Direito - Caloiros 2019/2020

   
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Ora bem.. li tudo o que estava anteriormente e gostava de tecer aqui algumas considerações (não querendo suscitar amarguras em ninguém, mas com todo o realismo possível).

Em primeiro lugar, nenhum curso superior é conhecido sido concluído, maioritariamente, por pessoas com notas altas. Elas são sempre uma minoria; e se se estiver atento, notar-se-á que grande parte dos alunos não aspira a concluir o curso com notas muito elevadas. Isto não torna, no entanto (de todo), ilegítimo desejar tê-las, e isso é possível. Mas é necessário que se seja sensato, e se deixe a ingenuidade de parte.

Seguidamente, aqui falamos do curso de Direito. A @Blasty e a @Ariana_ , não sendo alunas do curso, não estiveram longe de captar a sua realidade, e o que disseram está certo: é um curso teórico (que envolve milhares de livros gigantes e pesados e, portanto, imensa matéria) e que exige muito estudo diário; sendo que se pode chegar ao momento de avaliação e não se ter aquilo que se desejou (ou pelo menos, sentir que se ficou aquém do que se podia ter ido.

Ora, isto é algo que os caloiros sentem de forma muito mais intensa. Muitos vêem com notas muito boas do secundário, e não se acostumaram à nova escala em que 18s são muito raros, 20s e 19s não existem e (em algumas cadeiras) um 13 é já uma grande conquista. Está adaptação não é fácil, mas é necessária; de modo a que as expectativas (todas elas) estejam assentes na base daquilo que é possível fazer.

Quem anda há uma década nisto, como a maioria de nós aqui no Uni, já sabe que há uma espécie de “leis de Newton” que se aplicam a todos os estudantes. Uma delas é “quanto mais trabalho, mais hipótese de sucesso”. Destarte, mesmo que as notas na faculdade sejam mais baixas, nada impede alguém de se vir a destacar; se fizer o que implica esse destaque. No entanto, um aluno destacado na faculdade não é, em termos de notas, o mesmo que um aluno destacado no secundário. Regressando à licenciatura em Direito, diria que um aluno que se licencie com 14 revela uma boa performance académica. Não é um aluno mediano, nem suficiente.. é um bom aluno!

“Ah, mas eu sei que há quem tire muito mais que isso..”. Muito bem, é verdade. Mas esses são, em todos os casos, alunos excecionais. Em cada dez alunos (ou anda mais), não se vai encontrar um que tenha resultados desses; e que se podem dever a uma grande multiplicidade de fatores. “Mas se há, não posso eu ser como eles?” Logo se vê. Porque esse casos são tão excecionais, que não dá para prever se se chegará lá. Isso depende de muitos fatores.

É isto leva-me a outro ponto, de que vos queria aqui falar (e pegando, também, em algo que atrás se discutia): não é que não nos devamos indignar com a injustiça (porque devemos), mas a faculdade não é o sítio mais justo do Mundo. Sim, há professores/as bons, e maus. E há, por vezes, notas que nos custam muito a engolir. O impacto negativo da injustiça pode puxar para baixo a nossa média final; podendo gorar os objetivos de quem ambicionasse a uma média mais extravagante. Há professores que não dão mais do que eles mesmos receberam; outros há, como há pouco se viu, que não dão acima de x. Mas isso não tem nada que frustrar ninguém, porque em nada impede que se tenha mérito na mesma.

Imaginemos, pois, um professor que só dá até 14. Um aluno que tenha esses 14, ou mesmo 13, é um aluno brutalmente meritório nessa cadeira 😂Tem mesmo que se sair da escala do secundário, em que dá para chegar ao 20, e se tem o 20 como referência. Na faculdade de Direito, nunca há 20, e os 19 só aparecem de década a década (e são, quase sempre, caso isolado enquanto nota final de cadeira).

Sintetizando, não é impossível tirar notas brilhantes. Mas é muito difícil, e a hipótese de fracasso de objetivo é maior, sim. Notas dessas (17 e 18) implicam perder tempo de férias (normalmente, só se conseguem em melhoria), é muito estudo quotidiano durante o ano; assim como ir além do que é obrigatório e ter soft skills como sentido crítico, capacidade de relacionamento, etc. Não basta chapar o que está no manual. Colocar a fasquia alta também faz com que haja mais risco. Alguém que queira fazer isso tem que gerir muito bem as suas expectativas, porque a hipótese de falhar é grande.

