Educação Física deve integrar a média? - Tópico de debate

   

Deve Educação Física integrar a média de candidatura para todos os cursos?

  • Sim

    Votes: 35 18.7%
  • Não

    Votes: 88 47.1%
  • Sim, mas apenas se o aluno assim o desejar

    Votes: 64 34.2%

  • Total voters
    187

LordKelvin

O Santo
Especialista
Medicina & Saúde
Matrícula
20 Julho 2015
Mensagens
7,655
Curso
Medicina
Instituição
FMUL
A mais recente notícia a este respeito (Educação Física passa a contar para a média de acesso ao ensino superior | Uniarea) voltou, de certa maneira, a avivar o debate sobre a justiça da reintegração da Educação Física na média.
Achei por bem criar um tópico dedicado apenas à discussão, visto que outros tópicos relacionados com a disciplina estavam a ser usados para a troca de argumentos sobre este assunto.
 
A mais recente notícia a este respeito (Educação Física passa a contar para a média de acesso ao ensino superior | Uniarea) voltou, de certa maneira, a avivar o debate sobre a justiça da reintegração da Educação Física na média.
Achei por bem criar um tópico dedicado apenas à discussão, visto que outros tópicos relacionados com a disciplina estavam a ser usados para a troca de argumentos sobre este assunto.

Para começar eu acho que devíamos ter 1 bloco prático e 1 bloco teórico por semana e assim já poderia contar para todos os cursos, mas, da maneira que está, acho que só deveria contar caso o aluno quisesse.
 
Claro que deve integrar a média, será uma disciplina muito importante na tua vida profissional.
Imagina uma situação prática, quando estiveres a empurrar uma maca, por exemplo, e as rodas já não deslizarem bem (já se sabe como são os hospitais públicos), vais dar uso à tua habilidade para pontapear objetos :D
 
Claro que deve integrar a média, será uma disciplina muito importante na tua vida profissional.
Imagina uma situação prática, quando estiveres a empurrar uma maca, por exemplo, e as rodas já não deslizarem bem (já se sabe como são os hospitais públicos), vais dar uso à tua habilidade para pontapear objetos :D

Temos aqui uma futura média muito violenta :tearsofjoy::tearsofjoy::tearsofjoy:
 
Pelos seus "magníficos" critérios de avaliação, não deveria contar para a média. Muitos são beneficiados a esta disciplina por simplesmente saberem dar uns toques na bola, e outros são prejudicados mesmo fazendo tudo o que é solicitado na aula... Não concordo com o "Sim, se o aluno quiser" por motivos óbvios.
 
Eu acho que EF não deveria contar para a média, pois todos somos diferentes... Uns são prejudicados por serem uns aselhas (o meu caso e olhem que faço todas as aulas práticas) e outros são beneficiados por terem jeito para o desporto.
Exemplo: Tive um colega ótimo a EF, mas ele só fazia as aulas práticas quando era avaliação e mesmo assim tinha melhor nota que eu...
 
Eu acho que EF não deveria contar para a média, pois todos somos diferentes... Uns são prejudicados por serem uns aselhas (o meu caso e olhem que faço todas as aulas práticas) e outros são beneficiados por terem jeito para o desporto.
Exemplo: Tive um colega ótimo a EF, mas ele só fazia as aulas práticas quando era avaliação e mesmo assim tinha melhor nota que eu...
Concordo com o teu exemplo, esse aluno deveria de ser prejudicado na nota pois não mostrou empenho na disciplina ao longo do ano, mas no final quem dá a nota é o professor logo a responsabilidade do sucedido é do professor. Não concordo com a tua justificação para que EF não conte para a média, dado que esse argumento pode ser usado também para outras disciplinas, por exemplo: eu sou um aselha a Português e não me queixo, pedindo ou querendo que português não valesse para a média.
 
Concordo com o teu exemplo, esse aluno deveria de ser prejudicado na nota pois não mostrou empenho na disciplina ao longo do ano, mas no final quem dá a nota é o professor logo a responsabilidade do sucedido é do professor. Não concordo com a tua justificação para que EF não conte para a média, dado que esse argumento pode ser usado também para outras disciplinas, por exemplo: eu sou um aselha a Português e não me queixo, pedindo ou querendo que português não valesse para a média.
Tu precisas de Português... Usas Português diariamente...
Não digo que EF não seja importante, mas há profissões onde ter uma boa aptidão física não é importante.
 
