como surgem com frequência perguntas sobre a AFA, e eu sei que os "boatos" e "mitos" que ouvi na minha altura sobre o que era a AFA e a FAP eram na sua maioria... mitos, estou disponível para responder às dúvidas de quem esteja a pensar em concorrer. Estive quase 18 anos na Força Aérea (já não estou, sou civil) e conheço bem os cantos à casa, da qual só posso dizer (muito, mas mesmo muito) bem.
Acerca de mim:
Entrei para a AFA em 1996 (sim, tenho 41 anos de idade), para o curso de PILAV, acabei em 2001/2.
Voei na minha carreira: Cessna 152, Chipmunk, Epsilon, Alpha Jet, Alouette 3, SA330 Puma e EH101.
Se tiverem perguntas sobre os testes de ingresso, como é estudar na AFA, como é a progressão na carreira (ótima!), como é o dia a dia após acabarem o curso, etc: perguntem, que eu respondo o melhor que saiba.
Só para não haver dúvidas, não tenho qualquer afiliação atual com a Força Aérea, nem posso falar pela Força Aérea Portuguesa, só posso dar a minha opinião pessoal (muito positiva sobre a AFA e a FAP) e tirar dúvidas que tenham, para vos ajudar.
Apesar de ver que já foi dito algumas vezes, muito obrigada mais uma vez por este trabalho, para alguns de nós é muito importante.
Desde sempre quis ser militar e, desde que compreendo melhor as minhas opções, tenho estado indecisa entre a AM e a AFA (CM-Cavalaria/PILAV). Apesar de sentir que iria ser muito feliz na FAP, tenho medo que, em termos de academia, a AFA me "roube" aquela questão das ciências militares, e do treino militar em si, das missões, etc, pois na realidade, antes de saber sequer o que era uma faculdade, já sabia que queria era ser militar. No entanto, o que sinto pelos aviões faz com que, neste momento, a AFA seja a minha primeira opção. Visto que já só faltam alguns meses, e em todas as fontes de informação sobre a academia dão sempre muito ênfase nos aviões e nos voos, não consigo bem perceber no que consiste a parte militar ou mesmo física. Será que me pode esclarecer sobre isso?
Boa noite, sou aluno de engenharia mecânica e acontece que a minha situação parece um turbilhão enorme mas Vou tentar resumir para Não ficar muito extenso e chegar a questão que quero colocar. Desde pequeno que me fascino por tudo o que e maquina (seja ela do tipo que for), velocidade e adrenalina. Eu entrei numa faculdade que não era a minha primeira opção e estava a ser super dificil aguentar as despesas, entao, decidi vir embora e subir durante um ano a média para entrar mais perto de casa. (Durante o tempo que subi média considerei candidatar-me à academia da força aerea), na categoria de piloto aviador e sempre foi algo que me chamou bastante, especialmente a vida militar. Bem, com muito esforco e dedicação consegui tirar 19,5 no exame nacional de matematica A e no final acabei por me candidatar na mesma a faculdade que eu pretendia entrar perto de casa e entrei. O problema é que eu não estou a experienciar a faculdade com uma postura muito agradada e sinto que de certa forma não pertenço ali, que a minha vocação esta noutro lado e surge constantemente a ideia do piloto aviador. Tenho um amigo meu que se candidatou, chamaram no e reprovou nos testes psicotécnicos e ele disse que era bastante exigente. Qual sera a melhor forma de me preparar para os mesmos? Eu sinto mesmo que deveria candidatar me porque e algo que me chama imenso, é algo que eu sinto (embora talvez deixasse os meus pais atónitos comno facto de eu querer largar a faculdade pela força aerea) Quais serão as maiores adversidades que terei de superar para a entrada no curso de PILAV? Qual a melhor forma de aumentar a minha chance de entrar mesmo na academia no curso pretendido?
Obrigado pela atenção e aguardo resposta.
(Peço desculpa pela mensagem longa apenas queria tentar contextualizar as perguntas)
Bom dia,
os testes psicotécnicos que eu fiz eram "exigentes" devido ao que eu acho ser uma estratégia propositada: são demasiado extensos para que ninguém consiga acabar tudo a tempo. Nem o Einstein. É uma forma de injetar stress nos candidatos, porque lidar com stress é ESSENCIAL para ser piloto aviador. Parecem dificeis, mas na realidade são é muito extensos.
