Engenharia Aeroespacial

 
 
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Olá! Estou com uma dúvida existencial neste momento, com o aumento da procura e consequente aumento de vagas em engenharia aeroespacial o mercado de trabalho corre risco de ficar saturado?

Sei que engenharia aeroespacial é extremamente multidisciplinar, por isso um engenheiro aeroespacial pode acabar a trabalhar em muitas áreas.

Uma pergunta mais geral é: Como cada vez mais gente pondera seguir a área da engenharia (muitas vezes sem ser por gosto...), não há o risco do mercado de trabalho ficar saturado a médio-longo prazo?
 
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Olá @ENGAEROMAyBE
Estou com uma dúvida existencial neste momento, com o aumento da procura e consequente aumento de vagas em engenharia aeroespacial o mercado de trabalho corre risco de ficar saturado?
Muito dificilmente. Até porque atualmente já há vários que estão a trabalhar fora da área por opção, e muitos vão também trabalhar para fora do país, por opção. O mercado é muito grande, e não se limita a Portugal. Além disso, o curso é multidisciplinar o suficiente para te permitir trabalhar em diversas áreas fora de aeroespacial.

Uma pergunta mais geral é: Como cada vez mais gente pondera seguir a área da engenharia (muitas vezes sem ser por gosto...), não há o risco do mercado de trabalho ficar saturado a médio-longo prazo?
Acho que não dá para responder a isso de forma genérica. Algumas áreas estão mais saturadas por haver mais pessoas formadas e menor procura e outras mesmo com muitos formados, como a procura cresce em maior proporção continua a haver falta. Depois também é uma questão de contexto. O melhor exemplo disso é engenharia civil. Na última crise, entre 2011-2014, houve uma mistura entre aumento dos formados, tendo o curso aberto em tudo o que era universidade e politécnico, e uma quebra acentuada da procura, dado que o investimento travou a fundo, e de um dia para outro tinhas engenheiros bem pagos no desemprego a receber propostas de 500€ de salário. Isso reflectiu-se nos anos seguintes em que o curso deixou de ter tantos candidatos, e em muitas faculdades o curso ficou mesmo com 0 alunos. O mercado dos cursos também se ajusta ao mercado de trabalho, embora com algum delay. Do outro lado oposto tens engenharia informática. O curso entretanto abriu em todo o lado, as médias dispararam (na minha altura era 12 no Técnico, hoje é +17 valores), e mesmo assim continua a haver falta de engenheiros para o que o mercado precisa. O mercado dos cursos continua a ajustar-se no sentido de aumentar as vagas e não há problema com isso.

No caso de engenharias multidisciplinares, como engenharia aeroespacial, acabam por ter uma vantagem, porque numa eventual crise numa indústria, como está a acontecer agora na aviação, que vai perdurar durante algum tempo, podem virar-se para outra área da engenharia ou até mesmo ir para outras como a consultoria.
 
Olá João,
Ainda tens algum tempo para tentar subir um pouquinho a média. Caso não consigas entrar em engenharia aeroespacial, essa é de facto uma opção, podes consultar todas as informações sobre a Mudança de Par Instituição/Curso nesse link e ver os Editais de colocação nesse outro link para teres uma ideia das vagas e das médias que costumam ser precisas. Como podes ver nesses links a instituição/curso de origem não tem influência na seriação dos candidatos, por isso é sim possível vir de outra faculdade.
 
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Muito obrigado!
:)
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E posso concorrer ao mestrado tendo a licenciatura em engenharia mecânica? o mestrado em aero (penso que entre aeronaves, avionica e espaço escolherei espaço) será igual aos que lá estão desde o 1º ano?
 
Última edição:
Podes sim, tens aqui a informação atual Mestrados e no site que pus dos editais tens lá também as colocações. Nos últimos anos tem sido pedido aos alunos para fazerem cadeiras de licenciatura que a coordenação acha que são necessárias para frequentar o mestrado. Com a desintegração dos mestrados que aí vem, não sei se vão continuar a pedir que os alunos façam estas cadeiras.
 
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Olá! Estou no curso de Ciências e Tecnologias com Física e Química A e Geometria Descritiva A. Sempre fui apaixonada por matemática e, durante muito tempo, só o curso de Matemática fazia sentido para mim. Mas agora que vejo que tenho uma média elevada que me permite ir para a maioria dos cursos (o que acaba por ser confuso...), penso que poderia ir mais além e juntar também o meu gosto por física ou até por computação. Os meus professores aconselham-me a ir para uma engenharia, em especial para engenharia aeroespacial (pela taxa de empregabilidade e pela remuneração que tem). Confesso que estou bastante confusa porque adoro a vertente mais teórica do curso (a matemática, a física e assim) mas depois tenho medo que tenha uma componente prática alta e que me sinta perdida. Será que alguém me podia dar uma opinião sobre o curso? Obrigada!
 