Acho que primeiro a disciplina de EF no secundário devia ter uma valente reforma e ser mais direccionada para realmente os alunos aprenderem a serem ativos ao longo da vida, e não para serem os melhores em jogos coletivos,etc. Devia haver um maior equilíbrio entre o ensino e a prática, visto que passamos 3 anos a competir uns com os outros e não a aprender muito sobre que hábitos devemos levar para o futuro quando já tivermos de praticar exercício físico por nós próprios.
Também acho que devia haver condições em todas as escolas para praticar todo o tipo de desporto e não se focar só em futebol, basquetebol ou voleibol. Aliado a isso, deve-se incentivar os alunos à prática do seu desporto favorito, talvez mostrando algumas equipas ou clubes que existem na localidade onde podem fazer o que gostam e alcançar algo mais.

Se se mantiver como está, nem vale a pena contar para a média.
 
Tu precisas de Português... Usas Português diariamente...
Não digo que EF não seja importante, mas há profissões onde ter uma boa aptidão física não é importante.
Este tema é extremamente complicado e suscetivél a várias opiniões, totalmente diferentes. Eu não estou contra ti, eu concordo com EF não valer para a média, apenas quis destacar a debilidade do teu argumento.
 
Eu só queria vir aqui dizer que votei não por uma razão muito simples: como muitos sabem, não concordo propriamente com o actual paradigma de ensino e, nesse sentido, notas, médias, candidaturas e todas as coisas afins não me parecem, em absoluto, desejáveis.

Ainda assim, falando (por mais que me custe) estritamente no âmbito do que há, estou em crer que a melhor hipótese seria mesmo darmos a hipótese a todos os alunos de desprezarem a nota mais baixa para o cálculo da média, desde que, claro, não seja uma disciplina que conte/contribua para o curso que pretendem.

Mas o melhor mesmo seria fazermos uma coisa completamente diferente... ;)
 
Mas o melhor mesmo seria fazermos uma coisa completamente diferente... ;)
Mini ciclos de lecionamento, we know Nemo... we know...


Quanto à notícia, nem sei como expressar o meu desagrado. Não sou afetada por esta decisão, mas reconheço que é de facto injusto, na verdade, sempre o reconheci.
 
Mini ciclos de lecionamento, we know Nemo... we know...

Sou terrivelmente previsivel, não é? :(

Quanto à notícia, nem sei como expressar o meu desagrado. Não sou afetada por esta decisão, mas reconheço que é de facto injusto, na verdade, sempre o reconheci.

Acho que, se querem ser maus, sejam maus, agora, acho que não devem ser maus; logo, sejam bonzinhos e deixem tirar sempre a pior nota...

Por outro lado, no mínimo dos mínimos, podiam e deviam anunciar agora mas só para entrar em efeito daqui a três ou quatro anos, para dar tempo à malta de se preparar... física e psicologicamente, claro.
 
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Reactions: ShadowWing
Tu precisas de Português... Usas Português diariamente...
Não digo que EF não seja importante, mas há profissões onde ter uma boa aptidão física não é importante.
N concordo, o português que tu aprendes no secundário, e não só, não te e muito útil na vida prática (na minha opinião) já que, eu pelo menos não uso nem nunca vi ninguém a citar as diferentes orações subordinadas quando estão a falar. Já ao nível de educação física contar ou não para nota também não concordo em não contar porque se não contar é normal que existe muitas pessoas que não fazem aula e quando fazem não se interessam (muitas destas raparigas, não quero dizer que tu és uma delas mas temos que admitir que existe mais raparigas a não querer fazer esta aula que rapazes) isto vai prejudicar os que realmente se interessam pela disciplina. Oque poderiam fazer era alterar os critérios para que as pessoas como disseste "aselhas" não sejam prejudicadas, uns critérios onde as avaliações diagnósticas eram importantes e oque era avaliado não era a capacidade final do aluno mas sim o aumento das capacidades do aluno.
 