Se tivesse que me preparar para entrar de novo, sabendo o que sei agora:
- fazer testes psicotécnicos "genéricos", na amazon deves encontrar livros com exemplos para treinares: raciocinio lógico, rapidez de resposta, etc
- preparar as provas fisicas, fazer corrida, algum ginásio, natação
Os exames médicos são uma lotaria. São muito completos. Se tens um mini desvio na coluna, que não te afeta a vida em nada, é razão para chumbar. O que eu vejo como a maior barreira são mesmo os exames médicos, e sobre isso... nada a fazer. Genética e alguma sorte. Ser genericamente saudável não é suficiente, tens que ter mesmo saúde muito boa. Boa sorte!
Desde já, muito obrigada por ter criado esta thread. Vejo que já esclareceu bastantes dúvidas. A minha tem mais a ver com o dia-a-dia dentro da academia. Uma vez que os cadetes já tenham frequentado todas as aulas de um certo dia e já tenham cumprido com qualquer outra tarefa estipulada, é-lhes possível saír da academia por algumas horas? Ou só podem mesmo saír para fim-de-semana?
Em 1996: alunos do 1º ano só saíam ao fim de semana. Restantes alunos, de semana podiam sair, com hora limite de entrada. Eu vinha muitas vezes a Lisboa jantar, beber um copo com amigos. Não sei como é agora, mas deve ser parecido.
Boa noite,
Desde já queria lhe agradecer pela sua resposta muito completa ao meu comentário que foi muito esclarecedor, mas uma coisa que vai sempre na minha cabeça e que me desanima é a questão dos olhos, sempre me disseram que tínhamos que ter uma visão completamente perfeita, e nos mês passado depois de uma consulta de rotina disseram me que tinha 0,25 dioptrias no olhos direito desde então não consigo parar de passar que o estudo e dedicação foi todo em vão, será que é mesmo preciso termos ambos os olhos com 0 dioptrias?
Já foi respondido atrás: sobre os exames médicos não consigo dar esse tipo de respostas porque não é a minha área. Eu nunca usei óculos, e com 42 anos ainda tenho uma visão muito boa, mas houve colegas meus a começar a usar óculos antes de acabarem o curso. Só concorrendo, não te consigo ajudar...
Apesar de ver que já foi dito algumas vezes, muito obrigada mais uma vez por este trabalho, para alguns de nós é muito importante.
Desde sempre quis ser militar e, desde que compreendo melhor as minhas opções, tenho estado indecisa entre a AM e a AFA (CM-Cavalaria/PILAV). Apesar de sentir que iria ser muito feliz na FAP, tenho medo que, em termos de academia, a AFA me "roube" aquela questão das ciências militares, e do treino militar em si, das missões, etc, pois na realidade, antes de saber sequer o que era uma faculdade, já sabia que queria era ser militar. No entanto, o que sinto pelos aviões faz com que, neste momento, a AFA seja a minha primeira opção. Visto que já só faltam alguns meses, e em todas as fontes de informação sobre a academia dão sempre muito ênfase nos aviões e nos voos, não consigo bem perceber no que consiste a parte militar ou mesmo física. Será que me pode esclarecer sobre isso?
"tenho medo que, em termos de academia, a AFA me "roube" aquela questão das ciências militares, e do treino militar em si, das missões, etc,"
Estás a confundir a palavra "militar" com "exército". :)
O que me parece que tu entendes por "militar" é uma versão mais "tradicional" de "combate", regras rigidas, "pé na lama" e disciplina. Isso faz parte da cultura militar, mas é mais vincada nas forças terrestes, porque a própria forma de emprego da força "transpira" para a cultura da organização.
Há uma frase famosa de um teórico militar americano que diz: "Flexibility is the key to Airpower". A FAP é diferente do Exército.
A componente militar na AFA consiste naquilo que será a tua carreira como militar da Força Aérea. Para tal, terás o treino básico que qualquer militar tem, mas lembra-te que a tua missão é operar um meio aéreo. Para isso, não precisas de ser especialista em tática de infantaria. O que a AFA te vai dar também são as ferramentas para mais tarde, aprenderes o emprego dos meios aéreos.
