Diário do Estudante 2022/2023

 
 
Cristo amado, não quero soar como um idoso, mas porque é que a definição de "divertimento" de tanta gente da nossa idade inclui drogas e álcool? 😭


É mesmo algo que as pessoas gostam ou sentem-se "obrigados" a fazer porque todos fazem?
 
Não recomendo muito, tou farta da moda de agora. "Escolhi engenharia informática pelo dinheiro e agora estou deprimido cada vez que vou trabalhar".

O melhor é encontrar um meio termo, um curso que tenha algum mercado e que gostes minimamente.
Foi o que fiz, por isso que estou a tirar o meu curso.
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Cristo amado, não quero soar como um idoso, mas porque é que a definição de "divertimento" de tanta gente da nossa idade inclui drogas e álcool? 😭


É mesmo algo que as pessoas gostam ou sentem-se "obrigados" a fazer porque todos fazem?
Eu não acho o mesmo. Não preciso dessas tretas todas para me divertir. As outras pessoas que gostam também gostam de fazer pressão para outras pessoas fazerem o mesmo que elas. Num jantar de curso que foi no 1º ano, devo ter sido o único a não beber sangria ( não bebo álcool pq simplesmente não quero beber ) e uma colega/amiga minha ali a incentivar e a perguntar pq não estou a beber ( gaja chata fds ) e a dizer, dá só UM golo ( bitch, stfu ). Também no arraial da universidade no ano passado ( nessa altura já estava no 2º ano ) tava lá com a minha namorada ( agora ex ) e uma colega dela tava a beber e a incentivar ela a beber ( a minha ex é daquelas que diz não mas facilmente diz sim se a pessoa insistir, mesmo que não queira ) e eu tou me a cagar e disse não, ela não pode beber ( ya, fui manipulativo aqui em não deixar pq ela simplesmente não pode beber essas coisas, ela toma comprimidos. Mas claro, fiz isso pq sabia que ela não queria mesmo, so disse sim pq foi pressionada, se fosse 100% decisão dela não ia dizer nada pq não é da minha conta ne ). Enfim, pessoal jovem só tá feliz quando TODOS à sua volta estão a fazer o mesmo que eles, senão ficam infelizes. Chatos.
 
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Foi o que fiz, por isso que estou a tirar o meu curso.
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Eu não acho o mesmo. Não preciso dessas tretas todas para me divertir. As outras pessoas que gostam também gostam de fazer pressão para outras pessoas fazerem o mesmo que elas. Num jantar de curso que foi no 1º ano, devo ter sido o único a não beber sangria ( não bebo álcool pq simplesmente não quero beber ) e uma colega/amiga minha ali a incentivar e a perguntar pq não estou a beber ( gaja chata fds ) e a dizer, dá só UM golo ( bitch, stfu ). Também no arraial da universidade no ano passado ( nessa altura já estava no 2º ano ) tava lá com a minha namorada ( agora ex ) e uma colega dela tava a beber e a incentivar ela a beber ( a minha ex é daquelas que diz não mas facilmente diz sim se a pessoa insistir, mesmo que não queira ) e eu tou me a cagar e disse não, ela não pode beber ( ya, fui manipulativo aqui em não deixar pq ela simplesmente não pode beber essas coisas, ela toma comprimidos. Mas claro, fiz isso pq sabia que ela não queria mesmo, so disse sim pq foi pressionada, se fosse 100% decisão dela não ia dizer nada pq não é da minha conta ne ). Enfim, pessoal jovem só tá feliz quando TODOS à sua volta estão a fazer o mesmo que eles, senão ficam infelizes. Chatos.
É que é isso mesmo... é demasiado chato. Depois dizem-me que sou uma "old soul" 😭


Não acho que isso seja manipulativo, estavas a olhar por ela, não a tomar decisões por ela per se. Mas bem, ao menos não estou sozinho nisto!
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Malta, eu sei que o fórum anda meio lento, mas tenho uma questão e peço que respondam com sinceridade.