Por fim, o que é que eu recomendaria a um caloiro? Opá, aproveitem. É uma fase tão boa, cheia de coisas novas e interessantes. Conheçam pessoas, criem amizades, ajudem-se uns aos outros... Não se andem a matar logo a estudar tendo em vista notas astronómicas (porque a vida é muito mais que isso). Dediquem-se, façam o vosso primeiro semestre e vejam os resultados.. e depois moldem os vossos objetivos em torno deles. E lembrem-se: um 12 como primeira nota não é nada mau. Se chumbarem, não há problema nenhum. Ninguém é inferior ou menos inteligente por isso. Se tiverem notas mais altas, que bom!

Agora, não se esgotem, não renunciem a tudo mais por notas.. livrem-se de tocar em livros de Direito nos verões. É lembrem-se que quem vos empregar também sabe que vocês também são mais que um mero número final de curso..
 
Quem anda há uma década nisto, como a maioria de nós aqui no Uni, já sabe que há uma espécie de “leis de Newton” que se aplicam a todos os estudantes. Uma delas é “quanto mais trabalho, mais hipótese de sucesso”. Destarte, mesmo que as notas na faculdade sejam mais baixas, nada impede alguém de se vir a destacar; se fizer o que implica esse destaque. No entanto, um aluno destacado na faculdade não é, em termos de notas, o mesmo que um aluno destacado no secundário. Regressando à licenciatura em Direito, diria que um aluno que se licencie com 14 revela uma boa performance académica. Não é um aluno mediano, nem suficiente.. é um bom aluno!
Só acrescentaria mais um dado no seguimento da minha experiência de vida: não são os alunos que acabam com melhores médias de curso superior aqueles que necessariamente vão ter um melhor sucesso profissional. O mundo cá fora quer saber mais do que as vossas notas.
 
Só acrescentaria mais um dado no seguimento da minha experiência de vida: não são os alunos que acabam com melhores médias de curso superior aqueles que necessariamente vão ter um melhor sucesso profissional. O mundo cá fora quer saber mais do que as vossas notas.
Muito bem reparado.
 
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Vocês sabem se as universidades públicas pedem uma ficha enes (original) ou pode ser fotocópia. Eu candidatei-me a uma privada e ficaram com a única original que eu tinha.
Terei de pedir outra para o público ou bastam as fotocópias que tirei?
Se pedir outra o código de candidatura para acesso online altera-se?
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Ora bem.. li tudo o que estava anteriormente e gostava de tecer aqui algumas considerações (não querendo suscitar amarguras em ninguém, mas com todo o realismo possível).

Em primeiro lugar, nenhum curso superior é conhecido sido concluído, maioritariamente, por pessoas com notas altas. Elas são sempre uma minoria; e se se estiver atento, notar-se-á que grande parte dos alunos não aspira a concluir o curso com notas muito elevadas. Isto não torna, no entanto (de todo), ilegítimo desejar tê-las, e isso é possível. Mas é necessário que se seja sensato, e se deixe a ingenuidade de parte.

Seguidamente, aqui falamos do curso de Direito. A @Blasty e a @Ariana_ , não sendo alunas do curso, não estiveram longe de captar a sua realidade, e o que disseram está certo: é um curso teórico (que envolve milhares de livros gigantes e pesados e, portanto, imensa matéria) e que exige muito estudo diário; sendo que se pode chegar ao momento de avaliação e não se ter aquilo que se desejou (ou pelo menos, sentir que se ficou aquém do que se podia ter ido.

Ora, isto é algo que os caloiros sentem de forma muito mais intensa. Muitos vêem com notas muito boas do secundário, e não se acostumaram à nova escala em que 18s são muito raros, 20s e 19s não existem e (em algumas cadeiras) um 13 é já uma grande conquista. Está adaptação não é fácil, mas é necessária; de modo a que as expectativas (todas elas) estejam assentes na base daquilo que é possível fazer.

