não percebo.
 

redhotbonbon

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12 Agosto 2015
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yup , foi mesmo isto , mas estavam uns 10 ao mesmo tempo , mesmo na praça da universidade com pessoas a passar.
Pelos vistos já é tradição nas praxes, se calhar sou eu o estranho e não acho piada nenhuma fazer dessas cenas assim.
Uma coisa era em um grupo de amigos próximos e fazer as suas loucuras, outra é com desconhecidos, em praça pública.
Quero dizer tanta coisa mas nem sei o que escrever, sinceramente não percebo.
Isto é mesmo comportamento de pessoas loucas.
 
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Ivo Moreira

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No podcast universitário, já andam a gozar connosco. Estão com a treta que é mentira, que estamos a exagerar e a fazer uma competição de quem conta a pior história.
Isto só mostra como as pessoas são fúteis e sem respeito.

Mais uma vez, protejam-se de pessoas assim.
Boas
Quem falou sobre isso fui eu e das duas uma, ou não percebeste bem o que eu quis dizer com a mensagem ou estás a querer distorcer.
Pus este post no discord realmente para falarmos um bocadinho sobre o tópico e obter a opinião de pessoas que já tinham passado pela experiência da praxe.
Perguntei se não seria exagero porque nunca tinha visto relatos tão repugnantes. E quando disse que "parecia que estavam a ver quem tem a pior história" era de a conversa estar a ficar cada vez pior à medida que iam respondendo.
Fiquem a saber que foi uma conversa de partilha de opiniões e ninguém se sentiu ofendido, mesmo por quem já tinha passado por experiências nada agradáveis.
Tenho pena daquilo que vos aconteceu, não tinha conhecimento de haver casos assim tão graves, mas nunca foi a intenção desvalorizar ou troçar.
 

vasopressina

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2 Agosto 2021
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Quem falou sobre isso fui eu e das duas uma, ou não percebeste bem o que eu quis dizer com a mensagem ou estás a querer distorcer.
Pus este post no discord realmente para falarmos um bocadinho sobre o tópico e obter a opinião de pessoas que já tinham passado pela experiência da praxe.
Perguntei se não seria exagero porque nunca tinha visto relatos tão repugnantes. E quando disse que "parecia que estavam a ver quem tem a pior história" era de a conversa estar a ficar cada vez pior à medida que iam respondendo.
Fiquem a saber que foi uma conversa de partilha de opiniões e ninguém se sentiu ofendido, mesmo por quem já tinha passado por experiências nada agradáveis.
Tenho pena daquilo que vos aconteceu, não tinha conhecimento de haver casos assim tão graves, mas nunca foi a intenção desvalorizar ou troçar.

Tudo bem.
 
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Porungda

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Quem falou sobre isso fui eu e das duas uma, ou não percebeste bem o que eu quis dizer com a mensagem ou estás a querer distorcer.
Pus este post no discord realmente para falarmos um bocadinho sobre o tópico e obter a opinião de pessoas que já tinham passado pela experiência da praxe.
Perguntei se não seria exagero porque nunca tinha visto relatos tão repugnantes. E quando disse que "parecia que estavam a ver quem tem a pior história" era de a conversa estar a ficar cada vez pior à medida que iam respondendo.
Fiquem a saber que foi uma conversa de partilha de opiniões e ninguém se sentiu ofendido, mesmo por quem já tinha passado por experiências nada agradáveis.
Tenho pena daquilo que vos aconteceu, não tinha conhecimento de haver casos assim tão graves, mas nunca foi a intenção desvalorizar ou troçar.

Se o intuito foi realmente esse, então mal-entendido resolvido pelo menos da nossa parte.

Infelizmente há muitos casos "graves" como diz, e por mais absurdos ou obscenos soassem, partindo do princípio que estamos todos a ser verdadeiros, aconteceram.