Na área que vocês estão agora, foi algo que desde cedo sabiam que queriam fazer, ou tinham as vossas dúvidas, mas como gostavam da área continuaram nela? Ando super confuso porque há muitas áreas que eu gosto, mas eu não me vejo a fazer nenhuma delas para o resto da vida, e depois vem o problema de não gerir tanto dinheiro e eu querer estabilidade financeira e depois também vem o facto de eu não querer ficar a viver em Portugal para sempre... 😵‍💫
 
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Cristo amado, não quero soar como um idoso, mas porque é que a definição de "divertimento" de tanta gente da nossa idade inclui drogas e álcool? 😭


É mesmo algo que as pessoas gostam ou sentem-se "obrigados" a fazer porque todos fazem?
Não sinto que isso seja só "diversão" de jovens 🙃 Há também por aí malta mais velha que os meus pais metidos nesse life style há anos.
Por um lado acredito que isso vai da convivência com outras pessoas, e que de certa forma, acabam por levar outros para o mesmo caminho. Mas de outro lado, também há pessoal que para se sentir animado tem que recorrer ao álcool, pois sentem que o álcool traz benefícios para a mudança de humor e para se sentirem mais "abertos/interativos" com outras pessoas, principalmente em momentos de festa (isto dito por um amigo meu que bebe todos os dias), já lhe perguntei se ele não consegue fazer isso naturalmente, e ele disse-me que não.

Conforme vais conhecendo as pessoas, é normal teres pessoas com quem mais te identificas, onde vai haver pessoas com que gostas de estar com mais frequência do que outras (pelo menos eu sinto isso).
Confesso, que também não sou nenhum santo, e que por vezes no meu grupo da malta das motas, cometo umas loucuras 😬 mas desde que esteja tudo controlado e não prejudique, magoe ou falte ao respeito a ninguém, acredito que esteja tudo bem.

No fundo, cada um tem as suas formas de diversão. Infelizmente, umas são mais prejudiciais que outras.
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Malta, eu sei que o fórum anda meio lento, mas tenho uma questão e peço que respondam com sinceridade.

Na área que vocês estão agora, foi algo que desde cedo sabiam que queriam fazer, ou tinham as vossas dúvidas, mas como gostavam da área continuaram nela? Ando super confuso porque há muitas áreas que eu gosto, mas eu não me vejo a fazer nenhuma delas para o resto da vida, e depois vem o problema de não gerir tanto dinheiro e eu querer estabilidade financeira e depois também vem o facto de eu não querer ficar a viver em Portugal para sempre... 😵‍💫
Eu fui para Marketing pois sempre tive este "bichinho" (nomeadamente o marketing digital) desde o início do secundário, paralelamente junto com a paixão da História e da Geografia.
No início queria ir para Arqueologia pois achava super interessante, mas acabei por parar na minha 2ªopção, Geologia 🤣
Foi depois no ano seguinte que resolvi apostar na área do Marketing, que para já estou a gostar, tirando uma ou outra cadeira que acho mais chata.
Nem tudo é perfeito. 😞
 
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As outras pessoas que gostam também gostam de fazer pressão para outras pessoas fazerem o mesmo que elas.
Isto é muito comum em ambiente de faculdade e tive colegas que andaram na praxe a queixarem-se um pouco de comportamentos das pessoas envolvidas que estavam nessas linhas. Não estive na praxe, por isso não posso falar pelos outros, mas sempre que me encontrei em ambientes em que alguma pessoa queria impingir-me algo que não queria, sempre tive a habilidade de ser muito directa ao assunto e na primeira vez recuso, se continuarem a insistir, eventualmente lanço a carta do "já disse que não quero e se continuares a insistir estás a coagir" - resulta sempre, porque as pessoas por vezes estão tão habituadas a ter esses comportamentos que levam uma surpresa quando descobrem que alguém identifica o comportamento delas como "coacção". Das duas uma, ou a pessoa compreende e eventualmente passa-lhe ou ficam chateadas por chamarmos os bois pelos nomes - se for o segundo caso, não mereciam qualquer atenção minha, muito menos uma amizade. Quando uso o termo é só se o caso for sério, obviamente que considero normal se um grupo de pessoas for jantar, perguntarem se querem beber - desde que não insistam caso haja recusa, parece-me tranquilo, o que não é tranquilo é normalizarem comportamentos que são de facto formas de coacção, são desagradáveis e podem ser comportamentos de risco.

