Já agora, como é que é o plano curricular no Porto? Também se trata de um ensino por módulos ou não?
Tivemos há pouco tempo reforma do plano curricular, portanto duvido muito que seja uma sistema próximo dos módulos sequer. O que se quer dizer, acho eu, é tentar não repetir temas e abordar alguns que se calhar não são abordados porque se pensa que X cadeira o vai abordar/já abordou.Essa complementaridade progressiva entre as cadeiras não irá eventualmente por acabar na reforma do plano curricular para um sistema próximo do de módulos, como é feito na FML, na UM ou na UBI?
Não sei se percebi bem a tua pergunta... Tal como o Droggy disse, apesar de haver complementaridade entre cadeiras, o ensino não é por módulos. Aprendes as coisas separadamente, as áreas são avaliadas separadamente. Claro que a ideia é que haja sempre um fio condutor, por isso é que logo no 1° ano damos Anatomia e Histologia (em TCM) no 1° semestre e Fisiologia no 2° semestre.Essa complementaridade progressiva entre as cadeiras não irá eventualmente por acabar na reforma do plano curricular para um sistema próximo do de módulos, como é feito na FML, na UM ou na UBI?
O Droggy disse muito bem. Quero só acrescentar duas coisas: o cérebro humano pesa em média uns 1,5kg, por isso alguém ter um tumor cerebral de 1,6kg e andar bem à "exceção" de uns episódios é qualquer coisa de surpreendente (ou, lá está, mal contada); não tem rigorosamente nada a ver com o caso, mas não se fazem diagnósticos apenas com base no número de vezes que uma pessoa vai à urgência, mas sim do que realmente a traz lá de cada vez. Ouvi um relato sobre uma pessoa que foi às urgências centenas de vezes, por exemplo -uma vez simplesmente para perguntar o significado de "procuração" ou algo de semelhante teor médico... e há coisas tipo síndrome de munschausen em que pessoas procuram cuidados médicos simplesmente por atenção. Não é fácil!
O numero de urgências não te diz mesmo nada. Interessa sim, saber os motivos que a levou a ir. Eu não sei se os sintomas que a noticia fala são verdadeiros, quando surgiram e se não havia mais coisas que não foram ditas. Raparigas jovens e relativamente comum o síndrome de Munchausen ou níveis elevados de stress
Compreendo e concordo. Mas, pelo que vejo, só existem 2 tipos de serviço - ou vais às urgências e és atendido numas horas, ou marcas consulta no médico de família e és atendido daí a 2 meses, e depois mandam-te fazer exames que vais lá mostrar passado mais 2 meses. Posso estar a dizer alguma barbaridade, mas se eu estou aflito com alguma coisa, ainda que seja suportável, quero saber o que é. Se começar a ficar com dores de cabeça de repente, e isso todas as semanas, fico preocupado, quero ter uma resposta rápida, mesmo que continue a funcionar bem com as dores e não seja "urgente". Mas se a opção é entre urgências e esperar meio ano, o que achas que as pessoas vão fazer? Não tenho conhecimento de existir um serviço rápido, tipo 1-2 semanas. Se existe, digam-me, e estas últimas frases ficam sem efeito.Voltando ao numero de idas à urgência, a nossa população usa muito mal as urgências. Qualquer coisinha, vão à urgência. Ora isto tem consequências pois implica maior gasto e distrai os médicos dos doentes verdadeiramente doentes. Outra questão que eu tenho é: não foi ao medico de família? Foi só às urgências? Ns noticia que li não fala nada disto...
Era uma brincadeira ;)Quem é que se anda a coçar?
Mas ela apareceu mesmo com esses sintomas?Como disse em cima, claro, ir 1 vez por uma constipação ou 20 vezes é igual (mas uma é mais parva que outra). Agora, faço a mesma pergunta que faço à fish, onde achas que a história pode estar mal contada? Achas que, no caso de um jovem realmente entrar com dores de cabeça, desmaios, vómitos e perda de urina, o caso seria levado a sério, ou podia mesmo ser descartado como "ansiedade"?
A situação da rapariga decorreu durante vários anos. Mais uma vez, não vejo nenhuma indicação na notícia de ter havido um estudo da rapariga fora do contexto da urgência. Este tipo de estudo não é normalmente para fazer numa urgência. As urgências são isso mesmo: para urgências ou emergências. Não se vai andar a pedir TAC's e Ressonâncias assim do nada. Só se houver justificação para tal. Se calhar nunca marcou sequer uma consulta no Médico de Família (mas lá está, não sei se marcou ou não porque não diz na notícia!).Compreendo e concordo. Mas, pelo que vejo, só existem 2 tipos de serviço - ou vais às urgências e és atendido numas horas, ou marcas consulta no médico de família e és atendido daí a 2 meses, e depois mandam-te fazer exames que vais lá mostrar passado mais 2 meses. Posso estar a dizer alguma barbaridade, mas se eu estou aflito com alguma coisa, ainda que seja suportável, quero saber o que é. Se começar a ficar com dores de cabeça de repente, e isso todas as semanas, fico preocupado, quero ter uma resposta rápida, mesmo que continue a funcionar bem com as dores e não seja "urgente". Mas se a opção é entre urgências e esperar meio ano, o que achas que as pessoas vão fazer? Não tenho conhecimento de existir um serviço rápido, tipo 1-2 semanas. Se existe, digam-me, e estas últimas frases ficam sem efeito.