Quem anda há uma década nisto, como a maioria de nós aqui no Uni, já sabe que há uma espécie de “leis de Newton” que se aplicam a todos os estudantes. Uma delas é “quanto mais trabalho, mais hipótese de sucesso”. Destarte, mesmo que as notas na faculdade sejam mais baixas, nada impede alguém de se vir a destacar; se fizer o que implica esse destaque. No entanto, um aluno destacado na faculdade não é, em termos de notas, o mesmo que um aluno destacado no secundário. Regressando à licenciatura em Direito, diria que um aluno que se licencie com 14 revela uma boa performance académica. Não é um aluno mediano, nem suficiente.. é um bom aluno!

“Ah, mas eu sei que há quem tire muito mais que isso..”. Muito bem, é verdade. Mas esses são, em todos os casos, alunos excecionais. Em cada dez alunos (ou anda mais), não se vai encontrar um que tenha resultados desses; e que se podem dever a uma grande multiplicidade de fatores. “Mas se há, não posso eu ser como eles?” Logo se vê. Porque esse casos são tão excecionais, que não dá para prever se se chegará lá. Isso depende de muitos fatores.

É isto leva-me a outro ponto, de que vos queria aqui falar (e pegando, também, em algo que atrás se discutia): não é que não nos devamos indignar com a injustiça (porque devemos), mas a faculdade não é o sítio mais justo do Mundo. Sim, há professores/as bons, e maus. E há, por vezes, notas que nos custam muito a engolir. O impacto negativo da injustiça pode puxar para baixo a nossa média final; podendo gorar os objetivos de quem ambicionasse a uma média mais extravagante. Há professores que não dão mais do que eles mesmos receberam; outros há, como há pouco se viu, que não dão acima de x. Mas isso não tem nada que frustrar ninguém, porque em nada impede que se tenha mérito na mesma.

Imaginemos, pois, um professor que só dá até 14. Um aluno que tenha esses 14, ou mesmo 13, é um aluno brutalmente meritório nessa cadeira 😂Tem mesmo que se sair da escala do secundário, em que dá para chegar ao 20, e se tem o 20 como referência. Na faculdade de Direito, nunca há 20, e os 19 só aparecem de década a década (e são, quase sempre, caso isolado enquanto nota final de cadeira).

Sintetizando, não é impossível tirar notas brilhantes. Mas é muito difícil, e a hipótese de fracasso de objetivo é maior, sim. Notas dessas (17 e 18) implicam perder tempo de férias (normalmente, só se conseguem em melhoria), é muito estudo quotidiano durante o ano; assim como ir além do que é obrigatório e ter soft skills como sentido crítico, capacidade de relacionamento, etc. Não basta chapar o que está no manual. Colocar a fasquia alta também faz com que haja mais risco. Alguém que queira fazer isso tem que gerir muito bem as suas expectativas, porque a hipótese de falhar é grande.

Por fim, o que é que eu recomendaria a um caloiro? Opá, aproveitem. É uma fase tão boa, cheia de coisas novas e interessantes. Conheçam pessoas, criem amizades, ajudem-se uns aos outros... Não se andem a matar logo a estudar tendo em vista notas astronómicas (porque a vida é muito mais que isso). Dediquem-se, façam o vosso primeiro semestre e vejam os resultados.. e depois moldem os vossos objetivos em torno deles. E lembrem-se: um 12 como primeira nota não é nada mau. Se chumbarem, não há problema nenhum. Ninguém é inferior ou menos inteligente por isso. Se tiverem notas mais altas, que bom!

Agora, não se esgotem, não renunciem a tudo mais por notas.. livrem-se de tocar em livros de Direito nos verões. É lembrem-se que quem vos empregar também sabe que vocês também são mais que um mero número final de curso..
Acho que o que eu disse foi bastante exagerado por quem me respondeu.
Nunca previ nada relativamente à minha performance. Falei apenas do ponto de vista de alguém que quer ter sucesso no que gosta. Acho que qualquer pessoa pode ser algum sucesso se tiver a mínima capacidade de adaptação e esforço e nunca disse que ter sucesso era tirar x valores. Apenas acho que apesar do nível de dificuldade não se deve tratar nada como um bicho de sete cabeças e todos os alunos que concluíram o curso com sucesso partilham a mesma mentalidade.
 
Última edição:
Olá! Gostaria imenso de entrar na FDUC, tentei o ano passado mas a minha média não era alta o suficiente e, consequentemente, não entrei. Contudo, esse ano repeti os exames e aumentei a minha média para 154, só que continuo abaixo da média do último colocado do ano passado, que foi de 156...
Será que me preparo para voltar a não entrar ou existe uma mínima chance de conseguir?
 