Acho que com o tempo, passei a descartar muito facilmente quem não me interessa interagir, talvez porque com o passar dos anos fiquei habituada a que muitas interacções sejam totalmente circunstanciais e tenho a certeza que se não forem "aquelas pessoas", eventualmente surgirão sempre outras. Há uns anos atrás, isto fazia-me confusão e tinha imensas dificuldades em confrontar amizades simplesmente por medo de que a relação ficasse estragada se dissesse algo e dava-me pena ter de abordar questões problemáticas por achar que aquelas pessoas eram demasiado únicas, mas nada como crescer e ficarmos mais amargos 🤔 🤣
Na área que vocês estão agora, foi algo que desde cedo sabiam que queriam fazer, ou tinham as vossas dúvidas, mas como gostavam da área continuaram nela? Ando super confuso porque há muitas áreas que eu gosto, mas eu não me vejo a fazer nenhuma delas para o resto da vida, e depois vem o problema de não gerir tanto dinheiro e eu querer estabilidade financeira e depois também vem o facto de eu não querer ficar a viver em Portugal para sempre... 😵‍💫
Eu escolhi o curso muito perto da altura dos exames e candidaturas e na altura não conhecia ninguém que tivesse andado na licenciatura que tirei e não encontrava quase nada na net. O programa pareceu-me interessante e por ser numa faculdade com alguma reputação e onde estudaram vários dos meus profs do secundário, pensei que arriscar não era muito mau, até porque na altura não tinha grandes certezas do que queria fazer e não gostava da ideia de estudar algo de que não gostasse, então foi um "vou e depois, conforme for fazendo o curso, vou descobrindo". Conheço malta a emigrar e estudar fora até em áreas tão "improváveis" como Filosofia, então em princípio o curso que tirares cá não vai fechar totalmente portas lá fora, convém apenas ires estando a par das informações sobre como funciona o mercado de trabalho nas áreas que te interessarem, imensas áreas dão equivalência com diploma português, especialmente se for dentro da UE.

Quanto a não quereres ficar numa área permanentemente, há imensas pessoas que ao longo da sua vida laboral mudam de emprego várias vezes, com funções distintas, consoante vão adquirindo experiência ou oportunidades que surgem. Estudares uma área não significa que vais trabalhar toda a tua vida nessa área, daí não achar que a escolha de um curso seja um commitment permanente, desde poderes mudar, a tirares outras formações a nível de mestrado ou mesmo ao longo do tempo mudares de emprego e ires parar a outras áreas. Acho que na fase de estudar deves escolher algo em que sintas que existe alguma esperança para ti e que gostes minimamente, planos a longo prazo é muito difícil de prever porque o mercado de trabalho muda bastante com o tempo e essa é uma "insegurança" com a qual todos temos de lidar.
 
Na área que vocês estão agora, foi algo que desde cedo sabiam que queriam fazer, ou tinham as vossas dúvidas, mas como gostavam da área continuaram nela? Ando super confuso porque há muitas áreas que eu gosto, mas eu não me vejo a fazer nenhuma delas para o resto da vida, e depois vem o problema de não gerir tanto dinheiro e eu querer estabilidade financeira e depois também vem o facto de eu não querer ficar a viver em Portugal para sempre... 😵‍💫
A primeira profissão que quis ter era Veterinária. E foi algo que quis durante anos. Até perceber que não tinha vocação para isso. Depois, como referi ontem, quis ir para Biologia. Até refletir sobre o assunto e perceber que eu gostava apenas de determinadas partes da Biologia (Genética, por exemplo) mas detestava tudo o resto. Então, quando finalmente decidi que ia tirar uma licenciatura, pensei nas disciplinas que eu mais gostava e onde me destacava. No caso: Português, História e Geografia - claramente fui muito inteligente e em vez de ir para LH no Secundário fui para CT, mas enfim... se tivesse feito esta reflexão mais cedo, teria ido para outra área no liceu.

Essas três disciplinas... eu não gostava só de uma parte delas, como acontecia com Biologia. Eu gostava de tudo e dava-me bastante prazer estudar para elas, saber mais. E cheguei à conclusão de que não me imaginaria a fazer qualquer outra coisa que não tivesse a ver com isso. Depois foi uma questão de procurar cursos relacionados com elas e, dentro desse leque, escolher as opções que mais me atraíam.
 