Não posso descartar nada. Não temos a informação toda. Tudo o que podemos fazer aqui é especular. E não faz sentido especular porque é um exercício fútil e só serve para denegrir a imagem dos Médicos.Além de tudo isto, vocês descartam completamente a hipótese de ser erro médico neste caso?
Hehe eu nunca achei isso complicado mas também já apliquei tantas vezes essa informação que acaba por ser já natural.Como assim, a cascata da coagulação aprende-se depressa? :(
Eu estava a tentar perguntar outra coisa - no caso de um jovem qualquer, sem grande historial de doenças, aparecer numa urgência a queixar-se de desmaios, vómitos e perdas de urina, ser-lhe-ia dado importância? Ou pelo menos seria encaminhado para um seguimento num contexto não de urgência? Ou esta pergunta nem faz sentido?Mas ela apareceu mesmo com esses sintomas?
Tudo isto são coisas que deviam ser acompanhadas num contexto de não urgência, correto? Se num contexto de não urgência se descobrisse que nada do que referiste explica os sintomas (nada de namoros acabados, situação familiar irregular, ansiedade...), seriam postas outras hipóteses, do tipo "talvez estes desmaios e vómitos não sejam psicológicos, vamos estudar isto melhor". Estou certo? Ou pelo menos isto seria algo possível?Os sintomas surgiram todos ao mesmo tempo?
Qual é o contexto social/familiar desta jovem? Da pouca experiência clínica que tenho já vi algumas mães conseguirem tornar sintomas relativamente banais numa coisa extraordinária. Também já vi mães conseguirem pôr os seus filhos extremamente ansiosos com paranóias e manias. Já para não falar que não sabemos se há alguma coisa na vida pessoal da jovem que pudesse também explicar estes sintomas (algum namoro mal sucedido? conflitos com os pais? conflito com amigos??).
Qual os antecedentes familiares em termos de doença? Há história de enxaquecas na família? Há história de neoplasia, mais especificamente do SNC? Há história de disturbios psiquiátricos?
Tenho muitas perguntas e possivelmente haverá muitas mais perguntas por parte de quem realmente domina isto (os médicos).
Mas a urgência pode encaminhar para um estudo não urgente, correto? Acho que já aconteceu a familiares meus, irem à urgência e depois passarem a ser acompanhados em consultas externas.A situação da rapariga decorreu durante vários anos. Mais uma vez, não vejo nenhuma indicação na notícia de ter havido um estudo da rapariga fora do contexto da urgência. Este tipo de estudo não é normalmente para fazer numa urgência. As urgências são isso mesmo: para urgências ou emergências.
Porque é caro. Okay. E até que ponto "não se vai andar a pedir TACs"? Até que ponto algo é "assim do nada"? Vou-te dar um exemplo (é claro que é um caso, um caso que eu escolhi e não tem significância nenhuma para generalizar), o meu médico de família simplesmente não marca exames. Só ao sangue. Descarta tudo o resto como "é normal" ou "é da idade", se forem velhotes. Um familiar meu queixou-se várias vezes de esquecimento, tonturas e desmaios (e outros sintomas, tipo ver "flashes"). Era sempre da idade. O meu familiar perguntou se não seria melhor fazer alguns exames, o médico nunca passou nada. Até que o meu familiar perguntou que exames devia fazer, que ia fazer no privado. E tádá, era um tumor. Também eu me ando a queixar de algumas dores recorrentes, mandou-me fazer exame ao sangue e urina e pronto, está tudo bem. Mas agora diz, achas que vou confiar nele? Pronto, isto foi mais um desabafo, mas algumas vezes o médico de família não é opção.Não se vai andar a pedir TAC's e Ressonâncias assim do nada. Só se houver justificação para tal. Se calhar nunca marcou sequer uma consulta no Médico de Família (mas lá está, não sei se marcou ou não porque não diz na notícia!).
100% mate. Mas eu não estou a tentar especular. Estou a tentar perceber que maneiras existem de agir numa situação destas, e ouvir a vossa opinião, ainda como alunos. E, como já disse, se não for assunto, digam, ou apaguem.Não posso descartar nada. Não temos a informação toda. Tudo o que podemos fazer aqui é especular. E não faz sentido especular porque é um exercício fútil e só serve para denegrir a imagem dos Médicos.
E por último não esquecer que a probabilidade de uma rapariga jovem, ter um tumor cerebral é baixa! Ninguém vai andar a pedir exames à toa só porque sim. Tem que haver justificação. Provavelmente, os médicos que a examinaram acharam que não havia motivos para tal. Quem pode decidir se a acção desses 7 médicos foi correcta ou não são as autoridades competentes.
