Diário do Estudante 2022/2023

 
 
Adoro-te por teres teres sobrevivido e teres gostado 🥲
Adorai-me não a mim, mas ao twilight cleric da party e à sua Healing Word. 🤷‍♂️

Mas, hey, aconteceu-me pelo menos uma vez o que raramente tem acontecido desde o secundário: 20.
 
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Viva! Acho que já não escrevia aqui faz uns dois anos 😅 mas espero que esteja tudo bem com vocês! :) Muita coisa se passou entretanto, entre terminar carta de condução, trabalhar numa empresa em tech enquanto terminava o mestrado e outra pós-graduação, e agora a mais recente aventura, doutoramento em Tecnologia Médica (Bioinformática) na Noruega.

Faz 2 semanas que aqui estou e foi dificil sair do "conforto" e da rotina que tinha em Aveiro (cidade onde cresci e sempre estudei) e ficar a 3800 KM de casa para a cidade onde estou agora (Trondheim). Deixar amigos, familia, e a minha namorada (temporário já que ela ainda está a trabalhar em Portugal, mas vem morar comigo na Noruega). E integrar-me uma cultura diferente (e aprender a língua que ainda vai demorar 1 ano pelo menos!), mas sei que no final o esforço vai valer bastante. O primeiro dia que aqui cheguei fiquei a perguntar-me o que é que tinha acabado de fazer... Deixei tudo para trás e até mesmo um trabalho que até pagava bem para os standards em Portugal, mas sei que preciso de doutoramento para o que pretendo fazer ☺️

A escolha do doutoramento na Noruega foi "facil":
  • Doutoramento de 3 anos (4-5 em Portugal com uma bolsa baixissima e poucos direitos)
  • Doutorandos aqui na Noruega são considerados trabalhadores na universidade (não somos estudantes ou bolseiros) - Temos direito a férias, seguro de saude, parental leave, comprar casa com taxas bastante boas...
  • O projeto era precisamente o que queria. Transcriptómica espacial em doentes com cancro do pulmão. Objetivo será validar biomarcadores (prognóstico e diagnóstico) e estratificar os pacientes com base na sua resposta a imunoterapia. Isto com base em imagem médica e dados de sequenciação.
  • O salário que se recebe em doutoramento. Quando no final do mês tenho as contas pagas + alimentação e outras necessidades e ainda te sobram 1100-1300 euros (o salário medio em Portugal), dou por mim a dizer "Como é que não vim para aqui mais cedo" 😅
Os primeiros 3 meses são realmente os mais complicados. Não conheces ninguém, as tuas primeiras idas ao supermercado demoram horas pois não sabes bem o que as coisas querem dizer, compras produtos errados (tipo uma lata que tu pensas ser de polpa de tomate quando na verdade acabaste de comprar feijão...), não sabes onde ir para comprar o que queres, não tens ID, não tens conta no banco, não podes ir ao ginásio até ter essas coisas tratadas... E o tempo! Em Portugal estao 30ºC, hoje estiveram 7º de minima por aqui de manha. Para não falar da neve e de ter sol 4h por dia a começar já em dezembro/janeiro. Mas é questão de tempo até habituar!

Ainda vai levar o seu tempo até ter uma rotina semelhante à que tinha em Portugal, mas com tempo as coisas começam a fluir melhor :)
Parabéns! Nem sempre é fácil arriscar percursos num país em que não somos fluentes na língua, mas a verdade é que parece valer o esforço. Quando estive numa conferência na Dinamarca, o evento foi feito no departamento de Matemática e eu e uma prof. minha encontrámos por puro acaso uma portuguesa que estava a fazer Doutoramento lá e tudo o que dizem é sempre: melhores condições para quem investiga, coisa quase impensável cá porque estamos com orçamentos um pouco magricelas (um dos departamentos da minha faculdade passou de financiar umas 7-8 bolsas para 0 por atrasos na avaliação e financiamento da FCT)...
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Adorai-me não a mim, mas ao twilight cleric da party e à sua Healing Word. 🤷‍♂️

Mas, hey, aconteceu-me pelo menos uma vez o que raramente tem acontecido desde o secundário: 20.
Eu adoro o que quiser, por teimosia, apre!

Rolaste um 20 e o que aconteceu? Na sessão que fiz há uns bons anos, o 20 que rolei significou dar critical hit numa alcateia woof woof 🤣
 
Eu adoro o que quiser, por teimosia, apre!
O consentimento também é importante.