Há uns anos atrás, isto fazia-me confusão e tinha imensas dificuldades em confrontar amizades simplesmente por medo de que a relação ficasse estragada se dissesse algo e dava-me pena ter de abordar questões problemáticas por achar que aquelas pessoas eram demasiado únicas, mas nada como crescer e ficarmos mais amargos 🤔 🤣
Isto é tão verdade, à medida que envelheço, the less fucks I have to give. 😂

Eu escolhi o curso muito perto da altura dos exames e candidaturas e na altura não conhecia ninguém que tivesse andado na licenciatura que tirei e não encontrava quase nada na net. O programa pareceu-me interessante e por ser numa faculdade com alguma reputação e onde estudaram vários dos meus profs do secundário, pensei que arriscar não era muito mau, até porque na altura não tinha grandes certezas do que queria fazer e não gostava da ideia de estudar algo de que não gostasse, então foi um "vou e depois, conforme for fazendo o curso, vou descobrindo". Conheço malta a emigrar e estudar fora até em áreas tão "improváveis" como Filosofia, então em princípio o curso que tirares cá não vai fechar totalmente portas lá fora, convém apenas ires estando a par das informações sobre como funciona o mercado de trabalho nas áreas que te interessarem, imensas áreas dão equivalência com diploma português, especialmente se for dentro da UE.

Quanto a não quereres ficar numa área permanentemente, há imensas pessoas que ao longo da sua vida laboral mudam de emprego várias vezes, com funções distintas, consoante vão adquirindo experiência ou oportunidades que surgem. Estudares uma área não significa que vais trabalhar toda a tua vida nessa área, daí não achar que a escolha de um curso seja um commitment permanente, desde poderes mudar, a tirares outras formações a nível de mestrado ou mesmo ao longo do tempo mudares de emprego e ires parar a outras áreas. Acho que na fase de estudar deves escolher algo em que sintas que existe alguma esperança para ti e que gostes minimamente, planos a longo prazo é muito difícil de prever porque o mercado de trabalho muda bastante com o tempo e essa é uma "insegurança" com a qual todos temos de lidar.
Obrigado! Isto faz-me sentir menos sozinho, às vezes as pessoas dão a entender que têm planos minuciosos sobre a sua vida inteira e eu fico, meu Deus do céu, nem penso em metade disto e quando dou por mim a pensar, pumba, bloqueio. Sempre tive uma imensa vontade de estudar psicologia, mas sinceramente, não quero ser psicólogo... e depois fico às aranhas sobre os trabalhos que poderia sequer ter dentro da área, também contabilidade ou uma área dessas de economia tem vindo a interessar-me tbh.
 
É mesmo algo que as pessoas gostam ou sentem-se "obrigados" a fazer porque todos fazem?
To be honest acho que existem os dois tipos de pessoas, as que gostam e as que cedem a pressões.
 
Na área que vocês estão agora, foi algo que desde cedo sabiam que queriam fazer, ou tinham as vossas dúvidas, mas como gostavam da área continuaram nela? Ando super confuso porque há muitas áreas que eu gosto, mas eu não me vejo a fazer nenhuma delas para o resto da vida, e depois vem o problema de não gerir tanto dinheiro e eu querer estabilidade financeira e depois também vem o facto de eu não querer ficar a viver em Portugal para sempre... 😵‍💫
Na verdade, o curso que estou a frequentar agora sempre foi aquele que considerei desde relativamente cedo. Na altura, por volta do 7° ano, ainda não sabia bem como funcionava o ensino superior, qual seria o curso em específico, mas tinha noção que seria algo relacionado com tecnologia, lógica, etc.

A verdade é que assim que entrei no secundário comecei a gostar de muitas mais coisas. Sinceramente, apesar de não ter adorado o secundário no que diz respeito às pessoas que o fizeram comigo, sinto que foram 3 anos muito enriquecedores onde aprendi coisas interessantíssimas. Isso fez com que eu ponderasse outras coisas, nomeadamente na área da saúde, porque gostei muito das coisas ligadas à biologia - o que me fez colocar Medicina em 2a opção.

O único critério que me fez efetivamente decidir entre Engenharia Informática e Medicina para primeira opção foi mesmo o facto de já ter o "bichinho" de informática há mais tempo. Será que hoje teria feito a mesma escolha? Honestamente, não faço ideia. Depois destes (quase) três anos de curso, houve coisas que gostei bastante mas também houve outras, em alguns momentos, que me deitaram abaixo e me fizeram questionar se realmente tenho "jeito" para isto. Isto até é um bocado estúpido porque tenho tido um bom desempenho e tenho-me safado bem melhor do que achava, porque nunca fui muito confiante nessas coisas... Infelizmente, basta não estar a perceber algo de alguma cadeira ou achar os conteúdos mais aborrecidos que fico logo a sentir-me "atrasado" e incapaz...