Olá! Gostaria imenso de entrar na FDUC, tentei o ano passado mas a minha média não era alta o suficiente e, consequentemente, não entrei. Contudo, esse ano repeti os exames e aumentei a minha média para 154, só que continuo abaixo da média do último colocado do ano passado, que foi de 156...
Será que me preparo para voltar a não entrar ou existe uma mínima chance de conseguir?
Olá @Bmfs
De facto, tudo pode acontecer, mas convém estar preparado para os dois cenários. Estive na mesma situação que tu, no ano passado, e este ano voltei a repetir o exame de português e, felizmente, consegui subir a nota de candidatura. Se tivesses frequentado o ensino superior durante este ano letivo, terias a hipótese de te candidatares via transferência de curso, para além de poder concorrer através do concurso nacional de acesso ao ensino superior (são concursos independentes e nada interferem um com o outro, para além de teres mais possibilidades de entrar).

Para além da FDUC não há outra faculdade que possas colocar como opção? Ou estarias disposto/a (?) a frequentar um outro curso e pedir transferência? Terás que equacionar todas estas possibilidades e praparar-te para a eventualidade de não entrar. No ano passado, um grande erro meu foi ter demasiada confiança e julgar que teria a entrada assegurada. Enganei-me redondamente e, por isso, aconselho-te vivamente a pensar que, efetivamente, tudo pode acontecer e tens que estar preparado/a, senão o choque é ainda maior.
Desejo-te muitas felicidades 😊 Se tiveres alguma dúvida ou desabafo a fazer, não hesites!
 
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Vocês sabem se as universidades públicas pedem uma ficha enes (original) ou pode ser fotocópia. Eu candidatei-me a uma privada e ficaram com a única original que eu tinha.
Terei de pedir outra para o público ou bastam as fotocópias que tirei?
Se pedir outra o código de candidatura para acesso online altera-se?
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Acho que o que eu disse foi bastante exagerado por quem me respondeu.
Nunca previ nada relativamente à minha performance. Falei apenas do ponto de vista de alguém que quer ter sucesso no que gosta. Acho que qualquer pessoa pode ser algum sucesso se tiver a mínima capacidade de adaptação e esforço e nunca disse que ter sucesso era tirar x valores. Apenas acho que apesar do nível de dificuldade não se deve tratar nada como um bicho de sete cabeças e todos os alunos que concluíram o curso com sucesso partilham a mesma mentalidade.
Sim, mas se fores a acreditar que sucesso é ter média de 18, a faculdade vai ser (para ti) um inferno. Como disse, pode ser se muito bem sucedido não colocando a mira em notas que só existem em casos isolados (quando se fala de média).
 
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Olá @Bmfs
De facto, tudo pode acontecer, mas convém estar preparado para os dois cenários. Estive na mesma situação que tu, no ano passado, e este ano voltei a repetir o exame de português e, felizmente, consegui subir a nota de candidatura. Se tivesses frequentado o ensino superior durante este ano letivo, terias a hipótese de te candidatares via transferência de curso, para além de poder concorrer através do concurso nacional de acesso ao ensino superior (são concursos independentes e nada interferem um com o outro, para além de teres mais possibilidades de entrar).

Para além da FDUC não há outra faculdade que possas colocar como opção? Ou estarias disposto/a (?) a frequentar um outro curso e pedir transferência? Terás que equacionar todas estas possibilidades e praparar-te para a eventualidade de não entrar. No ano passado, um grande erro meu foi ter demasiada confiança e julgar que teria a entrada assegurada. Enganei-me redondamente e, por isso, aconselho-te vivamente a pensar que, efetivamente, tudo pode acontecer e tens que estar preparado/a, senão o choque é ainda maior.
Desejo-te muitas felicidades 😊 Se tiveres alguma dúvida ou desabafo a fazer, não hesites!

Olá @Ana Catarina Bandeira!
Antes de mais, agradeço a tua disponibilidade e atenciosidade!
Também tenho em mente a FDUL, mas a história repete-se, o último colocado tem mais duas décimas do que eu...Por isso, não sei mesmo para onde me virar, sendo Direito o meu curso de sonho.
Se acabar por não entrar (o que será o mais certo) vou optar por ingressar numa privada, com muita pena minha. Porém, ouvi dizer que posso, após o primeiro ano, pedir transferência para uma pública. Pelo que já vi, as cadeiras variam bastante de universidade para universidade, será que se fizesse o primeiro ano numa privada e depois pedisse transferência para uma pública haveria uma equivalência ou teria de fazer o primeiro ano novamente?
 