Rolaste um 20 e o que aconteceu? Na sessão que fiz há uns bons anos, o 20 que rolei significou dar critical hit numa alcateia woof woof 🤣
Foi numa perception check para analisar umas marcas no chão, descobri um disco de pedra com coisas e tal. Mistérios para próximas sessões.

Mas a minha verdadeira vitória foi não ter deixado cair nenhum dado ao chão.
 
O consentimento também é importante.


Foi numa perception check para analisar umas marcas no chão, descobri um disco de pedra com coisas e tal. Mistérios para próximas sessões.

Mas a minha verdadeira vitória foi não ter deixado cair nenhum dado ao chão.
Pronto, dou-te razão desta vez.

Uhhhh, de certeza que será algo relevante para a próxima sessão (sem dados no chão!!!)
 
Pronto, dou-te razão desta vez.
Só desta? Mas eu também não disse que não dava esse consentimento.

Uhhhh, de certeza que será algo relevante para a próxima sessão (sem dados no chão!!!)
Tenho a certeza de que é absolutamente irrelevante, até porque o DM referiu que era um DC 17 para encontrar aquilo, se bem me lembro.
 
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Só desta? Mas eu também não disse que não dava esse consentimento.


Tenho a certeza de que é absolutamente irrelevante, até porque o DM referiu que era um DC 17 para encontrar aquilo, se bem me lembro.
Vocês que estão a falar de DND, já ouviram falar do RPG Ordem Paranormal? 👀👀
 
Vocês que estão a falar de DND, já ouviram falar do RPG Ordem Paranormal? 👀👀
Não sei se reparaste bem na parte em que disse que isto foi a minha primeira sessão, pelo que admito que é um mundo que (ainda) não tive oportunidade de estudar em detalhe, portanto... não.
 
Não sei se reparaste bem na parte em que disse que isto foi a minha primeira sessão, pelo que admito que é um mundo que (ainda) não tive oportunidade de estudar em detalhe, portanto... não.
Reparei ahaha é justamente por isso! Há muita gente a ser introduzida ao mundo de RPG por conta de Ordem Paranormal. Há um livro de regras com missões, etc. É inspirado num RPG feito em livestream por um streamer famoso (Cellbit). Recomendo muito ver a série também. Tem várias temporadas, cada episódio tem um average de 4-5 horas, muita coisa para ver e é muito animado! Segue uma história, mas há alguns "standalones".

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Reparei ahaha é justamente por isso! Há muita gente a ser introduzida ao mundo de RPG por conta de Ordem Paranormal. Há um livro de regras com missões, etc. É inspirado num RPG feito em livestream por um streamer famoso (Cellbit). Recomendo muito ver a série também. Tem várias temporadas, cada episódio tem um average de 4-5 horas, muita coisa para ver e é muito animado! Segue uma história, mas há alguns "standalones".

OBS: O sucesso foi tanto que um jogo está a ser produzido, já tem trailer, chamado Enigma do Medo, e há também outros livros e outras coisas a saírem.
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Querer estudar, mas estar com uma depressão profunda (diagnosticada) que me inibe de sequer fazer o que gosto está a ser mesmo 10/10 💀
 
Última edição:
OBS: O sucesso foi tanto que um jogo está a ser produzido, já tem trailer, chamado Enigma do Medo, e há também outros livros e outras coisas a saírem.

Apoiei o jogo em 2020, continuo à espera 😂
 
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Vocês que estão a falar de DND, já ouviram falar do RPG Ordem Paranormal? 👀👀
Não, enquanto spammava aqui estive a cozinhar uma proposta para uma conferência em Dezembro, upsie. Se for aceite, vai ser sobre a apropriação de um crime ligado a uma actriz em três media diferentes: um livro, uma peça de teatro e um filme mudo e como é que essas produções moldaram a memória colectiva (com o factor da ética por detrás das adaptações e o facto de um repórter famoso na época estar ligado à resolução do crime e aos materiais 'lucrativos'). Não tem nada a ver com a tese, mas uma pessoa quando começa a acumular conhecimento de um determinado período nunca mais se cala.
 