Isto para dizer que, apesar de, no geral, considerar que até estou no sítio certo, não é como se estivesse a sentir-me extremamente feliz e realizado. 😅 Sinceramente, nem sei bem descrever o que sinto relativamente a isso ahahaha.

(Espero que este sentimento "vazio" - nem de tristeza nem de felicidade - não seja nada de preocupante ou anormal 👀)
 
Isto para dizer que, apesar de, no geral, considerar que até estou no sítio certo, não é como se estivesse a sentir-me extremamente feliz e realizado. 😅 Sinceramente, nem sei bem descrever o que sinto relativamente a isso ahahaha.

Outro sentimento que acho relativamente comum e identifico-me....e isto tendo em conta que a farmácia comunitária está a começar a crescer dentro de mim (área que sempre tive como "meh, whatever, será por onde tenho que começar, é lidar") 😂
 
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Isto é tão verdade, à medida que envelheço, the less fucks I have to give. 😂


Obrigado! Isto faz-me sentir menos sozinho, às vezes as pessoas dão a entender que têm planos minuciosos sobre a sua vida inteira e eu fico, meu Deus do céu, nem penso em metade disto e quando dou por mim a pensar, pumba, bloqueio. Sempre tive uma imensa vontade de estudar psicologia, mas sinceramente, não quero ser psicólogo... e depois fico às aranhas sobre os trabalhos que poderia sequer ter dentro da área, também contabilidade ou uma área dessas de economia tem vindo a interessar-me tbh.
Já pensaste em Recursos Humanos? É uma área próxima das que indicas e há gente de Psicologia a tirar mestrado na área. Nem toda a gente de Psicologia é psicóloga, é uma questão de veres planos de estudo e diferentes vertentes.
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(Espero que este sentimento "vazio" - nem de tristeza nem de felicidade - não seja nada de preocupante ou anormal 👀)
Eu diria que é comum, acho que todos temos fases de sentirmo-nos bem quando temos alguma conquista, mas o sentimento de realização não perdura 24/7 e se tivermos tendência a ser minimamente introspectivos, chances are que até sejam bem mais as vezes em que nos sentimos com dúvidas, mesmo quando tudo indica que estamos bem encaminhados.
 
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Já pensaste em Recursos Humanos? É uma área próxima das que indicas e há gente de Psicologia a tirar mestrado na área. Nem toda a gente de Psicologia é psicóloga, é uma questão de veres planos de estudo e diferentes vertentes.
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Talvez, se ficar ainda com esta ideia de agora, tenho que procurar bem, mas possa meter psicologia e depois recursos humanos.
 
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Ainda não comecei a estudar, estou só a pensar nos "e se" quem me dera ser daquelas pessoas casmurras que enfia uma ideia na cabeça e toca a andar. 😭
 
Viva! Acho que já não escrevia aqui faz uns dois anos 😅 mas espero que esteja tudo bem com vocês! :) Muita coisa se passou entretanto, entre terminar carta de condução, trabalhar numa empresa em tech enquanto terminava o mestrado e outra pós-graduação, e agora a mais recente aventura, doutoramento em Tecnologia Médica (Bioinformática) na Noruega.

Faz 2 semanas que aqui estou e foi dificil sair do "conforto" e da rotina que tinha em Aveiro (cidade onde cresci e sempre estudei) e ficar a 3800 KM de casa para a cidade onde estou agora (Trondheim). Deixar amigos, familia, e a minha namorada (temporário já que ela ainda está a trabalhar em Portugal, mas vem morar comigo na Noruega). E integrar-me uma cultura diferente (e aprender a língua que ainda vai demorar 1 ano pelo menos!), mas sei que no final o esforço vai valer bastante. O primeiro dia que aqui cheguei fiquei a perguntar-me o que é que tinha acabado de fazer... Deixei tudo para trás e até mesmo um trabalho que até pagava bem para os standards em Portugal, mas sei que preciso de doutoramento para o que pretendo fazer ☺️