Mas, se achas que os PILAV são uns "fraquinhos" e que a coisa é "soft", todos os tripulantes da FAP são obrigados a passar um curso de sobrevivência em combate atrás de linhas inimigas, algo que em Portugal apenas é feito por nós, Pilotos da Marinha e Exército, Paraquedistas (apenas alguns) e Operações Especiais. Ponto alto do curso? Resistência a técnicas "agressivas" de interrogatório. Uma experiência no minimo... interessante! Ir ao "fuga e evasão", o antigo nome do curso, é um dos rituais de passagem dos Aviadores portugueses. Uma semana e meia largados no mato, a "fugir" por montes e vales, com a Policia Aérea atrás de nós. Se gostas de bota na lama, tens muitas oportunidades para o fazer na FAP! Menos do que no Exército, mas muitas.
As missões da FAP não são andar no terreno, mas andar SOBRE o terreno, o teu treino militar será adequado para o fazeres da forma mais eficaz para o emprego do Poder Aéreo. E a forma mais eficaz de o fazer não é a noção tradicional de "combate no terreno", é mais especifico. Mas dificil na mesma, simplesmente de outra forma. Vais disparar metralhadoras na mesma, vais lançar granadas, fazer topográficas com uma mochila de 20 kg às costas. Mas chega uma altura em que começas a transitar para outra forma de pensar: como tirar o máximo rendimento da minha aeronave em combate. É isso que um piloto militar faz.
Espero que o que escrevi acima não seja confuso. Tens muito treino militar na AFA e na FAP. :)
Olá boa tarde, espero ainda vir a tempo de conseguir algumas respostas! Antes de mais, muito mas muito obrigado pela disponibilidade e por todo o tempo em que esteve a servir o país. Eu tenho 25 anos, sou licenciado em Design (más escolhas de adolescência) e gostava de entrar na Força Aérea. Eu vi o recrutamento para oficial, porém também vi que em regime de contrato estarei lá o máximo de uns 6 anos e depois "mandam-me embora" e volto ao mercado de trabalho civil - por favor corrija-me se estiver errado. Ora, para PILAV não posso ir devido à minha idade então dei de caras com o estágio técnico-militar. Estou a considerar tirar uma licenciatura em psicologia para poder entrar nesse estagio na AFA e, posteriormente, nos quadros da Força Aérea. A minha pergunta é:
- Depois desse estágio, que tipo de progressão de carreira terei com um background de psicologia?
Eles na página de recrutamento informam: "
Concluído o Estágio Técnico-Militar na Academia da Força Aérea dá-se o ingresso nos Quadros Permanentes (QP) e inicia-se a carreira como Oficial da Força Aérea Portuguesa, sendo promovido aos vários postos da Força Aérea, de acordo com o Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR).
Todos os Oficiais dos Quadros Permanentes exercem funções de âmbito militar e da respetiva especialidade em unidades, órgãos ou serviços da FAP em território nacional ou quando destacados em missões internacionais. Podem colaborar e desenvolver projetos de investigação autónomos ou em cooperação com entidades nacionais ou estrangeiras, bem como, em casos específicos, prosseguir estudos especializados de pós-graduação e docência.
Ao longo da sua carreira exercem funções de comando, chefia ou de direção de unidades, órgãos ou serviços da FAP. Podem, ainda, desempenhar cargos de natureza militar ou diplomática em organizações internacionais ou junto de embaixadas no estrangeiro."
Olá boa tarde, espero ainda vir a tempo de conseguir algumas respostas! Antes de mais, muito mas muito obrigado pela disponibilidade e por todo o tempo em que esteve a servir o país. Eu tenho 25 anos, sou licenciado em Design (más escolhas de adolescência) e gostava de entrar na Força Aérea. Eu vi o recrutamento para oficial, porém também vi que em regime de contrato estarei lá o máximo de uns 6 anos e depois "mandam-me embora" e volto ao mercado de trabalho civil - por favor corrija-me se estiver errado. Ora, para PILAV não posso ir devido à minha idade então dei de caras com o estágio técnico-militar. Estou a considerar tirar uma licenciatura em psicologia para poder entrar nesse estagio na AFA e, posteriormente, nos quadros da Força Aérea. A minha pergunta é:
- Depois desse estágio, que tipo de progressão de carreira terei com um background de psicologia?
Eles na página de recrutamento informam: "
Concluído o Estágio Técnico-Militar na Academia da Força Aérea dá-se o ingresso nos Quadros Permanentes (QP) e inicia-se a carreira como Oficial da Força Aérea Portuguesa, sendo promovido aos vários postos da Força Aérea, de acordo com o Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR).
