Mestrados Integrados em engenharias vão acabar? (e outras questões sobre engenharia)

   
Na FCT Nova pedem isto para o concurso especial para titulares de curso superior:
  • Programas de todas as disciplinas realizadas, com indicação da respectiva escolaridade e ano de validade; os programas deverão estar ordenados alfabeticamente, a fim de facilitar a respectiva análise pelos docentes.
Um disparate ter de gastar 150 euros para pedir todos. As UC do MICF que eu penso que podem ser consideradas "relevantes" são:

- Matemática
- Bioestatística
- Física
- Química Geral
- Química Analítica
- Química-Física
- Química Orgânica I
- Química Orgânica II

Considerando apenas as que listei acima, ficaria com 52 ECTS relevantes (mais do que a maioria dos colocados, p.e., em Eng. Informática). Tenho algumas dúvidas se considerariam "relevantes" Métodos Instrumentais de Análise, Tecnologia Farmacêutica I, II e III e Bioquímica I e II. Alguém tem ideia?

Confirma isso com a faculdade. Não sei se são consideradas as disciplincas que se enquadram nessa área, mas sim as discilinas que se enquadram e vais ter equivalências no curso a que te candidatas (Na fórmula de seleção diz "Média das unidades curriculares relevantes do ponto de vista programático, entendendo-se como tal as unidades curriculares que serão posteriormente creditadas no ciclo de estudos a que se candidata, realizadas no curso médio ou superior anterior ou no curso de especialização tecnológica;"). Pelo menos os concursos a que me candidatei o ano passado, consideravam apenas disciplinas que eu fosse ter equivalência.
 
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Pensei que fossem disciplinas relevantes para engenharia num sentido lato, e não apenas as que poderão ser creditadas como equivalência. Na verdade mesmo que pudesse ter uma ou outra equivalência preferia não ter, para refrescar conceitos. Vou-lhes perguntar. Acho curioso, que UCs num curso de enfermagem ou medicina poderão ter sido consideradas relevantes, no caso dos três colocados no ano passado em Eng. Informática.
 
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Pensei que fossem disciplinas relevantes para engenharia num sentido lato, e não apenas as que poderão ser creditadas como equivalência. Na verdade mesmo que pudesse ter uma ou outra equivalência preferia não ter, para refrescar conceitos. Vou-lhes perguntar. Acho curioso, que UCs num curso de enfermagem ou medicina poderão ter sido consideradas relevantes, no caso dos três colocados no ano passado em Eng. Informática.

No meu caso davam equivalência a estatisica apenas. Mas como já falamos em cima, a fórmula é mais que isso. Se o número de candidatos bater com o número de vagas que abrir, entras igual, mesmo sem equivalências. Eu não entrei na engenharia que queria porque havia nota minima (precisava de pelo menos 20 ECTS creditados) mas entrei em informatica porque eram mais vagas e o número de candidatos foi ela por ela.
 
O que eu acho estranho é haver tão poucos candidatos por esta via na FCT Nova, nem chegam a meia dezena na maioria dos cursos. Estranho, isto é, comparando com as várias centenas que concorrem pelo concurso especial de acesso a Medicina por titulares de cursos superiores, e até a Direito, em que são várias centenas (pelo menos na ULisboa - há uns tempos pensei fazer Direito e andei a ver essas coisas). No IST não tenho ideia porque não têm os resultados de concursos anteriores publicados (ou procurei e não encontrei).
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Há várias coisas em jogo nessa tendência:
- As médias dos exames hoje em dia são mais elevadas + mais alunos a conseguir ter positiva = mais potenciais candidatos.

Só ontem é que me apercebi de que de um determinado grupo de questões só consideram aquelas em que o aluno consegue cotação mais elevada para efeitos de determinação da nota final. Não admira o salto nas médias entre 2019 e 2020.
 