A escolha do doutoramento na Noruega foi "facil":
  • Doutoramento de 3 anos (4-5 em Portugal com uma bolsa baixissima e poucos direitos)
  • Doutorandos aqui na Noruega são considerados trabalhadores na universidade (não somos estudantes ou bolseiros) - Temos direito a férias, seguro de saude, parental leave, comprar casa com taxas bastante boas...
  • O projeto era precisamente o que queria. Transcriptómica espacial em doentes com cancro do pulmão. Objetivo será validar biomarcadores (prognóstico e diagnóstico) e estratificar os pacientes com base na sua resposta a imunoterapia. Isto com base em imagem médica e dados de sequenciação.
  • O salário que se recebe em doutoramento. Quando no final do mês tenho as contas pagas + alimentação e outras necessidades e ainda te sobram 1100-1300 euros (o salário medio em Portugal), dou por mim a dizer "Como é que não vim para aqui mais cedo" 😅
Os primeiros 3 meses são realmente os mais complicados. Não conheces ninguém, as tuas primeiras idas ao supermercado demoram horas pois não sabes bem o que as coisas querem dizer, compras produtos errados (tipo uma lata que tu pensas ser de polpa de tomate quando na verdade acabaste de comprar feijão...), não sabes onde ir para comprar o que queres, não tens ID, não tens conta no banco, não podes ir ao ginásio até ter essas coisas tratadas... E o tempo! Em Portugal estao 30ºC, hoje estiveram 7º de minima por aqui de manha. Para não falar da neve e de ter sol 4h por dia a começar já em dezembro/janeiro. Mas é questão de tempo até habituar!

Ainda vai levar o seu tempo até ter uma rotina semelhante à que tinha em Portugal, mas com tempo as coisas começam a fluir melhor :)
 
Viva! Acho que já não escrevia aqui faz uns dois anos 😅 mas espero que esteja tudo bem com vocês! :) Muita coisa se passou entretanto, entre terminar carta de condução, trabalhar numa empresa em tech enquanto terminava o mestrado e outra pós-graduação, e agora a mais recente aventura, doutoramento em Tecnologia Médica (Bioinformática) na Noruega.

Faz 2 semanas que aqui estou e foi dificil sair do "conforto" e da rotina que tinha em Aveiro (cidade onde cresci e sempre estudei) e ficar a 3800 KM de casa para a cidade onde estou agora (Trondheim). Deixar amigos, familia, e a minha namorada (temporário já que ela ainda está a trabalhar em Portugal, mas vem morar comigo na Noruega). E integrar-me uma cultura diferente (e aprender a língua que ainda vai demorar 1 ano pelo menos!), mas sei que no final o esforço vai valer bastante. O primeiro dia que aqui cheguei fiquei a perguntar-me o que é que tinha acabado de fazer... Deixei tudo para trás e até mesmo um trabalho que até pagava bem para os standards em Portugal, mas sei que preciso de doutoramento para o que pretendo fazer ☺️

A escolha do doutoramento na Noruega foi "facil":
  • Doutoramento de 3 anos (4-5 em Portugal com uma bolsa baixissima e poucos direitos)
  • Doutorandos aqui na Noruega são considerados trabalhadores na universidade (não somos estudantes ou bolseiros) - Temos direito a férias, seguro de saude, parental leave, comprar casa com taxas bastante boas...
  • O projeto era precisamente o que queria. Transcriptómica espacial em doentes com cancro do pulmão. Objetivo será validar biomarcadores (prognóstico e diagnóstico) e estratificar os pacientes com base na sua resposta a imunoterapia. Isto com base em imagem médica e dados de sequenciação.
  • O salário que se recebe em doutoramento. Quando no final do mês tenho as contas pagas + alimentação e outras necessidades e ainda te sobram 1100-1300 euros (o salário medio em Portugal), dou por mim a dizer "Como é que não vim para aqui mais cedo" 😅
Os primeiros 3 meses são realmente os mais complicados. Não conheces ninguém, as tuas primeiras idas ao supermercado demoram horas pois não sabes bem o que as coisas querem dizer, compras produtos errados (tipo uma lata que tu pensas ser de polpa de tomate quando na verdade acabaste de comprar feijão...), não sabes onde ir para comprar o que queres, não tens ID, não tens conta no banco, não podes ir ao ginásio até ter essas coisas tratadas... E o tempo! Em Portugal estao 30ºC, hoje estiveram 7º de minima por aqui de manha. Para não falar da neve e de ter sol 4h por dia a começar já em dezembro/janeiro. Mas é questão de tempo até habituar!

Ainda vai levar o seu tempo até ter uma rotina semelhante à que tinha em Portugal, mas com tempo as coisas começam a fluir melhor :)
Sou só um estranho, mas fico feliz por ti! Tudo fruto do teu trabalho. 🤗
 

Primeira sessão da minha vida na passada quinta-feira. Ia morrendo, mas estou contente.

não bebo álcool pq simplesmente não quero beber
Ei. Que é isso a roubar a filosofia das não-pessoas?!