Todos os Oficiais dos Quadros Permanentes exercem funções de âmbito militar e da respetiva especialidade em unidades, órgãos ou serviços da FAP em território nacional ou quando destacados em missões internacionais. Podem colaborar e desenvolver projetos de investigação autónomos ou em cooperação com entidades nacionais ou estrangeiras, bem como, em casos específicos, prosseguir estudos especializados de pós-graduação e docência.
Ao longo da sua carreira exercem funções de comando, chefia ou de direção de unidades, órgãos ou serviços da FAP. Podem, ainda, desempenhar cargos de natureza militar ou diplomática em organizações internacionais ou junto de embaixadas no estrangeiro."
si vi agora a tua mensagem, peço desculpa pela resposta tardia. A progressão na carreira é feita dentro da tua "especialidade", no teu caso, Psicologia. Ou seja, em relação às promoções a posto sucessivo, tens que ter 2 condições:
1. Teres o tempo minimo de permanência em cada posto (Tenente, Capitão, etc, cada posto tem um minimo de permanência).
2. Haver vaga para o posto seguinte.
À medida que as pessoas vão sendo promovidas/se reformam, etc, vão abrindo vagas e vais subindo, mas cada especialidade tem as suas vagas. Como estás a pensar em concorrer ao ETM, eu acho (e tenho quase a certeza) que parte do teu tempo de licenciatura/mestrado civil é creditado em tempo de serviço inicialmente, ou seja, a tua progressão inicial até Tenente é muito rápida (nos anos 90 era assim, presumo que se mantenha, mas confirma com o Centro de Recrutamento da FAP!).
Cada especialidade tem as suas peculiaridades em termos de vagas, por exemplo, PILAV há sempre falta (a maioria dos pilotos sai da FAP, abrem n vagas, os quadros de Oficiais Superiores estão sempre meio vazios...), mas Policia Aérea havia muita gente nos quadros de Sargentos, com pessoas 10 e mais anos à espera de promoção (nos anos 90). As especialidades de ETM não costumam ter esses problemas porque são muito técnicas, é menos gente, e penso que seja raro haver "entupimento" do quadro e poucas vagas, a progressão costuma ser muito boa. Mas nada como perguntar na FAP e tentares falar com alguém que seja militar nessa especialidade.
As fases de testes que são necessárias, são realizadas em que momento? Por exemplo, se eu não passar a fase 4, ainda vou a tempo de entrar noutro curso que estava nas minhas opções e que fui lecionado?
Boa tarde .
Tenho uma questão relativa á remuneração. Eu acho que o senhor já falou previamente acerca , mas entrei em contacto com o a própria academia e consta que os valores vão no máximo até aos 2000 euros sendo Tenente. Talvez não me tenha expressado corretamente com eles mas foi isto que me mandaram( Recrutamento Militar - Marinha | Exército | Força Aérea). Esta remuneração não é referente ao quadro permanente certo?
As fases de testes que são necessárias, são realizadas em que momento? Por exemplo, se eu não passar a fase 4, ainda vou a tempo de entrar noutro curso que estava nas minhas opções e que fui lecionado?
Tens que falar com a Academia mesmo, os timings alteraram desde a minha altura... No meu ano (1996), fiz matricula no IST enquanto ainda estava em testes de selecção, e depois cancelei a matricula no IST quando passei o teste final (31 de Outubro, fim da "PAM")
Boa tarde .
Tenho uma questão relativa á remuneração. Eu acho que o senhor já falou previamente acerca , mas entrei em contacto com o a própria academia e consta que os valores vão no máximo até aos 2000 euros sendo Tenente. Talvez não me tenha expressado corretamente com eles mas foi isto que me mandaram( Recrutamento Militar - Marinha | Exército | Força Aérea). Esta remuneração não é referente ao quadro permanente certo?
É indiferente se és QP ou não, o vencimento é igual. Nas Forças Armadas existe há muito igualdade na retribuição para postos/qualificações iguais (por exemplo, existe zero discriminação de género, algo de que pouco se fala na comunicação social quando se fala das FFAA, foram sempre pioneiras nesse campo).
