As áreas em que um mestre em ciências farmacêuticas pode trabalhar em contexto de investigacão sao teoricamente as mesmas do que um mestre em CB pois têm muitas cadeiras em comum? E quais seriam as principais áreas para se fazer investigação com o curso de CF?
Tudo o que vou responder é com base na minha experiência e de pessoas que conheço, pois não sou farmacêutico.
Eu diria que as áreas teoricamente podem ser as mesmas, ou seja com ciências farmacêuticas podes seguir investigação em qualquer área da saúde. Claro que com CF imagino que seja mais fácil e comum seguir algo na área do medicamento/farmacologia, mas pessoalmente não acho que seja um impedimento seguir outras áreas ligadas à saúde humana.
Será que fazendo licenciatura e mestrado em ciencias farmacêuticas posso depois seguir um doutoramento relacionado com as ciências biomédicas ou mesmo de ciências biomédicas? ( principalmente fora do país).
Pesquisei alguns doutoramentos em ciências biomédicas e nenhum impede a entrada de farmacêuticos, por isso acho que sim, podem concorrer a estes doutoramentos.
Do que me apercebi existem no 1o ano dos dois cursos cadeiras em comum, é possível eu fazer o 1o ano em CF em coimbra e no ano seguinte pedir transferência para CB em aveiro ou na ubi?
Desculpa, sobre equivalências não sei responder. Só conheço casos de alguns colegas que mudaram de CB para medicina e tiveram equivalências em algumas cadeiras. Não sei nada sobre CF.
Sei que em Aveiro a média para ciências biomédicas é superior a ciências farmacêuticas noutras universidades.
O que te fez escolher Ciências biomédicas? (Se posso perguntar)
Aveiro tem uma média alta sim, não sei ao certo porque é tão diferente das outras CBs no país, sempre foi assim desde o início. Inicialmente havia muitos candidatos que não conseguiram entrar em medicina, mas agora segundo me dizem há muitas primeiras opções.
Eu escolhi porque no 12o ano eu queria ser "cientista" e "professor universitário" e esta universidade era mais perto de casa. Era uma profissão que me parecia estimulante e com impacto na sociedade, e o que sabia vinha da televisão ou mesmo dos pais que viam profissões como "médicos" e "cientistas" como muito prestigiantes. Mas como não conhecia ninguém em investigação ou mesmo saúde e na altura não havia uniarea ou outros recursos na Internet que pudessem ajudar, não sabia da verdadeira realidade quanto à segurança e progressão profissional, e só tive real noção do trabalho em si quando entrei. Na verdade, eu percebi rapidamente que não gostava do laboratório, era muito diferente do secundário. Tive sorte de ter sido colocado no menor em biomedicina farmacêutica (na altura, era logo no primeiro ano), ganhei gosto pela área clínica da indústria e acabei por ficar e seguir essa área no mestrado, entrando depois no mercado de trabalho ainda antes do mestrado terminar. Eu tive muita sorte, fui com certas aspirações mas com pouca noção da realidade, e estive muito perto de mudar, mas acabei por encontrar o meu nicho, numa área que nem conhecia antes de entrar no curso.
Hoje, acredito que CB é uma boa opção para quem gosta e quer seguir algo a ver com investigação médica, como já disse tenho colegas a trabalhar em coisas muito variadas cá e lá fora. Hoje, na UA o IBIMED tem linhas de investigação e recursos interessantes para quem segue esta licenciatura, e para quem gosta da indústria, o mestrado em gestão da investigação clínica que a UA tem em parceria com a Nova Medical School é uma boa opção, mas acho importante alertar que para outras coisas além da investigação, as opções podem ser mais limitadas e não abrange ações de diagnóstico ou terapêutica diretas no doente com fins clínicos. Com CF, sempre tens as opções ligadas à farmácia clínica como alternativa.