Olá @Ana Catarina Bandeira!
Antes de mais, agradeço a tua disponibilidade e atenciosidade!
Também tenho em mente a FDUL, mas a história repete-se, o último colocado tem mais duas décimas do que eu...Por isso, não sei mesmo para onde me virar, sendo Direito o meu curso de sonho.
Se acabar por não entrar (o que será o mais certo) vou optar por ingressar numa privada, com muita pena minha. Porém, ouvi dizer que posso, após o primeiro ano, pedir transferência para uma pública. Pelo que já vi, as cadeiras variam bastante de universidade para universidade, será que se fizesse o primeiro ano numa privada e depois pedisse transferência para uma pública haveria uma equivalência ou teria de fazer o primeiro ano novamente?
Exato, podes pedir transferência, no fim do primeiro ano. Quanto às equivalências não estou tão a par, mas creio que se houver cadeiras semelhantes, que abordem praticamente as mesmas matérias, poderás pedir equivalência. Não sei qual é a privada que tens em mente, mas procura perceber se as matérias que abordam são muito diferentes. O ideal seria frequentares um curso de direito que tivesse o máximo de cadeiras parecidas com as da FDUC. Caso as cadeiras sejam muito diferentes, então, sim, é como se tivesses que fazer o primeiro ano de novo.
Para além disso, não sei se já viste o documento com os requisitos para a mudança de curso, mas podes vê-lo e assim já ficas com uma ideia daquilo que exigem.
 
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Reactions: Bmfs
Sim, mas se fores a acreditar que sucesso é ter média de 18, a faculdade vai ser (para ti) um inferno. Como disse, pode ser se muito bem sucedido não colocando a mira em notas que só existem em casos isolados (quando se fala de média).
“nunca disse que ter sucesso era tirar x valores” Eu literalmente não defini sucesso num número. Acho que toda a gente fez isso por mim. 🤷🏻‍♀️
 
A noite a entrar e ainda estão nisso, vão mas é ver um filme, comer umas pipocas, relaxar, curtir a vida, não pensar na faculdade que agora estamos de férias...
 
A noite a entrar e ainda estão nisso, vão mas é ver um filme, comer umas pipocas, relaxar, curtir a vida, não pensar na faculdade que agora estamos de férias...
Sim aproveitem as férias. Eu vou ainda fazer 1 última frequência. Vou ver o Rei Leão quando acabar para mudar a mentalidade para Hakuna Matata durante o mês de Agosto.
 
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Olá, pretendo seguir Direito este ano no entanto, não tenho média para as universidades que quero entrar (FDUP ou UMINHO) aconselham entrar numa privado no porto (Lusofona /lusiada) ou tentar noutras públicas?
Olá, Bárbara!
Não sei se ainda vou a tempo de te responder a esta mensagem, mas como tive uma experiência parecida achei que podias gostar de ouvir o meu testemunho.
Também sou do Minho (whoooop!) e estou agora na Universidade de Coimbra. Não sem antes passar por uma privada. Como na altura da minha candidatura não tinha o exame de Filosofia feito, não tinha outra opção senão candidatar-me à UM, FDUP, ou uma universidade privada. Tentei as públicas, naturalmente, mas não consegui entrar. Então ingressei na ULP (Lusófona do Porto). No final do ano tomei a decisão de me transferir para a UC e como a ULP se regia pelo método da UC, acabei por conseguir equivalência a 70% das cadeiras. Agora na FDUC, sei que fiz bem em mudar. Sem desacreditar a ULP, que eu ainda assim acredito ser uma boa escola, sinto que o caminho que estou a percorrer com a UC me vai deixar muito mais preparada para o futuro que me espera. Diria que o nível de exigência é o maior fator que separa as duas.
Dito isto, na minha humilde opinião, considera primeiro as universidades públicas (ou a Católica, se puderes). E, vendo-te sem outra saída, se estiveres mesmo certa que este é o ramo que queres seguir, lança-te e mete-te numa privada. Mesmo que queiras mudar tens sempre essa opção. Aliás, se fores como eu e detestares perder tempo, ao menos não ficas um ano parada :)
Depois posso aprofundar mais as razões pelas quais decidi mudar e as maiores diferenças entre as duas unis se quiseres. Mas pronto, assim fica aqui um resumo.
Espero que tenha ajudado!! Beijinhos
 