Não desvalorizamos o facto que existem ótimas praxes, no entanto, aqui calhou o desabafo sobre as más que testemunhamos. Atenção que estes desabafos não visam causar inimizades, mas sim precaução para não se deixarem calar caso caiam num dos "maus buracos".

Julgo que temos todos em consideração que somos todos Humanos, por mais diversos os meios de criação dos quais proviemos. Por este motivo, deve existir o respeito mútuo entre os membros da hierarquia da praxe, coisa que acredito que acontece na maioria das praxes. Infelizmente a comunidade praxante passa por péssima figura especialmente nos 'media', mas isso não impossibilita que hajam boas praxes/praxantes.

O ódio só cria mais ódio, por isso, teremos que proceder de um modo de tratar os outros justo e dentro dos limites do aceitável. Na verdade, muitos nunca fizeram praxe, e assumem logo que nunca existe respeito desses limites nas mesmas, coisa incorreta de se assumir "a priori". Temos de lutar pela igualdade, no sentido de limpar o bom nome das tradições académicas e deixar este estigma de demonizar a praxe, e isto parte tanto dos praxantes, como dos praxados, como dos que nunca nela participaram.
 

Miguel0

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Se o intuito foi realmente esse, então mal-entendido resolvido pelo menos da nossa parte.

Infelizmente há muitos casos "graves" como diz, e por mais absurdos ou obscenos soassem, partindo do princípio que estamos todos a ser verdadeiros, aconteceram.

Não desvalorizamos o facto que existem ótimas praxes, no entanto, aqui calhou o desabafo sobre as más que testemunhamos. Atenção que estes desabafos não visam causar inimizades, mas sim precaução para não se deixarem calar caso caiam num dos "maus buracos".

Julgo que temos todos em consideração que somos todos Humanos, por mais diversos os meios de criação dos quais proviemos. Por este motivo, deve existir o respeito mútuo entre os membros da hierarquia da praxe, coisa que acredito que acontece na maioria das praxes. Infelizmente a comunidade praxante passa por péssima figura especialmente nos 'media', mas isso não impossibilita que hajam boas praxes/praxantes.

O ódio só cria mais ódio, por isso, teremos que proceder de um modo de tratar os outros justo e dentro dos limites do aceitável. Na verdade, muitos nunca fizeram praxe, e assumem logo que nunca existe respeito desses limites nas mesmas, coisa incorreta de se assumir "a priori". Temos de lutar pela igualdade, no sentido de limpar o bom nome das tradições académicas e deixar este estigma de demonizar a praxe, e isto parte tanto dos praxantes, como dos praxados, como dos que nunca nela participaram.
Infelizmente essas situações vão sempre acontecer por esse mesma razão, somos todos humanos, e os humanos por natureza são maus (esta é apenas a minha opinião claro, existem também muitos que são bondoso, humildes, com empatia pelos outros, etc), e por isso muitos quando se vêm com um pouco de "poder" usam o mesmo para se superiorizarem e humilhar os outros.
 

davis

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Não posso falar muito que nunca participei, mas tenho amigos que participaram há alguns anos, e confirmo que foi algo assim parecido, ate houve um dia que passei pela universidade para me encontrar com um dos meus amigos , e vi literalmente em fila várias pessoas de 4 a fazerem "oral" a um pau na virilha dos que estavam a praxar. Imagino o que não vi, pois isto foi em praça pública.
Eu nunca tive muito interesse nas praxes , e sou bué tímido , mas assim, com o que sei e assisti, nunca ponho lá os pés, e pelos vistos a experiencia não foi única.
Sobre este tópico, e só com objectivo de lançar algumas ideias para a discussão, de quem fez apenas uma semana de "praxe", que era a única coisa que existia em Aeroespacial na altura:

1) A praxe de 2007 é muito diferente da praxe de 2013, que é muito diferente da praxe de 2019, que é muito diferente da praxe que se fez em 2020. Por diversos motivos, quer pelas polémicas que estiveram associadas, como a do Meco, quer porque como sociedade todos evoluímos e já não toleramos coisas que se calhar há 5, 10 e 15 anos assumíamos como "normais". As academias e a praxe mudaram muito com isso, e as pessoas também passaram a exigir mais e melhor. A pandemia também obrigou a fazer tudo de forma diferente em 2020, o que pode deixar algumas marcas permanentes.

