DiOliveira03
Membro Veterano
- Matrícula
- 14 Fevereiro 2018
- Mensagens
- 221
- Curso
- Medicina
- Instituição
- FMUL
Agradeço imenso pelo feedback sincero. Infelizmente, este testemunho vem confirmar aquilo que já temia em relação à precariedade do mercado de trabalho em Nutrição em Portugal. É realmente uma pena, visto que se trata de uma área extremamente relevante e interessante...Esta situação, assim como outras que mencionaste, é um clássico. Inclusive, como já disse noutros locais, as médias em Ciências da Nutrição não são altas por causa da dificuldade da área mas porque muita gente que entra nesse curso vai como "reserva" para posteriormente seguir outro caminho na saúde (medicina, dentária ou veterinária). E depois é o tipico pensamento "até é uma área que gosto". Contudo, a grande maioria das pessoas quando acaba o curso não vai ser verdadeiramente nutricionista. Só 10% da classe está no SNS e esses sim praticam "Nutrição Clinica". Na Nutrição no desporto, uma área de grande interesse, também uma pequena percentagem está realmente a exercer como Nutricionista (pelo menos a ideia que temos do que é um Nutricionista). Fora isso, as opções de emprego são: Dietas pré feitas, coletiva (cantinas ou outras unidades de alimentação coletiva), ginásios e claro clinicas (recibos verdes). Sendo que até nisso o mercado do trabalho está completamente saturado. Aconselho-te a procurar as propostas de emprego que há para Nutrição, para teres uma ideia de que apesar de uma área "interessante" poucas são as pessoas que relamente vão exercer como "Nutricionistas" (pelo menos na ideia do que verdadeiramente é um nutricionista).
Além disso, apesar do curso ser de 4 anos, na verdade são preciso 5 para exercer. Depois de 4 anos, vais ter uma para fazer um "estágio à Ordem", na maioria das vezes não remunerado e que tens de pagar (só para a ordem) 900e ...
Deixo-te um apanhado do Observtório da Ordem de 2020: https://www.ordemdosnutricionistas.pt/documentos/observatorio/2020/RelatorioCOVID19-042020.pdf. Ao analisares estes dados tem em conta que a mediana de idade dos Membros inscritos na ON é de 35 anos e ainda não há reformados em nutrição. Consegues entender que a maioria dos membros vive de recibos verdes. Além de que, o relatório de 2021 ainda não saiu (está muito atrasado) e acho que é propositado ... pois as coisas não melhoraram. Os nutricionistas com a pandemia foram completamente descartados. Nem para atender chamadas do SNS24 eram considerados profissionais habilitados.
Muito obrigada! Realmente este impasse do "ano sabático vs curso plano B" faz-me questionar-me imenso, mas tem sido mais comum aconselharem-me a entrar já este ano para a universidade do que a fazer um gap year. É mesmo questão de avaliar bem os prós e contras.Antes de mais, muitos parabéns pelo teu percurso! Um pequeno percalço não invalida tudo de bom que fizeste até agora.
Eu terminei agora mesmo o 6ºano de Medicina no ICBAS mas no 1ºano entrei na FMUL por não ter média para o Porto, Fiz o 1ºano lá, voltei a candidatar-me, entrei no ICBAS e pedi equivalências a tudo o que tinha feito em Lisboa. Em relação a exames nacionais, no meu 12ºano fiz os 4 exames nacionais, voltei a repetir FQ e biologia em 2ª fase, e no 1ºano de faculdade voltei a repetir biologia.
Vale sempre a pena iniciar um curso que te dê equivalências e, acima de tudo, que te ajude na transição escola-faculdade, que nem sempre é fácil. Se tiveres essa possibilidade, acredito que poderá ser a melhor opção.
Em relação a ficar um ano "parada" a preparar os exames nacionais, não tive essa experiência mas tenho uma amiga que o fez por 2 anos seguidos e que não recomenda de todo. Perdeu o foco e o ritmo de estudo, sentiu-se perdida, e por fim não conseguiu atingir as notas que pretendia para entrar em Medicina.
Isto é só uma opinião, vale o que vale. O importante é fazeres uma avaliação da tua situação, motivação e métodos de trabalho, para veres se achas mais vantajoso estudar para os exames enquanto adiantas umas cadeiras na faculdade, ou se preferes estar 100% focada nos exames.
Boa sorte e muita força! :D
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Infelizmente, estudar no estrangeiro não seria para mim uma opção viável. Contudo, agradeço pela opinião e pelo encorajamento. Vou sim repetir o exame de Matemática, independentemente de abrirem ou não vagas após a 1ª fase do concurso nacional de acesso. Tudo de bom :)Olá
Pensa na possibilidade de ir estudar medicina no estrangeiro. Procura bolsas, desafia-te. Um curso de medicina pode ser tirado em qualquer lugar, se existe a vocação, não percas tempo. Ficar um ano parada, pode ser uma opção,... mas para quem tem tão boas notas, não sei se faz sentido. Da experiência que me relatam os estudantes portugueses também têm de recorrer ao estrangeiro para tirar a especialidade, por isso é uma questão de tempo. Apesar de tudo isto, repete o exame de matemática, errar é humano, não acertar à primeira também.
Obrigada :) Assim sendo, devo fazer exatamente isso.De nada! :)
Sim, uma coisa não implica a outra. Podes ir à 2ª fase e depois na 1ª fase de candidaturas metes o plano B como 6ª opção, por exemplo.
Eu já estava no plano B enquanto concorria em 2ª e 3ª fase a Medicina. Depois recebia o resultado de não colocada e continuava no curso normalmente.
É mesmo uma faca de dois gumes, porque, por um lado, existe menor margem para aumentar a média, mas, por outro, há menos pressão para ter uma melhoria descomunal. Há que refletir um pouco, agora. Tudo de bom!Acho que faz mais sentido alguém com tão boas notas ficar um ano parado a repetir exames, do que alguém com uma média baixa, que tem muito mais probabilidade de não conseguir...
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