Olá, Bárbara!
Não sei se ainda vou a tempo de te responder a esta mensagem, mas como tive uma experiência parecida achei que podias gostar de ouvir o meu testemunho.
Também sou do Minho (whoooop!) e estou agora na Universidade de Coimbra. Não sem antes passar por uma privada. Como na altura da minha candidatura não tinha o exame de Filosofia feito, não tinha outra opção senão candidatar-me à UM, FDUP, ou uma universidade privada. Tentei as públicas, naturalmente, mas não consegui entrar. Então ingressei na ULP (Lusófona do Porto). No final do ano tomei a decisão de me transferir para a UC e como a ULP se regia pelo método da UC, acabei por conseguir equivalência a 70% das cadeiras. Agora na FDUC, sei que fiz bem em mudar. Sem desacreditar a ULP, que eu ainda assim acredito ser uma boa escola, sinto que o caminho que estou a percorrer com a UC me vai deixar muito mais preparada para o futuro que me espera. Diria que o nível de exigência é o maior fator que separa as duas.
Dito isto, na minha humilde opinião, considera primeiro as universidades públicas (ou a Católica, se puderes). E, vendo-te sem outra saída, se estiveres mesmo certa que este é o ramo que queres seguir, lança-te e mete-te numa privada. Mesmo que queiras mudar tens sempre essa opção. Aliás, se fores como eu e detestares perder tempo, ao menos não ficas um ano parada :)
Depois posso aprofundar mais as razões pelas quais decidi mudar e as maiores diferenças entre as duas unis se quiseres. Mas pronto, assim fica aqui um resumo.
Espero que tenha ajudado!! Beijinhos
Olá! O que tiveste de fazer ou que metas tiveste de atingir para ter condições de pedir transferência de uma privada do Porto para a pública de Coimbra? Estou exatamente na mesma situação e agradeço pela ajuda :)
 
Olá, Bárbara!
Não sei se ainda vou a tempo de te responder a esta mensagem, mas como tive uma experiência parecida achei que podias gostar de ouvir o meu testemunho.
Também sou do Minho (whoooop!) e estou agora na Universidade de Coimbra. Não sem antes passar por uma privada. Como na altura da minha candidatura não tinha o exame de Filosofia feito, não tinha outra opção senão candidatar-me à UM, FDUP, ou uma universidade privada. Tentei as públicas, naturalmente, mas não consegui entrar. Então ingressei na ULP (Lusófona do Porto). No final do ano tomei a decisão de me transferir para a UC e como a ULP se regia pelo método da UC, acabei por conseguir equivalência a 70% das cadeiras. Agora na FDUC, sei que fiz bem em mudar. Sem desacreditar a ULP, que eu ainda assim acredito ser uma boa escola, sinto que o caminho que estou a percorrer com a UC me vai deixar muito mais preparada para o futuro que me espera. Diria que o nível de exigência é o maior fator que separa as duas.
Dito isto, na minha humilde opinião, considera primeiro as universidades públicas (ou a Católica, se puderes). E, vendo-te sem outra saída, se estiveres mesmo certa que este é o ramo que queres seguir, lança-te e mete-te numa privada. Mesmo que queiras mudar tens sempre essa opção. Aliás, se fores como eu e detestares perder tempo, ao menos não ficas um ano parada :)
Depois posso aprofundar mais as razões pelas quais decidi mudar e as maiores diferenças entre as duas unis se quiseres. Mas pronto, assim fica aqui um resumo.
Espero que tenha ajudado!! Beijinhos
Olá. Por não conseguir entrar na pública, candidatei-me a uma privada e a verdade é que tenho muitas dúvidas do que fazer futuramente. Visto que já tiveste numa das situações, gostaria que me dissesses qual das seguintes será a melhor escolha:
- pedir transferência ao fim do primeiro ano
- fazer lá a licenciatura e tirar mestrado numa instituição pública com mais prestígio
Muito obrigada!
 
