Olá de novo! O NUCO é a sigla que usamos para o que em LLC corresponde ao "Núcleo de Unidades Curriculares Obrigatórias". São 60 ECTS do curso (Tronco Comum), em que fazes 3 níveis de uma língua estrangeira, 3 introdutórias "O Estudo" (Linguagem Humana, Culturas e Literatura) e depois mais 4 cadeiras de uma lista um bocadinho maior, que podem consultar aqui: Licenciaturas - Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa
Dessas cadeiras todas, fiz dois níveis de língua inglesa, Ciência e Arte, Cultura Clássica, Cultura Visual e O Estudo da Arte. Gostei de todas, mas sem dúvida que uma das favoritas foi Cultura Clássica, mas depende muito dos professores que escolhem porque nestas cadeiras gerais é comum haver múltiplos turnos e múltiplos professores.
Tenho apontamentos tanto das minhas cadeiras de licenciatura como de mestrado. Existe uma drive de apontamentos fornecida pela AEFLUL, mas, como disse anteriormente, os programas das cadeiras podem variar de ano para ano e os professores nem sempre usam o mesmo programa (aliás, raramente). Se tiverem curiosidade, podem aceder aqui: Drive Apontamentos AEFLUL – Google Drive
Em geral, eu diria que os apontamentos não são assim tão relevantes quanto isso. Os meus, por exemplo, muitas vezes eram só palavras-chave e poucas frases completas. O que resultou para mim ao longo do meu percurso foi ver com atenção os programas das cadeiras e ao longo do semestre ir fazendo as leituras obrigatórias e as recomendadas, tirando notas sobre esses textos. Depois na altura das avaliações era muito mais fácil gerir o estudo porque ia fazendo revisões das notas que tirei do que fui lendo e das aulas.
Eu não sei muito de linguística porque no meu curso só fiz uma cadeira de análise discursiva, mas acho uma área de estudos com implementações muito interessantes. Aqui na FLUL temos colegas a nível de mestrado e doutoramento a fazerem dissertações sobre modelos de aprendizagem de linguagem de AI, por exemplo e até sobre linguagem neutra.
Sim, uma dessas línguas é a língua do NUCO e depois consegues fazer ainda mais duas; não consegues mais porque tens além dos ECTS do NUCO, mais 60 ECTS de "unidades curriculares elegíveis" para fazer, em que níveis de língua não contam nessa lista. Podes fazer mais do que dois níveis de uma língua (por exemplo, na língua que escolheres para o NUCO vais fazer 3), simplesmente só podes é fazer 1 nível de uma mesma língua por semestre (2 por ano) porque cada nível de língua é uma cadeira e não podes fazer dois níveis em simultâneo da mesma língua. Espero ter-me feito entender :')
Eu acho que não deverá divergir muito dos valores em que anda, depende muito dos resultados deste ano, sobretudo do exames de PT. Mas, regra geral, CL não é dos cursos mais concorridos da FLUL, pelo que mesmo que os exames subam um pouco, acho improvável que seja muito acima de 140-ish.
Podes aprender duas línguas, se usares as opções livres do curso, mas só conseguirias fazer 6 níveis numa dessas línguas (usando os 2 níveis obrigatórios, mais 2 opções livres do 2º ano, mais 2 opções livres do 3º ano). Sobram-te 4 opções livres, pelo que poderias fazer 4 níveis de uma língua, sendo que, sempre que gastares uma opção livre numa língua tens na verdade de gastar 2 porque o mínimo são 2 níveis para fazer). Regra geral, poucas pessoas fazem 6 níveis de uma língua, pelo que não é muito ; o que importa sim é o nível em que ficas colocado na aprendizagem de uma língua.
