As praxes são uma perda de tempo?

 

Ariana_

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floater3

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a praxe neste momento até tem uma boa relação com a direção da faculdade
Mudou entretanto? É que, no início do ano letivo, na sessão de boas vindas que houve no auditório nobre, a direção não parecia ter uma imagem muito positiva da praxe e estava sempre a insistir para que reportássemos imediatamente qualquer situação mais "incómoda". Disseram isso várias vezes, o que me levou a crer que tinham uma posição anti-praxe bastante vincada.
 

vasopressina

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Mudou entretanto? É que, no início do ano letivo, na sessão de boas vindas que houve no auditório nobre, a direção não parecia ter uma imagem muito positiva da praxe e estava sempre a insistir para que reportássemos imediatamente qualquer situação mais "incómoda". Disseram isso várias vezes, o que me levou a crer que tinham uma posição anti-praxe bastante vincada.
E tem. Inclusive houve uma altura que foi proibida a praxe dentro do recinto da faculdade.
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E tem. Inclusive houve uma altura que foi proibida a praxe dentro do recinto da faculdade.
Porém, o Falcão e cunha não é pessoa de se chatear muito com o assunto. Manda fazer queixa e pronto.
 

Miguel0

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Mudou entretanto? É que, no início do ano letivo, na sessão de boas vindas que houve no auditório nobre, a direção não parecia ter uma imagem muito positiva da praxe e estava sempre a insistir para que reportássemos imediatamente qualquer situação mais "incómoda". Disseram isso várias vezes, o que me levou a crer que tinham uma posição anti-praxe bastante vincada.
A partir do momento em que a Feup deixa a praxe ser dentro da faculdade é porque toleram bem pelo menos. Sinceramente os professores na feup no geral pelo que me contam pelo menos em mecanica são anti praxe, inclusive o diretor do curso, mas esse não quer saber dos estudantes só...
Mas acho bem que o digam, se existir alguma situação dessas a direção deve ser informada, felizmente não tive conhecimento de nenhuma situação grave, nem nunca tive a necessidade de o fazer eu mesmo
 

vasopressina

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A partir do momento em que a Feup deixa a praxe ser dentro da faculdade é porque toleram bem pelo menos. Sinceramente os professores na feup no geral pelo que me contam pelo menos em mecanica são anti praxe, inclusive o diretor do curso, mas esse não quer saber dos estudantes só...
Mas acho bem que o digam, se existir alguma situação dessas a direção deve ser informada, felizmente não tive conhecimento de nenhuma situação grave, nem nunca tive a necessidade de o fazer eu mesmo
Eu andei na FEUP. É basicamente os professores estão se a cagar (sorry o vocabulário) desde q não haja problemas.
Eu já fui bastante anti praxe devido as experiências que tive, agora sou neutra porque não sou eu ou alguém próximo q esta la!!
 

NemoExNihilo

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Da forma como eu vejo a praxe não acho que humilhar seja a palavra certa, é mais colocar os caloiros por vezes em situações um pouco mais embaraçosas talvez sempre respeitando a pessoa( se consideram chamar filho deste e daquele um insulto, nesse caso sim é uma falta de respeito mas as asneiras muito sinceramente são vocabulário recorrente no norte em geral, por exemplo fds às vezes aqui é quase usado como uma forma de interligar frases, sinceramente não é facil explicar), e colocar os caloiros em situações em situações em que eles convivem e se conheçam e depois tem atividades como a latada e assim que ajudam a desanuviar um pouco do clima de stress do curso em si, e depois existe a serenata que "bate" mais em pessoas praxistas porque é o culminar de todo um ano de experiências e vivências. E a partir do segundo semestre, no meu caso depois da queima temos uma relação muito boa com os mais velhos e brincamos e rimos com eles, e ajudamo nos mutuamente caso precisemos, e depois existem os padrinhos que é alguém que te marcou na praxe e com quem vais criar uma ligação. Para mim isto é a praxe

Não vou repetir argumentos que já apresentei, mas penso que o uso de linguagem mais ou menos insultuosa será o mínimo (até por essa componente regional, como destacas); por outro lado, as "situações" em que os participantes podem ser colocados... enfim.