2) Acho que a praxe que vier a existir em 2021, ou mesmo 2022 se este ano ainda não for completamente "normal", será também muito diferente da de 2019. Após quase 2 anos em que muitas das tradições académicas estiveram suspensas, acredito que esta será uma fase em que muita coisa será repensada e o que virá acredito que será (menos? e) melhor. Basta ver notícias como estas a começar a aparecer:

Estudantes da UMinho passam a poder usar traje académico com que mais se identificam | Uniarea

Sim, o traje não é da praxe, mas é positivo que tenha sido uma organização da praxe a tomar esta posição.
 

pancakes

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Deparei-me com este tópico aqui no forum e quero deixar os meus dois tostões no assunto.

Não sou, nem nunca fui, anti-praxe. Não me oponho à sua existência (e aqui claro está que me refiro apenas a praxes ligeiras, praxes abusivas e que roçam o crime são um grande não), e acho que quem gosta desse tipo de atividades deve ser livre de participar nelas. No entanto, também não sou a maior fã da praxe e, pessoalmente, não me identifico com ela nem com os valores que perpetua.

Para mim a questão essencial está no facto de a praxe ser considerada voluntária, enquanto que, na realidade, em muitos sítios acaba por não o ser. Como é que podemos considerar a praxe voluntária se em muitos sítios não existem alternativas de integração? Ou quando pessoas de 17/18 anos recebem mensagens e são abordadas na faculdade com comentários ameaçadores na tentativa de serem coagidos? Ou quando inicialmente são praxados de uma forma suave, mas um dia chegam lá e são levados para casas escuras, e outras histórias que já vi por aí serem contadas, totalmente desprevenidos e sujeitos a comportamentos abusivos? Para não falar que, uma grande parte dos estudantes, se desloca para outras cidades para estudar, muitas vezes sem conhecer ninguém, há uma grande suscetibilidade a que venham a ser coagidos a algo que não querem, sob pena de ''não vais fazer amigos assim'' ''quem não participa na praxe depois não participa noutras atividades'' e outros comentários que tentam atingir pessoas que possam estar emocionalmente mais vulneráveis.

Em muitos sítios, a minha faculdade incluída, não existem alternativas à praxe, nem sequer programas de mentoria e coisas afins que ao início até podem auxiliar os novos alunos. Também já vi e ouvi comentários semelhantes a ''na escola não havia praxe e conhecíamos pessoas, por isso não é por não participar na praxe que vão ser excluídos'' e, mais uma vez, isso não é uma realidade que se aplique a todos os sítios. Primeiro, porque existem cursos onde as turmas têm mais de 200 pessoas (é o meu caso) e não é como se houvesse uma grande abertura para as pessoas começarem a falar do nada, visto que as aulas acabam por ser palestras. Depois, porque mesmo em cursos mais pequenos, é comum nalguns sítioss, por exemplo, a maioria das pessoas participar na praxe e aqueles que esolhem não participar muitas vezes são automaticamente colocados de parte por aquele grupo. Claro que não é isto que acontece em todos os sítios e foi o que disse, não sou anti-praxe, por isso estou só a referir alguns pontos que acho importante serem tidos em consideração.