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Reactions: Renato Louriero
Eu acho que EF não deveria contar para a média, pois todos somos diferentes... Uns são prejudicados por serem uns aselhas (o meu caso e olhem que faço todas as aulas práticas) e outros são beneficiados por terem jeito para o desporto.
Exemplo: Tive um colega ótimo a EF, mas ele só fazia as aulas práticas quando era avaliação e mesmo assim tinha melhor nota que eu...

Discordo completamente, o argumento usado é péssimo. A situação que ilustras é semelhante a português, a filosofia, qualquer que seja a disciplina. Não é o facto de sermos diferentes nem termos ou não jeito que influencia a displina contar. Uns têm jeito para matemática outros não, conta para todos (curso de ciências).

Os critérios não são passíveis de nota. Isto é, a ginástica e dança igual para todos. Futebol, andebol...mais facil para as raparigas. Porque não facilitar os rapazes às outras?

O acesso ao ensino superior deve ser feito com base nas mesmas disciplinas ou todos com ef ou todos sem. Ser opcional é a maior estupidez.
A meu ver, devia ser obrigatório apenas para a aérea de desporto.
 
Discordo completamente, o argumento usado é péssimo. A situação que ilustras é semelhante a português, a filosofia, qualquer que seja a disciplina. Não é o facto de sermos diferentes nem termos ou não jeito que influencia a displina contar. Uns têm jeito para matemática outros não, conta para todos (curso de ciências).

Os critérios não são passíveis de nota. Isto é, a ginástica e dança igual para todos. Futebol, andebol...mais facil para as raparigas. Porque não facilitar os rapazes às outras?

O acesso ao ensino superior deve ser feito com base nas mesmas disciplinas ou todos com ef ou todos sem. Ser opcional é a maior estupidez.
A meu ver, devia ser obrigatório apenas para a aérea de desporto.

O meu argumento é outro..quem quer seguir desporto vai para CT certo? então porque raios Ed.Física conta para quem é de LH de AV ou de CSE?
 
Eu penso que não devia contar. Embora esta medida não me afete, penso que a disciplina de Educação Física é demasiado divergente entre escolas. Por exemplo, eu tive natação todos os anos, e há escolas que não avaliam este desporto. Para além disso, nunca tive dança, e conheço escolas onde este desporto se avalia. Isto para não falar da realização de testes teóricos, que eu nunca fiz e colegas da mesma escola com professor diferente já fizeram...
 
É curioso que todos os argumentos que se baseiam para a média não contar resumem-se em 3 pontos:
1) falta de utilidade da disciplina na vida futura
2) desigualdades na avaliação
3) que há pessoas que não são boas a EF e que se esforçam, e que não devem ser prejudicadas

Bem...
1) Falando de um ponto de vista epidemiológico, o sedentarismo e a obesidade são das piores epidemias que assolam os países desenvolvidos. Toda e qualquer medida que apele ao exercício físico é bem vinda.
Tal como na minha vida profissional provavelmente não vou jogar futebol, também não vou aplicar a regra de Ruffini no meu trabalho. Ambas as atividades são importantes, aumentam a minha destreza física e mental, respetivamente.
2) a solução não passa por abolir a disciplina ou que conte para a média, mas sim existir a uniformização de critérios... parece-me óbvio.
3) uma pessoa que se esforce a matemática, mas que não tenha "capacidades" para tirar 10 num teste deve concluir os estudos?
 
É curioso que todos os argumentos que se baseiam para a média não contar resumem-se em 3 pontos:
1) falta de utilidade da disciplina na vida futura
2) desigualdades na avaliação
3) que há pessoas que não são boas a EF e que se esforçam, e que não devem ser prejudicadas

Bem...
1) Falando de um ponto de vista epidemiológico, o sedentarismo e a obesidade são das piores epidemias que assolam os países desenvolvidos. Toda e qualquer medida que apele ao exercício físico é bem vinda.
Tal como na minha vida profissional provavelmente não vou jogar futebol, também não vou aplicar a regra de Ruffini no meu trabalho. Ambas as atividades são importantes, aumentam a minha destreza física e mental, respetivamente.
2) a solução não passa por abolir a disciplina ou que conte para a média, mas sim existir a uniformização de critérios... parece-me óbvio.
3) uma pessoa que se esforce a matemática, mas que não tenha "capacidades" para tirar 10 num teste deve concluir os estudos?

E resposta ao meu último argumento? :P
 
Já deixei a minha opinião noutro tópico, mas vou tentar resumi-la de forma mais coerente aqui.