Na área que vocês estão agora, foi algo que desde cedo sabiam que queriam fazer, ou tinham as vossas dúvidas, mas como gostavam da área continuaram nela? Ando super confuso porque há muitas áreas que eu gosto, mas eu não me vejo a fazer nenhuma delas para o resto da vida, e depois vem o problema de não gerir tanto dinheiro e eu querer estabilidade financeira e depois também vem o facto de eu não querer ficar a viver em Portugal para sempre... 😵‍💫
Eu sou claramente o pior exemplo que pode haver em relação a percursos de vida, planos, etc., mas... escolhi o curso que tirei por... pura aleatoriedade, ainda hoje não sei dizer porque foi essa a minha escolha (e Medicina em terceira opção pelo meme factor, oops), posso encontrar algumas desculpas, mas sei que simplesmente... enfim, foi ao calhas. Não posso dizer que não aprecie Física, ou a ideia de explorar as regras mais fundamentais que descrevem o funcionamento do Universo, mas também não posso dizer que tenha apreciado a grande maioria dos instantes da minha inexistência passados no curso. Dito isto, tive a sorte imensa de ter um projecto para mim interessantíssimo disponível para fazer a minha tese de Mestrado, e que me permitiu ter continuidade para o Doutoramento, e aquilo que estou a fazer agora... bem, não me importaria mesmo nada de continuar. Se me perguntares porque não escolhi mudar de curso para outra coisa... também não sei responder. Pura teimosia? Pura necessidade de não deixar um trabalho inacabado? Pura resignação? Não sei.

Sei que este testemunho não contém em si muita informação útil, mas quis dá-lo porque penso que o que ele exemplifica é, pelo contrário, algo que vale a pena ter sempre bem presente: a vida não é um rio a fluir montanha abaixo, é mais um oceano com múltiplas correntes e ondas: podemos nadar para aqui e para ali, podemos deixar-nos levar, podemos dar voltas e voltar ao mesmo sítio, por vezes existem perturbações e contratempos que nos desviam, outras vezes podemos arrastar outros connosco no nosso caminho; e, embora seja bem verdade que (para a maioria das pessoas) existe um princípio e um fim nesse nosso percurso, é mais do que certo que não existe um destino, não há nenhum sítio onde devamos estar senão o sítio onde estamos a cada momento. Claro, estamos no direito de querer que esse sítio seja melhor do que o que é, e estamos, diria, no dever de tentar fazer com que assim o seja para tantos outros quanto pudermos, mas não há, não pode haver, um determinado objectivo que sejamos obrigados a alcançar.
 
Eu sou claramente o pior exemplo que pode haver em relação a percursos de vida, planos, etc., mas... escolhi o curso que tirei por... pura aleatoriedade, ainda hoje não sei dizer porque foi essa a minha escolha (e Medicina em terceira opção pelo meme factor, oops), posso encontrar algumas desculpas, mas sei que simplesmente... enfim, foi ao calhas. Não posso dizer que não aprecie Física, ou a ideia de explorar as regras mais fundamentais que descrevem o funcionamento do Universo, mas também não posso dizer que tenha apreciado a grande maioria dos instantes da minha inexistência passados no curso. Dito isto, tive a sorte imensa de ter um projecto para mim interessantíssimo disponível para fazer a minha tese de Mestrado, e que me permitiu ter continuidade para o Doutoramento, e aquilo que estou a fazer agora... bem, não me importaria mesmo nada de continuar. Se me perguntares porque não escolhi mudar de curso para outra coisa... também não sei responder. Pura teimosia? Pura necessidade de não deixar um trabalho inacabado? Pura resignação? Não sei.

Sei que este testemunho não contém em si muita informação útil, mas quis dá-lo porque penso que o que ele exemplifica é, pelo contrário, algo que vale a pena ter sempre bem presente: a vida não é um rio a fluir montanha abaixo, é mais um oceano com múltiplas correntes e ondas: podemos nadar para aqui e para ali, podemos deixar-nos levar, podemos dar voltas e voltar ao mesmo sítio, por vezes existem perturbações e contratempos que nos desviam, outras vezes podemos arrastar outros connosco no nosso caminho; e, embora seja bem verdade que (para a maioria das pessoas) existe um princípio e um fim nesse nosso percurso, é mais do que certo que não existe um destino, não há nenhum sítio onde devamos estar senão o sítio onde estamos a cada momento. Claro, estamos no direito de querer que esse sítio seja melhor do que o que é, e estamos, diria, no dever de tentar fazer com que assim o seja para tantos outros quanto pudermos, mas não há, não pode haver, um determinado objectivo que sejamos obrigados a alcançar.
Faz sentido, gostava de ter mais teimosia e casmurrice em mim mesmo. Fico a pensar demasiado nas coisas e isso leva-me a uma inatividade imensa, apesar de haverem coisas que eu sei que quero fazer com a minha vida, não digo grandes objetivos, mas coisas que tenho 100% de certeza absoluta de quero fazer. O pior é que depois vem os pensamentos atribulados de "e se isto, e se aquilo" e no fim nem vejo "isto" nem "aquilo".