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Bem, eles foram para a República Checa embebedar-se, tiveram na AE, foram para Moçambique, arranjaram emprego e tu ficaste aqui a reclamar da injustiça que é eles terem feito isso tudo... Para além disso, e a única coisa que realmente importa, tu não fizeste nada. Não tiveste de lidar com o stress de ir para um país completamente diferente, ficar longe da tua família, teres de te desenrascar a milhares de quilómetros de tudo o que conheces, ter de fazer amigos num ambiente novo e estranho em que nem sequer falas a língua, ter de fazer uma conta bancária quando o banqueiro nem sabe falar inglês. Não tiveste de lidar com a organização de nada na tua vida, de nenhum evento, de nenhuma campanha, de nenhuma ação promocional. Não tiveste a oportunidade de contribuir para um mundo melhor, de trabalhar com pessoas de culturas diferentes e de perceber, em pessoa, as diferenças sociais e os problemas que o nosso mundo tem. Invés disso, ficaste em casa a descansar e a estudar para os teus exames (que eles também fizeram, já agora). Entretanto, a culpa é do mercado de trabalho e destas pessoas que não fizeram nada de especial para merecer o trabalho?

Honestamente, não percebo como é que podes ser egoísta ao ponto de dizeres que preferes que haja escassez de profissionais para que TU possas ter um emprego facilmente. Sabes sequer o que isso implica? Mais, achas que escassez de profissionais é bom para algum mercado? Achas que não haver Engenheiros X suficientes é algo bom para as empresas, empregados e para o país? What the hell... para começar, não, não significa que consegues arranjar trabalho com facilidade, muito menos na forma como as empresas são estruturadas hoje em dia e em como adoptam estruturas flexíveis para lidar exatamente com isto, nem sequer significa que ias conseguir ter um bom salário e muito menos que ias ter um trabalho que gostasses. Há 20 anos precisavas de um engenheirose imploravas a um qualquer para ir para a tua empresa, hoje fazes uma chamada e tens uma equipa de engenheiros na Índia a trabalhar para ti por muito menos do que em Portugal.

Acho que estás a precisar de um reality check muito grande porque parece-me que a tua cena é quereres um trabalho garantido sem ter de fazer muito (como mencionaste o quão bom era entrar em medicina só porque o internato não depende de experiências) mas isso não vais arranjar em lado nenhum e muito menos em engenharia. Se estás disposto a ir para um curso aleatório (medicina, engenharia, whatever) só para não passares pela inconveniência de procurar um trabalho e de trabalhares para o conseguir, talvez sugiro-te parar um bocado e pensares no que é queres fazer da tua vida e no tipo de contributo que queres ter. Eu não sei qual é o teu background mas eu não cresci com muito dinheiro e sei qual é o valor de ter um trabalho e estabilidade financeira, principalmente quando vindo de um ambiente extremamente volátil em termos financeiros, mas isso não quer dizer que tens de vender a tua alma a uma profissão qualquer só porque dá dinheiro. Parece que ter um trabalho vai resolver-te todos os teus problemas e vai permitir-te ser feliz mas isso só funciona se, no mínimo dos mínimos, o trabalho é numa área que realmente sejas entusiasmado por. Se estás a trabalhar na indústria do carvão mas gostas mesmo de energias renováveis, o que é que estás a fazer? Se gostas de mecânica e estás em medicina, se gostas de física e estás em informática, ... isto vai um bocado com tudo.

A tua mentalidade é honestamente triste e algo que não esperava ver na nossa geração que é a geração de "Get out there and make it" e de nos desafiar-nos a nós próprios pessoalmente e profissionalmente constantemente para que possamos ser melhores pessoas e para que o mundo se torne melhor. Espero que consigas encontrar um dia a força em ti para desafiar o mundo e não te contentares com um trabalho que conseguiste porque havia escassez de profissionais porque isso não é algo que valha estar orgulhoso nas nossas vidas.