Eu penso que EF deve ter exactamente o mesmo estatuto que as outras disciplinas de índole geral que fazem parte do currículo do ensino secundário (Português, Filosofia, ...). Vejo-a como uma disciplina como as outras, mesmo tendo um carácter um pouco distinto. Desse modo, não vejo razão para que a nota de EF não tenha o mesmo papel que as notas dessas outras disciplinas.

Tenho visto três argumentos principais da parte de quem defende que a nota de EF não deveria ser contabilizada no cálculo da média final:
  1. EF não é uma disciplina que seja útil como preparação para a maioria dos cursos de ensino superior, pelo que não devia contar para a média de candidatura (pelo menos para esses cursos).
  2. EF é uma disciplina que depende muito das aptidões físicas do aluno, sendo a avaliação em EF necessariamente injusta por esse motivo.
  3. Em muitas escolas, a avaliação em EF não é feita de forma adequada e justa.

A minha resposta a 1 é a seguinte: o mesmo pode ser dito em relação a outras disciplinas, como Português ou Filosofia. De facto, podemos ir mais longe e afirmar que mesmo algumas disciplinas específicas são inúteis para pessoas que decidem candidatar-se a certos cursos. É claro que se pegarmos em aspectos muito específicos de EF, como dar pontapés numa bola ou correr muito depressa, ficamos com a ideia de que a disciplina pouco tem a oferecer a quem quer estudar Matemática, por exemplo. O mesmo se aplica a interpretar poemas de Fernando Pessoa.

No entanto, não acho que isto seja um bom argumento. Não acho que o objectivo do ensino secundário seja exclusivamente o de dar aos alunos ferramentas directamente úteis para o seu percurso pessoal e profissional. O objectivo do ensino secundário (e da educação em geral) é, a meu ver (e como já referi neste fórum anteriormente), contribuir para uma formação integral dos alunos. Essa formação pode perfeitamente passar por Fernando Pessoa e pela prática desportiva. De facto, parece-me relevante para muitas profissões que uma pessoa dê sinais de possuir uma formação abrangente e competências transversais que vão para lá daquilo que é estritamente necessário ao exercício dessas profissões.

Em relação a 2, tenho a dizer o mesmo que disse em relação a 1: o mesmo pode ser dito em relação a outras disciplinas. Alunos diferentes chegam ao secundário com capacidades diferentes, seja em EF, seja em Matemática, seja em Português, seja em qualquer outra disciplina. Quantas vezes não ouvimos falar em pessoas que "não têm jeito para a Matemática"? Ou que "nunca tiveram grande aptidão para o Português"? Devem essas disciplinas ser eliminadas do cálculo da média final?

Reconheço, no entanto, que EF tem especificidades que outras disciplinas não têm. Mas quem elaborou o programa da disciplina também tem essa noção. Consta do programa (na secção dedicada à avaliação), que as capacidades dos alunos devem ser tidas em consideração na elaboração de objectivos a atingir e critérios de avaliação.

O que me leva ao ponto 3. É um facto que isto acontece: nem sempre a avaliação em EF é feita de modo a ser justa, tendo em conta, como referi no parágrafo anterior, as capacidades dos alunos ou o esforço demonstrado, independentemente da sua aptidão inicial. Mas isto não é, a meu ver, um argumento a favor de que EF não conte para a média; é um argumento contra as más práticas de avaliação em EF. Se alguém é injustiçado neste aspecto, a injustiça está nos critérios de avaliação estabelecidos pelo professor responsável pela disciplina, não no facto de EF contar para a média.

Qual é, então, a solução? Parece-me que o razoável seria que EF tivesse critérios de avaliação que permitissem a praticamente qualquer aluno, independentemente das aptidões físicas manifestadas no início do secundário, atingir uma boa classificação. Esses critérios poderiam passar, como foi aqui dito, por alguma avaliação teórica, pela contabilização do esforço e do progresso do aluno e não exclusivamente os resultados que obtém em termos absolutos, etc.

Para finalizar, parece-me que ainda há alguma incerteza no que diz respeito a quando será aplicada esta medida. Independentemente do que disse antes, é claro que considero injusto que a medida seja aplicada a quem esteja neste momento no 11.º ou 12.º anos.