Os PILAV têm mais um suplemento que não está nessas tabelas, relativo ao risco de voo, não sei quanto é agora. Tens que pensar também no tempo que vais passar em cada posto, porque existe uma progressão de carreira excelente (na prática, garantida) e quase única dentro do Estado (em especial para os PILAV). Além disso, quando aparece o COVID, não levas 50% de corte no vencimento (como na TAP), nem andas a receber emails dos RH para seres despedido porque tiveste um acidente de trabalho e estiveste de baixa 2 meses (porque tens alto absentismo, foste para a lista de despedimentos, sem comentários, é completamente ilegal). Isso não existe na FAP. É um mundo diferente e mais seguro no campo da tua estabilidade, tem coisas boas e menos boas, é como tudo. Mas de forma geral a FAP protege os seus militares, dentro daquilo que pode, e em especial os pilotos (algumas pessoas discordarão de mim).
É como já se falou acima, se quisermos analisar friamente a questão do vencimento dos pilotos militares (sem entrar em questões de vocação para militar, que eu acho ser no entanto muito importante), tem lados positivos e negativos: ganham menos que um piloto civil e têm que ficar pelo menos 14 anos na FAP, mas têm progressão garantida na carreira, o ordenado é certo ao fim do mês, tens estabilidade remuneratória (cortes devido ao COVID zero) e custos de formação zero. É bom ou mau? "Ambos os dois", como diria alguém. É uma escolha pessoal de cada um...
Se analisares APENAS a parte financeira, não compensa ser PILAV face ao civil. Mas não é apenas isso que está em causa, é tudo o resto. Satisfação profissional (porque há muitas coisas que fazes como piloto militar que não fazes em mais lado nenhum como aviador, ponto final, parágrafo), orgulho pessoal, vocação militar, progressão na carreira. Essa decisão será sempre individual. Eu voltaria a concorrer se tivesse 17 anos.
Tenente ganhará limpos cerca de 1600 euros (+/-), suponho. Mas ao fim de 4 anos és Capitão, e aí penso que andarás agora pelos 2000 e poucos limpos? Não tenho a certeza dos números, mas não andam longe disto.
Boa tarde!
Antes de mais, muito obrigada pela enorme simpatia e disponibilidade!
Se for possível, gostaria de lhe fazer algumas perguntas.
Desde que me lembro, sempre fui fascinada pela aviação, e gostaria imenso de fazer desta a minha vida!
As minhas questões são relativamente à Engenharia Aeronáutica (sei que não é a sua área, mas penso que seja possível que me consiga ajudar).
Tem média de entrada? Inclui mestrado? Após a conclusão, quantos anos devo ficar e prestar serviço à FAP? E durante este período, contínuo com alojamento na FAP? Após sair, será simples entrar no mercado de trabalho, ou será que tirando o curso na UBI terei mais oportunidades? Quanto à parte de trabalho físico, é intenso? O curso, em si, tem algum custo, tal como propinas, etc?
Bem, penso que se trate disto.
Peço desde já desculpa por qualquer tópico que não esteja tão explícito.
Muito obrigada!
Boa tarde!
Antes de mais, muito obrigada pela enorme simpatia e disponibilidade!
Se for possível, gostaria de lhe fazer algumas perguntas.
Desde que me lembro, sempre fui fascinada pela aviação, e gostaria imenso de fazer desta a minha vida!
As minhas questões são relativamente à Engenharia Aeronáutica (sei que não é a sua área, mas penso que seja possível que me consiga ajudar).
Tem média de entrada? Inclui mestrado? Após a conclusão, quantos anos devo ficar e prestar serviço à FAP? E durante este período, contínuo com alojamento na FAP? Após sair, será simples entrar no mercado de trabalho, ou será que tirando o curso na UBI terei mais oportunidades? Quanto à parte de trabalho físico, é intenso? O curso, em si, tem algum custo, tal como propinas, etc?
Bem, penso que se trate disto.
Peço desde já desculpa por qualquer tópico que não esteja tão explícito.
Muito obrigada!
em relação às tuas perguntas:
1. Tem média de entrada, sim. Varia um pouco porque as vagas são diferentes de ano para ano, ao contrário de uma Universidade Civil. Tens aqui as médias do concurso de 2020, ENGAER foi 173:
PILAV: 150
ENGAER: 173
ENGAED: 122
ENGEL: 144
MED: 180
ADMAER: 150
2. Acho que este ano houve restruturação dos cursos nas Universidades, acabaram os Mestrados Integrados. Os cursos da AFA são sempre equiparados aos cursos das Universidades Civis, no caso de ENGAER terás o mesmo "nível de qualificação" do que Aerospacial no IST ou ENGAER na UBI. Não sei como a AFA lidou com esse processo, mas podes confirmar com o Centro de Recrutamento e Mobilização (CRM) da FAP, ou mesmo com a Academia, envia-lhes um email. :)