De novo, desculpa estar a ser tão brutalmente honesto mas o que me estás a dizer está a deixar-me uma comichão que não consigo ignorar. Tu trabalhaste 5 anos para conseguir um mestrado, passaste por dezenas de exames e aquilo que mais queres é ter um trabalho fácil porque o mercado está na m*. Tem respeito por ti próprio e dá-te algum valor. Tenho a certeza que vales muito mais do que um trabalho nessas condições e que se te aplicasses minimamente como te aplicaste durante o teu curso, conseguias arranjar um emprego na tua área. Arranjar um trabalho não deve nem nunca vai ser fácil. Arranjar um trabalho exige suor, potencialmente várias versões do CV, aprender como comunicar com empresas e representantes de RH, aprender a apresentares-te a empresas de forma correta, aprenderes quem és e o que é que te faz uma mais valia para qualquer empresa. Se não encontrares isso, vira o disco e toca o mesmo.

Espero honestamente que aprendas a valorizar-te. Boa sorte.
Vou só dar um aparte, infelizmente para entrar na AE em muitas facs é preciso cunha, eu estou a tentar ver se me meto, mas não tenho garantia de nada percebes?
 
Para entrar na AE, para além disso, é preciso de participares em coisas que por vezes não queres ou simplesmente não são "a tua onda". Nem toda a gente é super expansiva e social para querer ser "amigo" de todos e andar nas borgas e saídas aqui ou ali (na minha faculdade havia a "Farmo" e n festas disto e daquilo, que sinceramente nunca me apelaram). Enfim, com as amostras que temos como políticos (muitos dos quais começaram as suas carreiras de escroques profissionais nas AEs e nas "jotas") não é algo que me diga muito, mas infelizmente em Portugal reina o compadrio.
 
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Para entrar na AE, para além disso, é preciso de participares em coisas que por vezes não queres ou simplesmente não são "a tua onda". Nem toda a gente é super expansiva e social para querer ser "amigo" de todos e andar nas borgas e saídas aqui ou ali (na minha faculdade havia a "Farmo" e n festas disto e daquilo, que sinceramente nunca me apelaram). Enfim, com as amostras que temos como políticos (muitos dos quais começaram as suas carreiras de escroques profissionais nas AEs e nas "jotas") não é algo que me diga muito, mas infelizmente em Portugal reina o compadrio.
Ahahah, eu dou-me com o pessoal da AE, vamos lá ver se entro para o ano lol
 
Com que instituições de prestígio o IST tem parcerias para Erasmus? Queria algo em França ou Reino Unido...
E vale a pena em termos de valorização/diferenciação no mercado de trabalho? Desta vez vou querer meter muitos corações e flores no meu CV. :lol:
 
Com que instituições de prestígio o IST tem parcerias para Erasmus? Queria algo em França ou Reino Unido...
E vale a pena em termos de valorização/diferenciação no mercado de trabalho? Desta vez vou querer meter muitos corações e flores no meu CV. :lol:
Varia conforme o curso em causa. Por exemplo, em aeroespacial, tens acordo com a ISAE-SUPAERO, que é das melhores na área na Europa. O Reino Unido abandonou o programa:
 
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Encontrei uma lista com os acordos (https://aai.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/52/acordos-bilaterais-2017.pdf). Só porque Eng. Mecânica tem acordo com o Arts & Métiers de Paris já me dá vontade de ser essa a primeira opção. Mas apenas 2 vagas! Deve ser complicadíssimo conseguir, não?
Deve ser concorrido, sim. Em aeroespacial no ano 2020 ficaram colocados 84 alunos em programas Erasmus dessa lista/Duplo Diploma/Acordos China + Coreia do Sul + Índia + Canadá + Brasil + México + Japão + Malásia + Chile, e mesmo assim dos que concorreram ficaram uns 10 alunos sem colocação em qualquer vaga. A candidatura funciona tipo concurso nacional, escolhes várias opções e vão sendo colocados conforme as médias.
 
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Vcs falam tanto de erasmus, nunca pus isso em cima da mesa nem quero ir, nunca iria sobreviver lá fora lol
Acho que o mais longe que fui do Porto sozinho foi Aveiro e e lol
 
Encontrei uma lista com os acordos (https://aai.tecnico.ulisboa.pt/files/sites/52/acordos-bilaterais-2017.pdf). Só porque Eng. Mecânica tem acordo com o Arts & Métiers de Paris já me dá vontade de ser essa a primeira opção. Mas apenas 2 vagas! Deve ser complicadíssimo conseguir, não?
Até agora os acordos são só para mestrado por isso ainda tens tempo até: 1) começarem a aparecer acordos para licenciatura (se) ou 2) teres a oportunidade de concorrer.