Estou a pensar candidatar-me para Direito na FDUC e na FDUL, sendo que preferia entrar em Coimbra. Mais algum possível caloiro para Coimbra por aqui?
Eu! Espero que sejamos colegas 😊
 
Olá! O que tiveste de fazer ou que metas tiveste de atingir para ter condições de pedir transferência de uma privada do Porto para a pública de Coimbra? Estou exatamente na mesma situação e agradeço pela ajuda :)
Para começar podes sempre consultar o regulamento de transferência de cada instituição, que ajuda imenso e normalmente tem tudo o que precisas de saber. Eu vou dizer-te como fiz da Lusófona para a UC e creio que as restantes não se devam desviar muito do mesmo modelo :)
  1. Ter os exames nacionais exigidos pelo curso naquela instituição feitos. Desde o ano passado (relativamente à UC), já só precisas de Português OU Filosofia OU História. Se tiveres um destes feito, estás safo. Ainda relativamente a este ponto, precisas da tua ficha ENES;
  2. Pedir na tua instituição de origem a carga horária e programa das unidades curriculares. Estes documentos servem para creditação e foram os mais caros. No meu caso, paguei cerca de 180€ (18€ por unidade curricular), portanto podes preparar-te para essa despesa;
  3. Redigir uma carta de motivação;
  4. Pedir uma certificação de aprovação nas unidades curriculares na tua instituição de origem. Este já não me lembro do preço, mas também ficou caro;
  5. Pedir um documento comprovativo de não prescrição na tua instituição de origem;
  6. Pedir um documento comprovativo de que estive ou estás inscrito numa instituição de ensino superior e que não terminaste o curso na tua instituição de origem.
Esta é a parte mais burocrática do processo em que te aconselho a ires já buscar os documentos que precisas, porque normalmente não são redigidos na hora e podem levar semanas a estarem prontos. Também te advirto que este processo não é barato, prepara-te para dizer adeus ao teu folar da Páscoa.

7. Registo no InforEstudante (plataforma eletrónica da UC), onde te registas na área de Novo Utilizador // Candidatura a Curso. Aqui, se bem me recordo, eles pedem uma auto-avaliação a nível linguístico (português e inglês) e te pedem mais alguns dados como a tua data de nascimento, etc etc;
8. Upload da "papelada" na plataforma;
9. Pagamento do emolumento (foram 50€ no ano passado);
10. You're done!! :D

Pronto, creio que seja a maior parte do processo. O resto é bastante fácil. Na plataforma do InforEstudante tratas de tudo o resto e tens a oportunidade de rever todos os teus passos. Ah, lembra-te de guardar os documentos todos porque tens de os entregar presencialmente uma vez que sejas aceite na Universidade *fingers crossed*
Em última nota, não stresses muito com os resultados. A via de transferência é muitas vezes esquecida ou até desconsiderada, pelo que estás a competir com um universo muito mais pequeno. No ano passado nem sequer foram preenchidas todas as vagas. Com uma média boa e três Avé-Maria's (brinco!!) consegues entrar com facilidade.
Espero que tenha sido útil.
Beijinhos e boa sorte! :D