Participei na praxe enquanto caloira e quis desistir. Nunca fui mal-tratada nem algo parecido (embora tenha sido praxe online, pois foi este ano), simplesmente não me identifiquei mesmo com o que ali se passava que, mais uma vez, não era abusivo, mas nao consigo compactuar com aquelas hierarquias forçadas e acho um desperdício de tempo. Mas mesmo na minha faculdade, não acho que a realidade da praxe seja a melhor. Antes ainda de terem saído as colocações eu ja tinha recebido mais de 30 mensagens de pessoas da praxe (que na minha faculdade estão divididos por vários grupos) a abordarem-me sobre o assunto... é MUITO desagradável. E vejo que continua a acontecer, até aqui no forum vejo mensagens de pessoas da minha faculdade a oferecerem-se para ajudar futuros caloiros, e é o mesmo discurso que usaram comigo porque, de facto, é o discurso que usam para começar a chamar para a praxe.

Resumidamente, o problema não está na praxe em si, está na falta de alternativas para quem não gosta dela. Não esqueçamos que existem pessoas realmente tímidas e introvertidas ou, até mesmo com problemas mais graves como ansiedade/fobia social, e que podem precisar de um empurrão nos primeiros tempos para conhecerem pessoas. E, enquanto não houver alternativa, a praxe vai sempre ser critivável
 
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Miguel0

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Deparei-me com este tópico aqui no forum e quero deixar os meus dois tostões no assunto.

Não sou, nem nunca fui, anti-praxe. Não me oponho à sua existência (e aqui claro está que me refiro apenas a praxes ligeiras, praxes abusivas e que roçam o crime são um grande não), e acho que quem gosta desse tipo de atividades deve ser livre de participar nelas. No entanto, também não sou a maior fã da praxe e, pessoalmente, não me identifico com ela nem com os valores que perpetua.

Para mim a questão essencial está no facto de a praxe ser considerada voluntária, enquanto que, na realidade, em muitos sítios acaba por não o ser. Como é que podemos considerar a praxe voluntária se em muitos sítios não existem alternativas de integração? Ou quando pessoas de 17/18 anos recebem mensagens e são abordadas na faculdade com comentários ameaçadores na tentativa de serem coagidos? Ou quando inicialmente são praxados de uma forma suave, mas um dia chegam lá e são levados para casas escuras, e outras histórias que já vi por aí serem contadas, totalmente desprevenidos e sujeitos a comportamentos abusivos? Para não falar que, uma grande parte dos estudantes, se desloca para outras cidades para estudar, muitas vezes sem conhecer ninguém, há uma grande suscetibilidade a que venham a ser coagidos a algo que não querem, sob pena de ''não vais fazer amigos assim'' ''quem não participa na praxe depois não participa noutras atividades'' e outros comentários que tentam atingir pessoas que possam estar emocionalmente mais vulneráveis.

Em muitos sítios, a minha faculdade incluída, não existem alternativas à praxe, nem sequer programas de mentoria e coisas afins que ao início até podem auxiliar os novos alunos. Também já vi e ouvi comentários semelhantes a ''na escola não havia praxe e conhecíamos pessoas, por isso não é por não participar na praxe que vão ser excluídos'' e, mais uma vez, isso não é uma realidade que se aplique a todos os sítios. Primeiro, porque existem cursos onde as turmas têm mais de 200 pessoas (é o meu caso) e não é como se houvesse uma grande abertura para as pessoas começarem a falar do nada, visto que as aulas acabam por ser palestras. Depois, porque mesmo em cursos mais pequenos, é comum nalguns sítioss, por exemplo, a maioria das pessoas participar na praxe e aqueles que esolhem não participar muitas vezes são automaticamente colocados de parte por aquele grupo. Claro que não é isto que acontece em todos os sítios e foi o que disse, não sou anti-praxe, por isso estou só a referir alguns pontos que acho importante serem tidos em consideração.

