Olá, Catarina.
Desistir ou continuar num curso (ou a fazer o que quer que seja) é uma decisão muito pessoal. Como tal, sugiro que te auto questiones sobre aquilo que pesa mais para TI (independentemente do que pais, irmãos, tios, senhoras velhinhas que vão à missa do domingo e que gostam de falar da vida do povo possam pensar). Potenciais perguntas para este processo de introspeção que falo são: "Pq que não gosto do curso?", "É a qualidade da minha prestação que está a ficar aquém das minhas expectativas?", "Sinto que não sou capaz e então desistir é mais fácil ou não gosto mesmo/não me vejo a fazer isto no futuro?", "Será que estou apenas a passar por um período de adaptação, normal e temporário?", "Certamente tomei uma decisão fundamentada quando me candidatei. As minhas ideias/objetivos, na altura em que o fiz, mantêm-se?", "O que mudou?", "É o curso o problema ou a inclusão complicada a percursora do meu desânimo?".
Depois de toda esta (e mais alguma) reflexão, podem existir ainda algumas ideias refratadas. Das três, uma:
- ou ainda não chegaste a uma conclusão e pensar naquilo que aconselharias a alguém na tua situação pode ser útil... (Quando olhamos para os "problemas" de fora, somos muito melhores julgadores e muito mais imparciais.);
- ou decides que continuar é a melhor opção. ("O primeiro semestre do primeiro ano é sempre mais geral. É normal que se afaste um pouco daquilo que eu esperava... para o próximo, vai ser diferente.")
- ou concluis que, de facto, o melhor é parar (dizer "desisitir" torna o dilema muito mais complicado e stressante... Não precisamos de pesos fantasmas na consciência) e tens o apoio da Nike - "Just do it".
Se não tiveres um curso alternativo, não há problema. Os gap years são bastante enriquecedores, se te souberes organizar. Lembra-te que és nova e que tens imenso tempo para descobrires, investires e fazeres aquilo que gostas.
Para finalizar, resta-me relembrar que a vida não é tão a preto e branco (exceto para os gatos) como a costumamos pintar e os real jobs raramente são fixos. No entanto, apesar de mutáveis, não deixam de ser aquilo no qual vamos investir grande (para não dizer "a maior") parte do nosso tempo. Desta feita, sou da opinião de que não devemos fazer algo que se afasta daquilo que nos preenche. A única maneira de termos e "darmos" sucesso é sermos bons na nossa profissão e quem corre por gosto não cansa. "Este curso far-me-á correr por gosto?"
Beijinhos,
Maria.