Ps:Para mim mandar encher não é humilhar. Também se uma praxe for só encher ninguém teria interesse em ir à praxe, eu não teria pelo menos.

Para terminar, vou só dizer que a humilhação em "mandar encher" não residirá tanto no encher em si, mas sobretudo no mandar (ou, aliás, no ser mandado)...
 
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No meu curso antigo andei na praxe e gostei do que lá fiz até ao início da pandemia. Nunca me senti humilhado.

Acho que , como caloiro, se não forem abusivas , as praxes são uma forma muito eficaz de ficar a conhecer colegas e fazer amigos quando se cai de paraquedas e não se conhece ninguém. A minha praxe consistiu em jogos idiotas. Eu dava -me com as pessoas que me praxavam, quando se metiam comigo durante a praxe não havia maldade e era sempre em brincadeira. Nunca fui insultado, nem me agrediram, nem fiz nada que não quisesse ter feito.

Em caloiro foi engraçado e recomendo que a malta experimente uma vez e depois decida se os seus valores encaixam naquilo. Eu levei aquilo algo na desportiva e fiz boas memórias. Acho que a praxe, levada com esta atitude é muito positiva. Aquela cena dos valores que tentam incutir e união e bla bla bla é meio chachada, mas compreendo que aquilo tenha de ter uma identidade e criar o sentimento de pertença que apela ao ser humano.

A mim não me fez sentido continuar a ir à praxe quando foi a minha vez de praxar. Na altura já estava meio "checked out" do curso, mas ,acima de tudo, achava que aí sim era uma bela perda de tempo.

Este ano vou um bocado indiferente em relação à praxe na fmul. Neste momento, já não sei se tenho tanta paciência para isso, mesmo que, pelo que apurei, seja soft. Mas mesmo assim lá hei de ir experimentar pelo menos uma vez e conhecer quem lá anda. Se achar que merece a pena, lá estarei batido de novo.

Mas também não apoio que vão à praxe ser vítimas de bullying ou cenas assim. Este tema é algo polarizante : malta muito anti-praxe que nem sequer considera que haja malta que goste de participar em praxes ,mesmo as que são soft, e depois os maluquinhos pró-praxe que se for preciso até chumbam mais um ano para poderem praxar caloiros mais uma vez.

Eu sou pró-praxe bacana e anti-praxe abusiva🤠 ( na verdade não quero realmente saber )

O meu pensamento foi sempre se o que a praxe me pode dar (amigos, memórias, experiências novas, etc) compensa o que me tira (tempo e possibilidade de estar a fazer outra coisa que goste mais). É como tudo na vida, no fundo.
 
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Ariana_

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Não vale a pena. Se dizes que é fixe criticam-te, se dizes q não é fixe criticam na mesma. Mais vale ignorar e cada um fazer o q quiser. É assim q se aprende
Isso é jeopardizar as pessoas, quando até agora tanto pessoas que participam na praxe como pessoas que não participam pareceram mostrar preocupação com situações potencialmente abusivas. Acho que tomarmos posições não faz mal a ninguém, especialmente quando estas envolvem preocuparmo-nos com as pessoas e não só com quem nos é próximo. Isto, claro, é apenas uma opinião, mas a postura neutra parece-me poder descair em aceitar passivamente que cenários abusivos ocorram.
 
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vasopressina

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Isso é jeopardizar as pessoas, quando até agora tanto pessoas que participam na praxe como pessoas que não participam pareceram mostrar preocupação com situações potencialmente abusivas. Acho que tomarmos posições não faz mal a ninguém, especialmente quando estas envolvem preocuparmo-nos com as pessoas e não só com quem nos é próximo. Isto, claro, é apenas uma opinião, mas a postura neutra parece-me poder descair em aceitar passivamente que cenários abusivos ocorram.
Mais um exemplo daquilo que disse.
“Posição neutra aceitar os abusos” . Só pessoas boazinhas, mas gostava de ver essas pessoas q usam este discurso a fazer algo útil fora da internet como voluntariado :) :) :)
 