Depende!! Nada em Medicina é certo.... eu gostava de saber muito mais do que me estás a dizer: a caracterização dos sintomas é muito importante (horário, quando surgiu, intensidade, o que estava a fazer quando ele surgiu, etc etc etc etc......).Eu estava a tentar perguntar outra coisa - no caso de um jovem qualquer, sem grande historial de doenças, aparecer numa urgência a queixar-se de desmaios, vómitos e perdas de urina, ser-lhe-ia dado importância? Ou pelo menos seria encaminhado para um seguimento num contexto não de urgência? Ou esta pergunta nem faz sentido?
Tudo isto são coisas que deviam ser acompanhadas num contexto de não urgência, correto? Se num contexto de não urgência se descobrisse que nada do que referiste explica os sintomas (nada de namoros acabados, situação familiar irregular, ansiedade...), seriam postas outras hipóteses, do tipo "talvez estes desmaios e vómitos não sejam psicológicos, vamos estudar isto melhor". Estou certo? Ou pelo menos isto seria algo possível?
Claro que pode.Mas a urgência pode encaminhar para um estudo não urgente, correto? Acho que já aconteceu a familiares meus, irem à urgência e depois passarem a ser acompanhados em consultas externas.
Não é só por ser caro. Uma TAC representa muita radiação. Só para teres noção da qt de radiação que uma TAC (e aqui vou simplificar muito) tem: é o equivalente a 100 Radiografias. Primum non nocerePorque é caro. Okay. E até que ponto "não se vai andar a pedir TACs"? Até que ponto algo é "assim do nada"? Vou-te dar um exemplo (é claro que é um caso, um caso que eu escolhi e não tem significância nenhuma para generalizar), o meu médico de família simplesmente não marca exames. Só ao sangue. Descarta tudo o resto como "é normal" ou "é da idade", se forem velhotes. Um familiar meu queixou-se várias vezes de esquecimento, tonturas e desmaios (e outros sintomas, tipo ver "flashes"). Era sempre da idade. O meu familiar perguntou se não seria melhor fazer alguns exames, o médico nunca passou nada..
Para efeitos de faculdade não precisas de grande espingarda. É Word, browser, PDF's, Powerpoint (ou Prezi para quem gosta). Ou seja, qualquer torradeira serve :DPessoal de medicina,
Espero não entrar muito em off topic mas gostava de saber que uso dão aos vossos computadores. Ando inclinado para comprar um para a faculdade mas não sei quais as especificidades que devo dar preferência.
Usam-nos para ver filmes, fazer trabalhos...Que mais?
Para efeitos de faculdade não precisas de grande espingarda. É Word, browser, PDF's, Powerpoint (ou Prezi para quem gosta). Ou seja, qualquer torradeira serve :D
Se fazes outras coisas por lazer, como edição de vídeos ou assim talvez queiras um computador melhor mas pela faculdade não será de certeza :)
Obrigado! Logo vi que só precisaria de fazer o essencial. Vou apostar, provavelmente, na sua autonomia pois será algo fulcral para evitar estar sempre à procura de tomadas xD
Desculpem o double post mas achei isto interessante:
"Guide to Choose a Medical School in Portugal"
Guide to Choose a Medical School in Portugal
Objetivamente, os dados são mais favoráveis à NOVA...Desculpem o double post mas achei isto interessante:
"Guide to Choose a Medical School in Portugal"
Guide to Choose a Medical School in Portugal
Objetivamente, os dados são mais favoráveis à NOVA...
(Bonito, eu já tinha tomado uma decisão definitiva, mas afinal não é tão definitiva assim...)
Por que razão dizes isso? Os dados são mesmo melhores na NOVA!Isso depende do ponto de vista... Eu vi os dados e pensei "é de facto para a FMUL que quero ir"
Por que razão dizes isso? Os dados são mesmo melhores na NOVA!
Estou na mesma situação. Já estou mesmo farta desta indecisão, que tanto me atormenta. :(Objetivamente, os dados são mais favoráveis à NOVA...
(Bonito, eu já tinha tomado uma decisão definitiva, mas afinal não é tão definitiva assim...)
A NMS tem também outras vantagens (ex: a média das médias finais de curso, a média das notas da PNS).Uma das vantagens da nova é ter estagios em varios hospitais, o que santa maria tambem tem por isso...
O facto de dizerem que santa maria é mais teórico nao me incomoda minimamente porque, pelo que falei com alguns alunos de ambas as faculdades, a diferença nao é de todo significativa.
Por ultimo as desvantagens apresentadas pela nova sao para mim fatores mais importantes do que as desvantagens da fmul.
O unico fator que me puxa para a nova é o racio tutor/estudante mas o facto de eu viver perto de santa maria (tipo 20 minutos a pé no máximo) junto das outras vantagens que vejo na faculdade tornam a decisao mais ou menos clara para mim.