Não, enquanto spammava aqui estive a cozinhar uma proposta para uma conferência em Dezembro, upsie. Se for aceite, vai ser sobre a apropriação de um crime ligado a uma actriz em três media diferentes: um livro, uma peça de teatro e um filme mudo e como é que essas produções moldaram a memória colectiva (com o factor da ética por detrás das adaptações e o facto de um repórter famoso na época estar ligado à resolução do crime e aos materiais 'lucrativos'). Não tem nada a ver com a tese, mas uma pessoa quando começa a acumular conhecimento de um determinado período nunca mais se cala.
Espero que seja aceite! Parece interessante.
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Apoiei o jogo em 2020, continuo à espera 😂
Está quase!! Também quero jogar 😅
 
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É que é isso mesmo... é demasiado chato. Depois dizem-me que sou uma "old soul" 😭


Não acho que isso seja manipulativo, estavas a olhar por ela, não a tomar decisões por ela per se. Mas bem, ao menos não estou sozinho nisto!
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Malta, eu sei que o fórum anda meio lento, mas tenho uma questão e peço que respondam com sinceridade.

Na área que vocês estão agora, foi algo que desde cedo sabiam que queriam fazer, ou tinham as vossas dúvidas, mas como gostavam da área continuaram nela? Ando super confuso porque há muitas áreas que eu gosto, mas eu não me vejo a fazer nenhuma delas para o resto da vida, e depois vem o problema de não gerir tanto dinheiro e eu querer estabilidade financeira e depois também vem o facto de eu não querer ficar a viver em Portugal para sempre... 😵‍💫
Eu estou igual... vou tentar ver se posso fazer um estágio de verão com um professor lá na universidade que é da área de astronomia ( o meu professor conhece então vai "ligar-nos" ) e em principio não há problema, ele já fez antes portanto ya. Ia ser bom 1 mês a ver como é a área para ajudar na minha decisão, mas sim, ainda não faço ideia do que quero fazer, e já estou no 3º ano. É normal. E caso escolhemos errado a área, não é o fim do mundo, sempre podemos voltar atrás, isto não é como viajar no tempo, tudo é possível.
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Ei. Que é isso a roubar a filosofia das não-pessoas?!
É como diz o ditado, quem não tem peixe, caça com águia. Ou algo do género, idk, não sou biólogo.
 
Eu estou igual... vou tentar ver se posso fazer um estágio de verão com um professor lá na universidade que é da área de astronomia ( o meu professor conhece então vai "ligar-nos" ) e em principio não há problema, ele já fez antes portanto ya. Ia ser bom 1 mês a ver como é a área para ajudar na minha decisão, mas sim, ainda não faço ideia do que quero fazer, e já estou no 3º ano. É normal. E caso escolhemos errado a área, não é o fim do mundo, sempre podemos voltar atrás, isto não é como viajar no tempo, tudo é possível.
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Tens razão, eu acho que também às vezes iludo-me um pouco porque desde o secundário que valorizavam imenso esta ideia de que tu tens que escolher uma carreira desde puto, porque sim, convenhamos, com 17/18 anos ainda somos putos. Se fosse eu a falar comigo mesmo ficaria irritado comigo, mas agora sei que, em poucos anos, muita coisa mudou 😂
 
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Tens razão, eu acho que também às vezes iludo-me um pouco porque desde o secundário que valorizavam imenso esta ideia de que tu tens que escolher uma carreira desde puto, porque sim, convenhamos, com 17/18 anos ainda somos putos. Se fosse eu a falar comigo mesmo ficaria irritado comigo, mas agora sei que, em poucos anos, muita coisa mudou 😂
Eu não acho que necessariamente impinjam que tenhamos de ter a escolha feita logo desde muito cedo, mas acredito que há um factor sócio-económico por detrás dessa preocupação: muitos alunos estão dependentes do financiamento do Estado para estudarem (por mim própria posso falar, até) e as mudanças de curso conjugadas com bolsa não são ilimitadas, infelizmente, então muitos estudantes estão limitados nas escolhas que podem fazer porque existe um factor financeiro bastante relevante. Podem dizer que melhorou quando as propinas baixaram de valor e as bolsas subiram o tecto de alunos a abranger? Sim, sem dúvida, mas enquanto existirem propinas, terás sempre estudantes muito pressionados para escolherem algo e ficarem por ali.

Há uns tempos, quando estive na Dinamarca, a minha orientadora comentou comigo sobre se eu não teria interesse em ter estudado um outro mestrado, porque os conhecimentos desse mestrado até estão bem próximos dos meus interesses (Teoria da Literatura) e eu respondi que estava satisfeita com a minha escolha e a conversa depois tomou outro rumo, em que ela contou que na época dela, ela fez uma espécie de "tronco comum" dos dois cursos e depois só na altura da dissertação é que tinha de escolher o ramo - ela acabou por escolher Estudos de Teatro, mas comentou sobre como na altura teve pesadelos em que o actual director da FLUL (que era coordenador do mestrado em Teoria da Literatura) lhe aparecia nos sonhos a reclamar dela ter feito essa escolha e que hoje ela até teria optado por aquilo que não escolheu. Apesar de estar satisfeita com o meu curso, sem dúvida que se tivesse dinheiro estudaria ambas as áreas, mas nem mudar de curso posso porque já estou no limite da bolsa e ela é absolutamente essencial para eu estudar - e sinto que muitos estudantes partem de um background muito semelhante, há constrangimentos económicos.