Por exemplo, imagina que na língua obrigatória escolhias inglês e no teste de colocação ficavas em C1.1. Isso significaria que farias C1.1 e C1.2. Se quisesses fazer mais níveis, podias fazer no ano seguinte o C2 e como tens sempre de fazer 2 níveis obrigatoriamente, farias um nível temático (uma vez que faças o C2 base, depois disso só tens níveis temáticos da língua inglesa - como por exemplo, Inglês no Mundo dos Negócios, Inglês no Mundo das Artes, etc.). Feitos estes níveis, eu acho que seria um desperdício grande fazeres o total de 6 níveis de inglês, porque o teu nível já era alto e significaria que ias usar mais 2 opções livres em mais 2 níveis temáticos, quando nas opções livres podes explorar *qualquer* cadeira da FLUL.
Dito isto, a minha recomendação seria escolheres primeiro a língua obrigatória e veres como corre e se gostas das cadeiras de língua da faculdade e, no máximo, usares as 2 opções livres do 1º ano para a 2ª língua que gostarias de aprender. Depois de veres que tal corre e se realmente gostas, nos anos seguintes logo ponderas como gerir as restantes opções livres.
Eu gosto muito do ambiente da FLUL, as pessoas são muito descontraídas e é muito fácil conheceres pessoas de absolutamente todos os cursos e mais alguns porque muitas das cadeiras acabas por ter colegas dos outros cursos. Como cada um acaba por ter percursos diversos, vais sentir diferença em relação ao secundário, porque vais perceber que não tens propriamente uma "turma", mas sim várias turmas, variando de cadeira para cadeira. Há quem não goste muito disto porque sentem que não estão num curso assim tão unido, mas eu não achei que isso travasse de conheceres pessoas que depois até acabam por partilhar mais cadeiras contigo e com quem sais para as esplanadas e afins na zonaSe a tua opção é História, vais ter turmas mais coesas com colegas do teu curso, embora, como disse antes, terás sempre alunos de outros cursos misturados nalgumas cadeiras.
No início vais ver muitas pessoas meio perdidas na faculdade e algumas mais tímidas, mas se tomares iniciativa, torna-se fácil conheceres pessoas. Os professores são, na esmagadora maioria, bastante bons; aprendi imenso com os profs que tive, embora tenha tido alguns de que não gostasse tanto, ou alguns que achei um bocadinho perda de tempo. No entanto, acho que o geral é que são professores bastante bons, alguns um pouco mais rígidos, mas não é de todo impossível ter bons resultados na FLUL. Este semestre estive a fazer um seminário de História e gostei imenso da professora e de todos os convidados a darem aulas!!
Eu só experimentei a praxe no meu primeiro ano de licenciatura e como não gostei muito, acabei por sair e não tive problemas com isso; a esmagadora maioria da faculdade não anda na praxe, pelo que não há qualquer diferença de integração entre quem anda na praxe e quem não anda. Toda a gente se dá com toda a gente. Se tens curiosidade e interesse, podes ir experimentar e se não gostares simplesmente sais; se não tens interesse, há mesmo 0 diferença entre quem anda e quem não anda. Eu tive colegas que andavam e gostavam e outros que detestaram e éramos todos amigos na mesma.
Inglês no Mundo das Artes parece interessante e esse assunto da Inteligência Artificial também!
Obrigada pelo link dos apontamentos, pela tua opinião sobre isso e pelos esclarecimentos sobre as cadeiras.
É bom dizeres isso sobre o ambiente da FLUL e as pessoas.
Também tive análise do discurso em Comunicação Social, é interessante!
Fiz praxe num outro curso em que estive, de Ciências. Não me identifiquei com a praxe nem com esse curso, e nesse as pessoas não se aproximavam tanto de mim por não ser da praxe. Na licenciatura de Comunicação Social eram os colegas eram simpáticos, mas também não se aproximavam tanto de mim. Mas experimentem e vejam o que acham.
Estou a fazer um mestrado e não estou a gostar das cadeiras, daí a candidatura. É um complemento de formação.
Estou a dar-me bem com os colegas de curso, principalmente com duas colegas o que é bom.
Na FLUL como decidem em que nível de uma língua ficas?
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