3. Acho que são 12 anos. Não tenho a certeza. (12 ou 14? No meu tempo eram 8, foi alterado há cerca de 10 anos).
4. Terás na maioria dos casos alojamento na Unidade em que prestas serviço, sobretudo se estiveres deslocada. Na zona de Lisboa (onde nunca estive colocado, andei sempre nas Bases Operacionais) penso que haverá prioridade a quem está deslocado. Mas estamos a falar de quarto, não casa, a menos que estejas numa base operacional, em algumas há bairro de oficiais, mas a especialidade ENGAER não costuma estar colocada nessas bases (com exceções). Resumo: arranjam-te um quarto no Alojamento de Oficiais para "desenrascar", mas casa mesmo, apenas se estiveres em Beja ou nos Açores!
5. Se estás a pensar em concorrer, com vista a depois sair... pensa bem se queres passar 6+12 anos da tua vida nessa situação. Quando saíres, terás passado metade da tua vida na FAP (literalmente).
Cá fora, teres no currículo Força Aérea Portuguesa é uma enorme mais valia, bem como toda a formação que te vai ser dada de forma constante ao longo da vida, e não apenas durante o curso.
Por exemplo: Coronel Ana Baltazar assume funções como Subdiretora da DGPDN
A Coronel Ana Baltazar deu-me aulas, e é Doutorada em Gestão pelo ISEG. Há vários casos de doutoramentos de militares da FAP, quer em Portugal, quer no estrangeiro (pagos pela Força Aérea). Como já disse acima várias vezes, a FAP aposta muito na formação dos seus militares. O país anda espantado com a competência do Vice-Almirante Gouveia e Melo, mas felizmente a cultura de competência e mérito são transversais nas nossas Forças Armadas.
Há vários ex-ENGAER da FAP a trabalhar em cargos de Gestão e Engenharia nas mais prestigiadas empresas do Ramo da Aviação, em Portugal e lá fora.
Quanto à UBI, não sei responder, honestamente.
6. Se passares os exames fisicos de entrada, consegues acabar o curso. A parte fisica não é central no curso, existe um bom equilibrio entre fisico, militar e académico. As provas fisicas de entrada são um bom aferidor da tua capacidade de terminar. Acredita em ti, não é dificil, com um pouco de trabalho faz-se.
7. O curso não tem custos. Zero. E ganhas ordenado desde o primeiro ano. Bem como alojamento, livros pagos, etc. Nessa parte, adquires a tua independência financeira muito mais depressa do que na Universidade.
em relação às tuas perguntas:
1. Tem média de entrada, sim. Varia um pouco porque as vagas são diferentes de ano para ano, ao contrário de uma Universidade Civil. Tens aqui as médias do concurso de 2020, ENGAER foi 173:
PILAV: 150
ENGAER: 173
ENGAED: 122
ENGEL: 144
MED: 180
ADMAER: 150
2. Acho que este ano houve restruturação dos cursos nas Universidades, acabaram os Mestrados Integrados. Os cursos da AFA são sempre equiparados aos cursos das Universidades Civis, no caso de ENGAER terás o mesmo "nível de qualificação" do que Aerospacial no IST ou ENGAER na UBI. Não sei como a AFA lidou com esse processo, mas podes confirmar com o Centro de Recrutamento e Mobilização (CRM) da FAP, ou mesmo com a Academia, envia-lhes um email. :)
3. Acho que são 12 anos. Não tenho a certeza. (12 ou 14? No meu tempo eram 8, foi alterado há cerca de 10 anos).
4. Terás na maioria dos casos alojamento na Unidade em que prestas serviço, sobretudo se estiveres deslocada. Na zona de Lisboa (onde nunca estive colocado, andei sempre nas Bases Operacionais) penso que haverá prioridade a quem está deslocado. Mas estamos a falar de quarto, não casa, a menos que estejas numa base operacional, em algumas há bairro de oficiais, mas a especialidade ENGAER não costuma estar colocada nessas bases (com exceções). Resumo: arranjam-te um quarto no Alojamento de Oficiais para "desenrascar", mas casa mesmo, apenas se estiveres em Beja ou nos Açores!