NemoExNihilo

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Mais um exemplo daquilo que disse.
“Posição neutra aceitar os abusos” . Só pessoas boazinhas, mas gostava de ver essas pessoas q usam este discurso a fazer algo útil fora da internet como voluntariado :) :) :)
Eu não queria intervir mais, mas sinto-me obrigado a fazer este comentário: pelo mesmo raciocínio, o tempo que é gasto na preparação e organização das actividades relacionadas com a praxe, para nem falar do tempo gasto na praxe em si (diz-me tu se será mais ou menos do que aquele que se despende a participar num fórum, o que, para mais, até pode ser compatível com vago multitasking...), seria porventura muito mais bem empregue em actividades que beneficiem toda a população, como o voluntariado que tão bem apontas...

De resto, tenho de dizer que o que cada um faz com o seu tempo, livre ou não tão livre, em nada deve limitar o direito de emitir opiniões, mais do que não seja porque, caso contrário, corremos o risco de começar um debate sobre se aqueles que efectivamente gastaram parte do tempo que, no fundo, deveria ser dedicado a actividades académicas em actividades relacionadas com as praxes não serão insuficientemente imparciais para opinarem sobre estas últimas... 🙄
 

Ariana_

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Mais um exemplo daquilo que disse.
“Posição neutra aceitar os abusos” . Só pessoas boazinhas, mas gostava de ver essas pessoas q usam este discurso a fazer algo útil fora da internet como voluntariado :) :) :)
Em primeiro lugar, escusavas de usar aspas onde não me estás a citar. Mas sim, uma posição neutra como a que demonstraste de 'não ando na praxe nem ninguém que me é próximo anda = não me preocupo' pressupõe aceitar passivamente o que ocorre por lá, seja positivo ou negativo. Isto não é uma ofensa pessoal dirigida a ti, emiti uma opinião sobre esse tipo de posições neutras e o que elas podem dar lugar, que faz parte de argumentos utilizados noutros campos que não a praxe, desde a sociologia, à filosofia e à ciência política. Só posso lamentar se sentiste que era um ataque pessoal, em nada invalidei que por teres uma posição neutra és pior ou melhor do que ninguém, então não compreendo sinceramente a parte em que descais para a insinuação e a pseuso ofensa - não nos conhecemos, estou correcta? Então agradecia que não fizesses suposições do que qualquer desconhecido aqui faz ou não faz, muito menos insinuar sobre o CV de Madre Teresa de Calcutá, que ninguém é obrigado a partilhar se faz 'coisas úteis', quer seja da praxe ou não. Do meu lado, assunto encerrado, pois mais uma vez se verifica a seriedade com que algumas pessoas encaram pessoas que levam horas das suas vidas, volutariamente, a responder às vossas dúvidas 😅
 

bia.005

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ESTeSL
Ok isso já ultrapassa muitos limites. Enfim. Felizmente no meu foram só estúpidos.

No meu caso, o 1o dia era levar os cerca de 80 alunos do curso para o jardim e cada um tinha de se apresentar, dizendo nome, idade, de onde eramos, copa do soutien e posição sexual favorita. Ok, ao início até tem alguma piada, mas passado horas de ouvir as mesmas coisas, enfim.

No dia seguinte faltei como disse, e estava muito bem sentada e vieram ter comigo:
- o teu nome, por favor?
- ???
- sim, como faltaste à praxe, para registar aqui para te chamar para o ano que vem.
- Quelra
- Ok, obrigado.

No ano seguinte não chamaram. Simplesmente gostaram daquele pedaço de poder. Curiosidade: quando fui a um exame de 1o ano, o gajo que me perguntou isso estava lá e ele era bem mais velho. Isso não me deu grande imagem do pessoal lá.

Resumindo: praxe, não obrigada
sou aluna de secundário (agora a terminar) então não tenho grande experiência para opinar, mas gostava de dizer o quanto isso pode continuar a configurar-se como abuso e simplesmente desnecessário. E lamento, mas acho que não sou a única a não ver graça nenhuma em perguntar às meninas que acabaram de conhecer a copa do sutiã. Entendo que sejam e sejamos adolescentes e tal, mas há limites e a maioria não se sentiria confortável nessa situação...