P. S.: anexei o edital no ano passado para consultares se tiveres interesse, mas podes procurar no site de UC ou da FDUC pelo deste ano
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Olá. Por não conseguir entrar na pública, candidatei-me a uma privada e a verdade é que tenho muitas dúvidas do que fazer futuramente. Visto que já tiveste numa das situações, gostaria que me dissesses qual das seguintes será a melhor escolha:
- pedir transferência ao fim do primeiro ano
- fazer lá a licenciatura e tirar mestrado numa instituição pública com mais prestígio
Muito obrigada!
Olá, Beatriz!!
Como já te deves ter apercebido, privadas e públicas andam um bocado às turras. Vou tentar ser eloquente e objetiva, mas lembra-te que ultimamente a decisão é tua. Nunca deixes ninguém meter a mão no teu futuro.
Primeiro, começa por fazer as perguntas mais objetivas, mete os pontos nos i's. Gostas de morar nessa cidade? Consegues sustentar estudar numa universidade privada? Gostas do espírito académico da tua universidade? Consegues ver-te a estudar numa Escola com dezenas de milhares de alunos?
Estas são as primeiras e que, independentemente de tudo o resto, se devem pôr como prioridade para ti. O teu bem-estar em todos os níveis importa mais do que um canudo jeitoso, acredita. Eu, por exemplo, gostei de estudar no Porto mas detestei viver no Porto. Para mim, ficou ponto assente que o Porto é de passeio.
Com isto considerado, é a vez do derradeiro Públicas vs. Privadas.
As universidades privadas proporcionam um ambiente mais próximo entre professor e aluno porque as turmas são muito mais pequenas. Para além disto, o método de avaliação é muito mais acessível. Consegues notas mais altas e, na minha experiência, com menos esforço. O corpo estudantil das universidades privadas também é muito mais pequeno. De novo, tens uma relação muito mais próxima com os funcionários e restantes alunos. De notar também que, por serem mais novas, o método das privadas costuma ser mais inovador e mais "apetecível" para nós, mais prático que o das públicas. Sei que na Nova de Lisboa (uma pública e das universidades públicas mais novas) também é assim. Por último, há que ter em conta que muitas privadas têm acordos ou parcerias com entidades empregadoras, caso que não acontece com as universidades públicas. Pode acontecer de teres mais facilidade em arranjares estágios ou mesmo emprego, dependendo da tua uni e respetivas parcerias.
Nas universidades públicas, por serem mais antigas, há uma credibilidade que se tem consolidado ao longo dos anos. Isto na maior parte dos casos, porque a UM e a FDUP são mais novas do que a Católica do Porto, por exemplo. Podem ser até universidades com a sua própria doutrina. Isto quer dizer que as outras universidades SEGUEM o método e ensinamentos destas universidades. Acresce o facto de alguns dos teus professores na pública serem grandes personalidades, com muito relevo no mundo jurídico. Personalidades estas cujo mérito e método é reconhecido. É uma mais-valia e privilégio poder aprender com eles (não significa que os professores nas privadas não sejam bons - às vezes até são os mesmos). Outro factor a considerar é o nível de exigência. Posso dizer com muita segurança que nunca fiz nada tão difícil como o que estou a fazer na FDUC. É um nível de exigência muito elevado que não te poupa em nada. Tens de ter esforçar muito para o que tens. Ensina-te a valorizar o teu tempo, trabalho e resultados. Adquires uma grande capacidade de auto-disciplina e passas a ser exigente até contigo própria. Esta é sinceramente a maior diferença que senti da privada para a pública. As notas não te são dadas e o teu esforço nem sempre é recompensado com sucesso, mas aprendes muito rapidamente a lutar unha e dente pelo que queres. Outro aspeto a teres em conta é o nome da instituição pela qual te licencias, o tal "pedigree". Não devia fazer diferença, mas na realidade faz. Uma porção dos empregadores dá muito mais valor a um 12 choradinho conseguido numa universidade pública do que a um 14 confortável numa universidade privada. Não é regra, nem deve pesar muito na tua decisão (a tua alma mater não faz de ti boa profissional), mas deves ter isto em consideração - quer queiramos quer não, acontece. Por fim, o ambiente nas públicas é muito diferente. Por estares em contacto com muita mais gente, conheces gente de virtualmente todo o lado, interages com todo o tipo de pessoa.
Resume-se a isto. Toma tudo com uma "pedrinha de sal" porque isto não é representação fiel de todas as públicas e todas as privadas. Isto são os aspetos que eu considero mais importantes para fazeres a tua decisão. Como vês, ambas têm prós e contras.
Na minha mui-parcial opinião: perguntas-me qual seria a minha opção? Eu não mudaria. Se pudesse transferir-me para a pública de novo, era o que faria. O plano do mestrado também não me parece mau e sei de muita gente que opta por essa via. Mas lá está, a decisão será tua. Põe-te a ti primeiro.
Espero ter ajudado.
Beijinhos :)
 

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Estou a pensar candidatar-me para Direito na FDUC e na FDUL, sendo que preferia entrar em Coimbra. Mais algum possível caloiro para Coimbra por aqui?
Olá Camila! Não sou caloira, mas vou agora para o terceiro ano de Direito na Faculdade de Direito na Universidade de Coimbra! Espero que consigas entrar! Se tiveres alguma dúvida não hesites e envia mensagem, terei todo o gosto em esclarecer-te quanto ao alojamento, quanto ao plano de estudos e até mesmo quanto à vida académica :)
 
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