5. Se estás a pensar em concorrer, com vista a depois sair... pensa bem se queres passar 6+12 anos da tua vida nessa situação. Quando saíres, terás passado metade da tua vida na FAP (literalmente).
Cá fora, teres no currículo Força Aérea Portuguesa é uma enorme mais valia, bem como toda a formação que te vai ser dada de forma constante ao longo da vida, e não apenas durante o curso.
Por exemplo: Coronel Ana Baltazar assume funções como Subdiretora da DGPDN
A Coronel Ana Baltazar deu-me aulas, e é Doutorada em Gestão pelo ISEG. Há vários casos de doutoramentos de militares da FAP, quer em Portugal, quer no estrangeiro (pagos pela Força Aérea). Como já disse acima várias vezes, a FAP aposta muito na formação dos seus militares. O país anda espantado com a competência do Vice-Almirante Gouveia e Melo, mas felizmente a cultura de competência e mérito são transversais nas nossas Forças Armadas.
Há vários ex-ENGAER da FAP a trabalhar em cargos de Gestão e Engenharia nas mais prestigiadas empresas do Ramo da Aviação, em Portugal e lá fora.
Quanto à UBI, não sei responder, honestamente.
6. Se passares os exames fisicos de entrada, consegues acabar o curso. A parte fisica não é central no curso, existe um bom equilibrio entre fisico, militar e académico. As provas fisicas de entrada são um bom aferidor da tua capacidade de terminar. Acredita em ti, não é dificil, com um pouco de trabalho faz-se.
7. O curso não tem custos. Zero. E ganhas ordenado desde o primeiro ano. Bem como alojamento, livros pagos, etc. Nessa parte, adquires a tua independência financeira muito mais depressa do que na Universidade.
Boa tarde,
existe uma tabela de equivalências às licenças civis, portanto, sim, dá. Mas se quiser sair antes de cumprir o tempo minimo (creio que são 12 anos, após acabar o curso), terá que pagar uma indemnização ao Estado pelos custos de formação. A indemnização é milionária, porque formar um piloto militar é muito caro.
Boa tarde,
existe uma tabela de equivalências às licenças civis, portanto, sim, dá. Mas se quiser sair antes de cumprir o tempo minimo (creio que são 12 anos, após acabar o curso), terá que pagar uma indemnização ao Estado pelos custos de formação. A indemnização é milionária, porque formar um piloto militar é muito caro.
Eu vou acabar a licenciatura com 22 anos (deixei muitas cadeiras para trás num ano devido a problemas pessoais)
Eu queria perguntar se ainda era possível entrar para a Força Aérea com 22, ou se já tinha passado o ''prazo''. Outra coisa que gostava de mencionar é a minha licenciatura (Relações Internacionais). Haverá saída dentro da FAP?
Boas
Eu estou a pensar em entrar para a AFA como PILAV
Um piloto de avião transportes voa em media quantas horas por ano?
Com que frequencia esses pilotos vão a missões no estrangeiro?
Em pratica, as equivalencias equivalem a quê? ATPL EASA?
Boas
Eu estou a pensar em entrar para a AFA como PILAV
Um piloto de avião transportes voa em media quantas horas por ano?
Com que frequencia esses pilotos vão a missões no estrangeiro?
Em pratica, as equivalencias equivalem a quê? ATPL EASA?
Eu vou acabar a licenciatura com 22 anos (deixei muitas cadeiras para trás num ano devido a problemas pessoais)
Eu queria perguntar se ainda era possível entrar para a Força Aérea com 22, ou se já tinha passado o ''prazo''. Outra coisa que gostava de mencionar é a minha licenciatura (Relações Internacionais). Haverá saída dentro da FAP?
com 22 anos tenho quase a certeza que ainda entras na FAP.
Quanto às perguntas especificas, o melhor é falares com o Centro de Recrutamento, eles podem ajudar-te melhor do que eu, CRFA.
Boas
Eu estou a pensar em entrar para a AFA como PILAV
Um piloto de avião transportes voa em media quantas horas por ano?
Com que frequencia esses pilotos vão a missões no estrangeiro?
Em pratica, as equivalencias equivalem a quê? ATPL EASA?
quando eu estive na FAP, a média rondava as 200/250 horas por ano, grosso modo.
As missões no estrangeiro têm alguma frequência, embora varie de Esquadra para Esquadra. C130 e P3 vão mais para fora, normalmente, do que C-295.
As equivalências civis são ao ATPL da EASA.
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