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Olá @hugs
Olá! Estou no curso de Ciências e Tecnologias com Física e Química A e Geometria Descritiva A. Sempre fui apaixonada por matemática e, durante muito tempo, só o curso de Matemática fazia sentido para mim. Mas agora que vejo que tenho uma média elevada que me permite ir para a maioria dos cursos (o que acaba por ser confuso...), penso que poderia ir mais além e juntar também o meu gosto por física ou até por computação. Os meus professores aconselham-me a ir para uma engenharia, em especial para engenharia aeroespacial (pela taxa de empregabilidade e pela remuneração que tem). Confesso que estou bastante confusa porque adoro a vertente mais teórica do curso (a matemática, a física e assim) mas depois tenho medo que tenha uma componente prática alta e que me sinta perdida. Será que alguém me podia dar uma opinião sobre o curso? Obrigada!
Sugiro que comeces por explorar os planos de estudos dos vários cursos, sejam os de Matemática ou os de Engenharia, o que já te vai dar uma ideia de que tipo de matérias irás estudar. Efetivamente o curso tem como base a Física e a Matemática, que vai ser basicamente o que vais dar na maioria das cadeiras dos 2 primeiros anos do curso. O resto já entra dentro da componente da aeronáutica e não tiveres qualquer interesse pela área poderá ser meio um frete fazer essas cadeiras. Sugiro também que vejas as opiniões do curso que tens aqui em vários tópicos do fórum.
 
Olá @hugs

Sugiro que comeces por explorar os planos de estudos dos vários cursos, sejam os de Matemática ou os de Engenharia, o que já te vai dar uma ideia de que tipo de matérias irás estudar. Efetivamente o curso tem como base a Física e a Matemática, que vai ser basicamente o que vais dar na maioria das cadeiras dos 2 primeiros anos do curso. O resto já entra dentro da componente da aeronáutica e não tiveres qualquer interesse pela área poderá ser meio um frete fazer essas cadeiras. Sugiro também que vejas as opiniões do curso que tens aqui em vários tópicos do fórum.
Ok! Vou então ver os planos de cada curso! Obrigada pela informação!
 
Olá, acabo de concluir o 9ºAno e, logicamente como quero prosseguir no ensino superior algo relacionado com as engenharias, mais especificamente a "área espacial"(Engenharia Aeroespacial), irei-me inscrever em CT em geometria descritiva. Como a média do Técnico é bastante elevada fico um pouco receoso se a opção certa para a disciplina de línguas deva ser Inglês. Apesar de até ser bom a inglês fico um pouco preocupado que subir a média seja um pouco mais complicado. Agradeço qualquer feedback. Obrigado.
 
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Olá, acabo de concluir o 9ºAno e, logicamente como quero prosseguir no ensino superior algo relacionado com as engenharias, mais especificamente a "área espacial"(Engenharia Aeroespacial), irei-me inscrever em CT em geometria descritiva. Como a média do Técnico é bastante elevada fico um pouco receoso se a opção certa para a disciplina de línguas deva ser Inglês. Apesar de até ser bom a inglês fico um pouco preocupado que subir a média seja um pouco mais complicado. Agradeço qualquer feedback. Obrigado.
Olá, estou em Aeroespacial e estive em CT com geometria e inglês. Sempre fui muito bom a inglês e por isso não tive problema em ter boa nota e, como não tive espanhol ou outra língua no secundário não posso fazer comparações.
Na minha opinião, como eu já sabia inglês quase fluente, as aulas eram um bocado secantes. O maior obstáculo em inglês diria que são as apresentações orais, normalmente em grupo, que demoram sempre muito tempo para preparar e se estiveres com muitos testes torna-se chato.
No entanto, não é difícil de tirar boa nota e diria que não requer muito estudo se estiveres minimamente confortável.
Agora sem me referir às notas, Inglês vai ser muito importante para o teu futuro, especialmente numa área tão internacional como Aeroespacial. Na faculdade provavelmente vais ter que consultar muitos livros em inglês e o mestrado provavelmente vai ser dado em inglês.
Boa sorte para o secundário e dá o teu melhor desde o início!
 
Boa noite, quais são as áreas concretas (mais comuns) em que os Engenheiros Aeroespaciais trabalham (em Portugal) caso não trabalhem no ramo aeroespacial/da aviação comercial e não queiram trabalhar com programação/como programadores? Obrigada
 
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Boa noite, quais são as áreas concretas (mais comuns) em que os Engenheiros Aeroespaciais trabalham (em Portugal) caso não trabalhem no ramo aeroespacial/da aviação comercial e não queiram trabalhar com programação/como programadores? Obrigada
Olá, Margarida.

Para ter uma primeira aproximação, sugiro ver as entrevistas nesta Revista do AEROTEC, que durante vários anos eu fiz algumas:

Eu conheço pessoalmente centenas de AEROS em todas as áreas: desde medicina (antes ou depois do curso de AERO), até consultoria, passando por jornalistas.

Deixo duas sugestões públicas, para se ter uma ideia, do que eu estou a falar:
Rodrigo Carvalho:

Kwenda Lima:

A maior parte destas pessoas são reservadas, mas poderei dar outros exemplos, em privado, basta que me procurem nas redes sociais.

Saudações aeronáuticas.
Joaquim Guerreiro Marques