Só agora estive a ler as últimas páginas, e sobre isto:
Medida volta surgir na Estratégia de Combate à Pobreza, que entrou ontem em discussão pública. Davis Gouveia, fundador do Uniarea, lembra que tal pode “dar azo a casos de abuso”.
ionline.sapo.pt
O nosso grande
@davis é referênciado e contribuíu para a elaboração deste artigo!!! Fantástico

Sinceramente, ao meu ver isso é mais uma forma de mascarar o problema, do que tentar resolve lo, e em alguns casos um pouco injusto para os outros alunos, mas é só a minha opinião.
Obrigado pela referência, o artigo foi escrito pela talentosa
@Maria , que começou a
escrever artigos no Uniarea, e hoje faz as capas do Jornal i.
Não sei se ficou clara a ideia que queria passar, porque foi uma entrevista muito rápida por telemóvel e o artigo tinha de ficar fechado daí a poucos minutos, mas acho que:
- A ideia base do novo contingente é boa e faz sentido, desde que não abra a porta a abusos. Se hoje já tenho pessoas que me perguntam como podem ir para a Madeira para terem o contingente, imagino quem tente ver como pode mudar de escola para lá e/ou fazer lá um segundo curso do secundário que lhes dê acesso a estas vagas.
- Acho que antes de se criar um sexto contingente especial se deveria fazer um estudo de impacto dos outros 5 e perceber se não está na altura de fazer ajustes.
- Ligado ao ponto acima, acho que alguns contingentes estão desenquadrados na realidade atual. Pegando no que conheço melhor, o da Madeira, se por um lado acho que boa parte dos alunos da Madeira devem ter o contingente, também devemos questionar até que ponto que uma escola que consegue colocar mais alunos na sua primeira opção que a média nacional, em que 92% dos alunos ficaram colocados nas primeiras 3 opções (a média nacional é de 82%), que consegue colocar 6 alunos em engenharia aeroespacial (o contingente para a ilha toda só tem direito a 4 vagas), e que colocou 35 alunos em Medicina tem direito a esta benesse. Isto são os dados reais de apenas uma escola da Madeira na 1ª fase deste ano, que não é um exemplo do que acontece nas outras, obviamente, mas não é caso único na região. Os únicos 2 contingentes onde tenho visto algum acompanhamento e ajustes são nos de portadores de deficiência (que aumentou a percentagem entretanto, e passou a existir na 2ª fase de candidaturas) e no dos emigrantes (que passou este ano a incluir lusodescendentes). Só há números da evolução das entradas, mas não há números de impacto e de quantos alunos destes 2 contingentes acabaram os cursos, por exemplo.
- Além dos outros, acho que seria interessante perceber o impacto do contingente dos Açores/Madeira em 40 anos, por um lado no sucesso dos alunos, no aumento da qualificação dos residentes das ilhas, e na capacidade das respetivas universidades de atraírem/reterem alunos pela obrigação de colocares as instituições em 1ª opção. E com esses dados perceber se não faria um contingente especial mais abrangente para incluir algumas regiões do interior, para motivar mais alunos a ir mais longe, e para reter mais alunos nos respetivos politécnicos locais. Mas como há pouco planeamento nestas coisas, não espero ver nada sobre isto tão cedo.
Pode ser um tema interessante para um artigo mais de fundo no Uniarea um dia destes. Provavelmente ficarão melhor explicados estes pontos do que nos comentário do Jornal i.
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Espero que as vossas aulas estejam a correr bem!

Boa sorte para quem for concorrer agora à
3ª fase de candidaturas!
Btw, e que nunca precisem dos serviços académicos da vossa faculdade na vida.
#mood