Claro que 17-18 anos é uma idade muito jovem, embora seja também uma idade em que tenhamos de começar a assumir responsabilidades e agir com precaução. Acho que o assumir responsabilidades leva-nos a, inicialmente, querermos ser vistos como pessoas adultas, mas conforme o tempo vai passando, embora continuemos a assumir responsabilidades, ganhamos a tendência de considerarmo-nos jovens, porque efectivamente somos. Assusta-me ter mensagens de dúvidas de pessoas que me tratam por "você"... tenho 23 anos, não 60 👵
 
Eu não acho que necessariamente impinjam que tenhamos de ter a escolha feita logo desde muito cedo, mas acredito que há um factor sócio-económico por detrás dessa preocupação: muitos alunos estão dependentes do financiamento do Estado para estudarem (por mim própria posso falar, até) e as mudanças de curso conjugadas com bolsa não são ilimitadas, infelizmente, então muitos estudantes estão limitados nas escolhas que podem fazer porque existe um factor financeiro bastante relevante. Podem dizer que melhorou quando as propinas baixaram de valor e as bolsas subiram o tecto de alunos a abranger? Sim, sem dúvida, mas enquanto existirem propinas, terás sempre estudantes muito pressionados para escolherem algo e ficarem por ali.

Há uns tempos, quando estive na Dinamarca, a minha orientadora comentou comigo sobre se eu não teria interesse em ter estudado um outro mestrado, porque os conhecimentos desse mestrado até estão bem próximos dos meus interesses (Teoria da Literatura) e eu respondi que estava satisfeita com a minha escolha e a conversa depois tomou outro rumo, em que ela contou que na época dela, ela fez uma espécie de "tronco comum" dos dois cursos e depois só na altura da dissertação é que tinha de escolher o ramo - ela acabou por escolher Estudos de Teatro, mas comentou sobre como na altura teve pesadelos em que o actual director da FLUL (que era coordenador do mestrado em Teoria da Literatura) lhe aparecia nos sonhos a reclamar dela ter feito essa escolha e que hoje ela até teria optado por aquilo que não escolheu. Apesar de estar satisfeita com o meu curso, sem dúvida que se tivesse dinheiro estudaria ambas as áreas, mas nem mudar de curso posso porque já estou no limite da bolsa e ela é absolutamente essencial para eu estudar - e sinto que muitos estudantes partem de um background muito semelhante, há constrangimentos económicos.

Claro que 17-18 anos é uma idade muito jovem, embora seja também uma idade em que tenhamos de começar a assumir responsabilidades e agir com precaução. Acho que o assumir responsabilidades leva-nos a, inicialmente, querermos ser vistos como pessoas adultas, mas conforme o tempo vai passando, embora continuemos a assumir responsabilidades, ganhamos a tendência de considerarmo-nos jovens, porque efectivamente somos. Assusta-me ter mensagens de dúvidas de pessoas que me tratam por "você"... tenho 23 anos, não 60 👵
Queria ter essa paz de satisfação de decisões, mesmo que levem a bons resultados, fico sempre na dúvida se "fiz a escolha certa" é irritante.

Exato, faz sentido. Tenho dificuldade em admitir isso, mas para além de jovem, também não estava muito preparado para responsabilidades algumas, e assim que tinha que "de repente" decidir uma multitude de coisas, congelei. Sofro muito de "decision paralysis" ponho-me a pensar e a ruminar e acabo por ficar preso. 😅
 
Queria ter essa paz de satisfação de decisões, mesmo que levem a bons resultados, fico sempre na dúvida se "fiz a escolha certa" é irritante.

Exato, faz sentido. Tenho dificuldade em admitir isso, mas para além de jovem, também não estava muito preparado para responsabilidades algumas, e assim que tinha que "de repente" decidir uma multitude de coisas, congelei. Sofro muito de "decision paralysis" ponho-me a pensar e a ruminar e acabo por ficar preso. 😅
A escolha certa és sempre tu que determinas, acho que não há objectivamente *a* escolha, és sempre tu que avalias isso consoante a satisfação que retiras.