Participei na praxe enquanto caloira e quis desistir. Nunca fui mal-tratada nem algo parecido (embora tenha sido praxe online, pois foi este ano), simplesmente não me identifiquei mesmo com o que ali se passava que, mais uma vez, não era abusivo, mas nao consigo compactuar com aquelas hierarquias forçadas e acho um desperdício de tempo. Mas mesmo na minha faculdade, não acho que a realidade da praxe seja a melhor. Antes ainda de terem saído as colocações eu ja tinha recebido mais de 30 mensagens de pessoas da praxe (que na minha faculdade estão divididos por vários grupos) a abordarem-me sobre o assunto... é MUITO desagradável. E vejo que continua a acontecer, até aqui no forum vejo mensagens de pessoas da minha faculdade a oferecerem-se para ajudar futuros caloiros, e é o mesmo discurso que usaram comigo porque, de facto, é o discurso que usam para começar a chamar para a praxe.

Resumidamente, o problema não está na praxe em si, está na falta de alternativas para quem não gosta dela. Não esqueçamos que existem pessoas realmente tímidas e introvertidas ou, até mesmo com problemas mais graves como ansiedade/fobia social, e que podem precisar de um empurrão nos primeiros tempos para conhecerem pessoas. E, enquanto não houver alternativa, a praxe vai sempre ser critivável
Exato, existem pessoas não são boas em meter conversa que com pessoas que não conhecem e não têm esse à vontade, e deveria haver uma alternativa à praxe para facilitar a integração dos caloiros sem dúvida.
 
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Pedro D. Jesus

O Amoroso
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Miguel0

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Update, depois de um ano como caloiro na Feup, posso dizer que PELO MENOS NA FEUP, hoje em dia, as praxes são incriveis, claro que enchemos de vez em quando mas não abusam, nem humilham os caloiros de forma exagerada, a praxe neste momento até tem uma boa relação com a direção da faculdade. E sempre que alguém parece estar mal ou assim eles são os primeiros a oferecer ajuda.
 
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NemoExNihilo

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nem humilham os caloiros de forma exagerada
Sendo conhecido o meu posicionamento em relação a este tópico, tenho dificuldades em fazer esta pergunta de modo imparcial, mas sinto-me na obrigação de a fazer na mesma: em que circunstâncias pode uma humilhação não ser exagerada?
 

vasopressina

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Sendo conhecido o meu posicionamento em relação a este tópico, tenho dificuldades em fazer esta pergunta de modo imparcial, mas sinto-me na obrigação de a fazer na mesma: em que circunstâncias pode uma humilhação não ser exagerada?
Apesar de eu não concordar com a praxe, acho que ele quer dizer “o que pode ser humilhação para ti, para mim pode não ser. “
 

Miguel0

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Apesar de eu não concordar com a praxe, acho que ele quer dizer “o que pode ser humilhação para ti, para mim pode não ser. “
Sim, é mais por aí, se a pessoa acha que chamar o caloiro à frente para falar de algo à toa é humilhação está no direito dela eu não acho, agora muitas das histórias que se ouve do que acontece em praxes concordo que seja humilhação e isso como é obvio não é aceitável.
 

NemoExNihilo

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5 Agosto 2015
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Toda e Qualquer Injustiça
Apesar de eu não concordar com a praxe, acho que ele quer dizer “o que pode ser humilhação para ti, para mim pode não ser. “
Tendo em conta como são os seres humanos, poderemos até argumentar que, em última análise, consta que alguns há que até apreciam ser humilhados em contextos diversos que não vale a pena elaborarmos aqui, pelo que a humilhação em si pode até ser algo de positivo e louvável. 🙄

Obviamente que, a determinada altura, começamos a incorrer em filosofias e discussões semânticas diversas, mas penso não ser demasiado irrazoável sugerir que a humilhação, tal e qual como a ofensa ou qualquer outro tipo de interacção negativa, deve sobretudo ser aferida do ponto de vista, por um lado, de quem a sofre (e não propriamente de quem passou pelo mesmo e não interpretou as coisas da mesma forma), e, por outro lado, da intenção quem a origina (e, com uma expressão como "nem humilham os caloiros de forma exagerada", já estamos a assumir à partida que existe uma intenção de humilhar - à qual obviamente me oponho, como a todo o contexto praxístico em si).

Em todo o caso, ficarei, o menos argumentativamente possível, à espera de clarificação por parte do @Miguel0.
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Belo timing da minha parte.

