Ouço coisas boas e más das praxes, e fico sem saber se devo ir.
Além disso, o meu maior medo é a exigência física. Há algumas praxes onde os praxados ficam de joelhos no chão, ou fazem outra atividade física.
Eu tenho problemas de saúde relacionado com os meus joelhos: mal posso andar, até escadas são complicadas (foi me feita uma cirurgia que só piorou).
Eu não me consigo ajoelhar, ou fazer quase alguma atividade física. Nem andar quase...
Não consigo correr ou pular. Este meu problema vai ser complicado para andar nestes edifícios grandes mas vou ter que me virar.
Devo de ir? Não gostava de ficar para atrás em amizades e coisas do género... Mas também não posso fazer muita coisa física. :(
Olá, penso que independentemente da universidade não terás problemas em fazer amizades, quer vás á praxe ou não irás sempre conhecer pessoas com quem te irás relacionar

. No meu caso, a minha experiência com a praxe é um pouco peculiar. Apenas compareci a 2 sessões de praxe, a primeira foi a apresentação e a segunda foi a pedido de uma amiga. Quis saber como funcionava, como era, o que se fazia, mas como deu para perceber...não durei muito tempo kkkk. No início da primeira sessão estava a achar engraçado, os "Sr doutores" estavam a tentar deixar-nos mais relaxados, mas logo reparei que haviam muitas regras para decorar, muitas coisas a seguir e que por mais que tentasse ignorar seria inevitável não sentir-me desrespeitada (o que se veio a confirmar). Pensei em ficar por ali, a meu ver a praxe consome muito do tempo que poderia ser utilizado a estudar, mas a pedido de uma amiga que "não queria ir sozinha" decidi dar uma segunda chance. Assim, lá estava eu, mais uma vez subjugada á vontade dos "sr. Doutores, insignes finalistas e estimados não sei das quantas", fiz as atividades iniciais sem problemas (apesar de não estar a achar graça), no entanto, posteriormente....fartei-me e comecei uma REVOLUÇÃO hahahah. Como deves saber existe uma regra que nos "impede" de olhar os "homens de negro" nos olhos, então todos os caloiros olham para o chão.....bem, para variar, decidi olhar para cima, mirando o céu hahahhaha, estava bem satisfeita porque já me bastava as dores de pescoço causadas pelo tempo de estudo elevado, mas não tardou a ser chamada á atenção hahhaha, mas não para por aí, ainda nessa sessão tivemos de responder a um teste de iniciação. Estava completamente desconfortável com a temática do mesmo e recusei-me a responder. Passo a citar o diálogo que tive com um dos doutores:
Dr: " Miúda o que é que respondeste a esta pergunta"
Eu: Não quero responder
Dr: "Aqui não há queres, não saio daqui enquanto não deres uma resposta de jeito"
*Permaneci parada sem mecher uma palha*
Dr:" Anda lá"
Eu: Não quero responder, não vou responder
Dr: Vais vais! Já disse que aqui não há queres
Eu: Há Há!
Assim que disse isto, pousei a caneta, o papel, levantei-me, peguei na minha bolsa e segui o caminho pra ir embora, os "soberanos" ficaram abesbilicos hahhaha, ouvi muito sons de surpresa pois estava de noite e mal via um palmo á minha frente. É claro que vieram falar comigo, chorei? Sim, mas foi porque me senti humilhada e desrespeitada. Eu só queria ir embora, mas praticamente obrigaram-me a ficar até ao fim daquela sessão. Obviamente que nunca mais lá apareci hahahhaha.
Os meus pais educaram-me para respeitar e ser respeitada e tratar todos como igual, pelo que, o sucedido foi contra os meus valores.
Não me arrependo de ir, até porque agora tenho uma história para contar hahah. Para ser bem honesta nunca fui contra a vontade dos mais velhos, sempre me comportei e fiz o que me era pedido, por isso, aquele breve momento de rebeldia foi muito libertador hahaha