Pode ser muito difícil confrontarmo-nos com múltiplas escolhas, mas é importante percebermos o que nos leva a escolher x e não y e tentar ter algum "commitment" com as nossas escolhas se queremos retirar dali algum resultado. Esse esforço de persistência é, como digo, um esforço e pode ajudar pensar precisamente o que nos motiva e razões que justificam a nossa escolha, reconhecendo que poderiam ter sido feitas outras escolhas. Pessoalmente, eu lido com esses dilemas com ajuda profissional e acho que fez bastante diferença no meu modo de estar.
 
Assusta-me ter mensagens de dúvidas de pessoas que me tratam por "você"... tenho 23 anos, não 60 👵

Ainda dá um pequeno nervoso ter pessoas com idade para serem meus avós tratarem-me por "senhor doutor"
 
A escolha certa és sempre tu que determinas, acho que não há objectivamente *a* escolha, és sempre tu que avalias isso consoante a satisfação que retiras.

Pode ser muito difícil confrontarmo-nos com múltiplas escolhas, mas é importante percebermos o que nos leva a escolher x e não y e tentar ter algum "commitment" com as nossas escolhas se queremos retirar dali algum resultado. Esse esforço de persistência é, como digo, um esforço e pode ajudar pensar precisamente o que nos motiva e razões que justificam a nossa escolha, reconhecendo que poderiam ter sido feitas outras escolhas. Pessoalmente, eu lido com esses dilemas com ajuda profissional e acho que fez bastante diferença no meu modo de estar.
Pois, é algo que tenho aprendido com ajuda profissional também! Vá, também só comecei há pouco tempo, apesar de estar a investigar bastante, ainda me sinto congelado. Sem querer estar aqui a dar overshare, mas acho que a falta de uma safety net é mesmo o que me leva a uma indecisão exacerbada quanto a tudo. Até sei o que quero fazer, mas depois fico preso naquela ideia de "E se eu falhar? Depois o que é que faço?" e essa parte do "falhar" deixa de se tornar uma opção. Ou é sucesso, ou é nada, e a inação é muito mais fácil do que o falhanço digamos assim.
 
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Assusta-me ter mensagens de dúvidas de pessoas que me tratam por "você"... tenho 23 anos, não 60 👵
Para mim, o limiar da vergonha foi transposto no momento em que as velhinhas nos transportes públicos me passaram a tratar por você. 😑
 
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Pois, é algo que tenho aprendido com ajuda profissional também! Vá, também só comecei há pouco tempo, apesar de estar a investigar bastante, ainda me sinto congelado. Sem querer estar aqui a dar overshare, mas acho que a falta de uma safety net é mesmo o que me leva a uma indecisão exacerbada quanto a tudo. Até sei o que quero fazer, mas depois fico preso naquela ideia de "E se eu falhar? Depois o que é que faço?" e essa parte do "falhar" deixa de se tornar uma opção. Ou é sucesso, ou é nada, e a inação é muito mais fácil do que o falhanço digamos assim.
Ye, I get it! A psicóloga que me acompanha uma vez disse-me "antes feito que perfeito" porque estava a preocupar-me demasiado com algo menos relevante e que era melhor focar-me em executar do que no resultado final. Às vezes precisamos dar oportunidade de falhar a nós próprios ou de fazer menos bem, sem que isso coloque em causa todo o nosso valor. No meu caso, ter apoio ajudou-me a perspectivar mais as coisas como um todo e não cada micro-coisa em que tudo tinha demasiado peso para o meu sentimento de bem-estar. Coisas simples como faltar a uma aula deixavam-me exausta e a sentir-me culpada e quando mudei um pouco, os meus resultados até foram melhores do que antes, mesmo tendo precisamente dado oportunidades a mim mesma de falhar. É sempre um processo demorado, mas quando vemos resultados ficamos muito contentes porque não é nada fácil sentar num consultório e falar dos nossos problemas, especialmente quando somos perfeccionistas e colocamos importância na forma como somos vistos - mas é um desafio para um dia de cada vez :')
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Para mim, o limiar da vergonha foi transposto no momento em que as velhinhas nos transportes públicos me passaram a tratar por você. 😑
Sim. Há umas semanas, saí em Grândola para ir para casa de família e estava a chover imenso, então fui abrigada, de caminho, na casa de uma vizinha que me viu a fugir da chuva torrencial e demorou minutos a chamar-me porque teve de se esforçar para acertar no meu nome. Estou sentadinha a ver a cadela da velhota, quando ela começa a conversar comigo e a tratar-me por você, uma parte de mim morreu e senti que o role-play era de colega da escola dela :'(
 
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