Sim, é mais por aí, se a pessoa acha que chamar o caloiro à frente para falar de algo à toa é humilhação está no direito dela eu não acho, agora muitas das histórias que se ouve do que acontece em praxes concordo que seja humilhação e isso como é obvio não é aceitável.

Pronto, enfim, para além do que disse na minha mensagem anterior, só posso expressar um vago contentamento por não teres tido uma experiência negativa do teu ponto de vista.
 
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Miguel0

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Tendo em conta como são os seres humanos, poderemos até argumentar que, em última análise, consta que alguns há que até apreciam ser humilhados em contextos diversos que não vale a pena elaborarmos aqui, pelo que a humilhação em si pode até ser algo de positivo e louvável. 🙄

Obviamente que, a determinada altura, começamos a incorrer em filosofias e discussões semânticas diversas, mas penso não ser demasiado irrazoável sugerir que a humilhação, tal e qual como a ofensa ou qualquer outro tipo de interacção negativa, deve sobretudo ser aferida do ponto de vista, por um lado, de quem a sofre (e não propriamente de quem passou pelo mesmo e não interpretou as coisas da mesma forma), e, por outro lado, da intenção quem a origina (e, com uma expressão como "nem humilham os caloiros de forma exagerada", já estamos a assumir à partida que existe uma intenção de humilhar - à qual obviamente me oponho, como a todo o contexto praxístico em si).

Em todo o caso, ficarei, o menos argumentativamente possível, à espera de clarificação por parte do @Miguel0.
Da forma como eu vejo a praxe não acho que humilhar seja a palavra certa, é mais colocar os caloiros por vezes em situações um pouco mais embaraçosas talvez sempre respeitando a pessoa( se consideram chamar filho deste e daquele um insulto, nesse caso sim é uma falta de respeito mas as asneiras muito sinceramente são vocabulário recorrente no norte em geral, por exemplo fds às vezes aqui é quase usado como uma forma de interligar frases, sinceramente não é facil explicar), e colocar os caloiros em situações em situações em que eles convivem e se conheçam e depois tem atividades como a latada e assim que ajudam a desanuviar um pouco do clima de stress do curso em si, e depois existe a serenata que "bate" mais em pessoas praxistas porque é o culminar de todo um ano de experiências e vivências. E a partir do segundo semestre, no meu caso depois da queima temos uma relação muito boa com os mais velhos e brincamos e rimos com eles, e ajudamo nos mutuamente caso precisemos, e depois existem os padrinhos que é alguém que te marcou na praxe e com quem vais criar uma ligação. Para mim isto é a praxe
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Da forma como eu vejo a praxe não acho que humilhar seja a palavra certa, é mais colocar os caloiros por vezes em situações um pouco mais embaraçosas talvez sempre respeitando a pessoa( se consideram chamar filho deste e daquele um insulto, nesse caso sim é uma falta de respeito mas as asneiras muito sinceramente são vocabulário recorrente no norte em geral, por exemplo fds às vezes aqui é quase usado como uma forma de interligar frases, sinceramente não é facil explicar), e colocar os caloiros em situações em situações em que eles convivem e se conheçam e depois tem atividades como a latada e assim que ajudam a desanuviar um pouco do clima de stress do curso em si, e depois existe a serenata que "bate" mais em pessoas praxistas porque é o culminar de todo um ano de experiências e vivências. E a partir do segundo semestre, no meu caso depois da queima temos uma relação muito boa com os mais velhos e brincamos e rimos com eles, e ajudamo nos mutuamente caso precisemos, e depois existem os padrinhos que é alguém que te marcou na praxe e com quem vais criar uma ligação. Para mim isto é a praxe
Ps:Para mim mandar encher não é humilhar. Também se uma praxe for só encher ninguém teria interesse em ir à praxe, eu não teria pelo menos.
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Belo timing da minha parte.
De facto😅