Estou só aqui a vomitar texto, mas é exaustivo não fazer nada e sentir-me cansado de qualquer das maneiras. É pressões disto e aquilo e o facto de já não ser assim tão jovem e depois não ter uma safety net... queres trocar de cérebro? 😅
 
Viva! Acho que já não escrevia aqui faz uns dois anos 😅 mas espero que esteja tudo bem com vocês! :) Muita coisa se passou entretanto, entre terminar carta de condução, trabalhar numa empresa em tech enquanto terminava o mestrado e outra pós-graduação, e agora a mais recente aventura, doutoramento em Tecnologia Médica (Bioinformática) na Noruega.

Faz 2 semanas que aqui estou e foi dificil sair do "conforto" e da rotina que tinha em Aveiro (cidade onde cresci e sempre estudei) e ficar a 3800 KM de casa para a cidade onde estou agora (Trondheim). Deixar amigos, familia, e a minha namorada (temporário já que ela ainda está a trabalhar em Portugal, mas vem morar comigo na Noruega). E integrar-me uma cultura diferente (e aprender a língua que ainda vai demorar 1 ano pelo menos!), mas sei que no final o esforço vai valer bastante. O primeiro dia que aqui cheguei fiquei a perguntar-me o que é que tinha acabado de fazer... Deixei tudo para trás e até mesmo um trabalho que até pagava bem para os standards em Portugal, mas sei que preciso de doutoramento para o que pretendo fazer ☺️

A escolha do doutoramento na Noruega foi "facil":
  • Doutoramento de 3 anos (4-5 em Portugal com uma bolsa baixissima e poucos direitos)
  • Doutorandos aqui na Noruega são considerados trabalhadores na universidade (não somos estudantes ou bolseiros) - Temos direito a férias, seguro de saude, parental leave, comprar casa com taxas bastante boas...
  • O projeto era precisamente o que queria. Transcriptómica espacial em doentes com cancro do pulmão. Objetivo será validar biomarcadores (prognóstico e diagnóstico) e estratificar os pacientes com base na sua resposta a imunoterapia. Isto com base em imagem médica e dados de sequenciação.
  • O salário que se recebe em doutoramento. Quando no final do mês tenho as contas pagas + alimentação e outras necessidades e ainda te sobram 1100-1300 euros (o salário medio em Portugal), dou por mim a dizer "Como é que não vim para aqui mais cedo" 😅
Os primeiros 3 meses são realmente os mais complicados. Não conheces ninguém, as tuas primeiras idas ao supermercado demoram horas pois não sabes bem o que as coisas querem dizer, compras produtos errados (tipo uma lata que tu pensas ser de polpa de tomate quando na verdade acabaste de comprar feijão...), não sabes onde ir para comprar o que queres, não tens ID, não tens conta no banco, não podes ir ao ginásio até ter essas coisas tratadas... E o tempo! Em Portugal estao 30ºC, hoje estiveram 7º de minima por aqui de manha. Para não falar da neve e de ter sol 4h por dia a começar já em dezembro/janeiro. Mas é questão de tempo até habituar!

Ainda vai levar o seu tempo até ter uma rotina semelhante à que tinha em Portugal, mas com tempo as coisas começam a fluir melhor :)

E em adição à recente conversa sobre imigração, são histórias assim que me fazem pensar mais na possibilidade :P

De qualquer modo, parabéns e muito sucesso! O norueguês é uma língua gira também!
 
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E em adição à recente conversa sobre imigração, são histórias assim que me fazem pensar mais na possibilidade :P

De qualquer modo, parabéns e muito sucesso! O norueguês é uma língua gira também!

Quem me dera poder ir logo fazer uma licenciatura noutro país 😭