De alguém que acabou de voltar de Erasmus em França, devo avisar-te desde já que tens o potencial de encontrar centenas de problemas logísticos que te vão tirar o juízo tanto relacionados com o acordo Erasmus como com a tua estadia lá. Normalmente os núcleos de mobilidade internacional não gostam também muito de lidar com as universidades Francesas porque é tudo extremamente chato e burocrático de forma completamente absurda.

Fora isso, França tem um sistema universitário extremamente descentralizado. Por exemplo, a Arts et Métiers tem mais de uma dezena de campus que estão espalhados pelo país todo. Às vezes os alunos candidatam-se a X universidade (CentraleSupélec, Arts et Métiers, ParisTech, IMT, INSA, ...) a achar que vão ficar em Y cidade (normalmente todos enganados por Paris, lmao) e acabam no canto oposto do país porque é aí que o curso é lecionado por isso é algo a teres atenção também.

Para adicionar, o próprio sistema de ensino é diferente, especialmente em Engenharia que é feito nas "Grandes École d'Ingénieurs" que não são propriamente universidades, dão um diploma especial e o programa também costuma ser diferente. Normalmente em França tens 3 anos comuns de engenharia e 2 anos de especialização. Após o curso tens o "Diplôme d'Ingénieur" e o equivalente a BAC+5 (secundário + 5 anos de estudo) que é a forma deles "standardizarem" o quanto (em tempo) cada pessoa estudou. Em França, faz diferença teres um mestrado ou um diploma de engenheiro? Toda (em termos de acesso a trabalhos, salários, reconhecimento, etc). É uma realidade um bocadinho diferente daqui.

Se tiveres mais dúvidas sobre estudar em França, estás à vontade :) Podes também usar a secção "Estudar no Estrangeiro e Programas de Mobilidade" do fórum que eu tenho estado a tentar responder a tudo o que possa lá!

EDIT: Tu em Erasmus não tens acesso ao Diplôme d'Ingénieur, só para clarificar. Continuas a estudar para o teu mestrado no Técnico, caso seja essa a tua universidade.
 
Obrigado pelos esclarecimentos.

Sim, já tive uma pequena experiência profissional em França e realmente a burocracia é de morrer, mas nada que não se enfrente, com algumas (muitas) dores de cabeça.

Então, pelo que dizes, presumo que o diploma de licenciado em engenharia português não tenha "equivalência"/correspondência ao diplôme d'ingénieur em França (assumindo que posso querer trabalhar lá), ou seja, será necessário fazer posteriormente o mestrado/2.º ciclo para esse efeito?
 
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Obrigado pelos esclarecimentos.

Sim, já tive uma pequena experiência profissional em França e realmente a burocracia é de morrer, mas nada que não se enfrente, com algumas (muitas) dores de cabeça.

Então, pelo que dizes, presumo que o diploma de licenciado em engenharia português não tenha "equivalência"/correspondência ao diplôme d'ingénieur em França (assumindo que posso querer trabalhar lá), ou seja, será necessário fazer posteriormente o mestrado/2.º ciclo para esse efeito?
Grey area. Com a licenciatura de certeza que não tens equivalência porque uma licenciatura seria BAC+3 e o diploma de engenheiro é BAC+5, ou seja, precisas de mais 2 anos de estudo obrigatoriamente. Eles têm programas de engenharia de 3 anos mas não recebes o diploma de engenheiro e por isso, perdes todas as vantagens maravilhosas que vêm associadas a um diplôme d'ingénieur.

Dito isto, mesmo com mestrado em Portugal/UE, não sei bem como é o reconhecimento como Engenheiro em França mas vou passar pelo processo daqui a uns meses e vou posso dar-te mais informação. A minha impressão é que dadas as circunstâncias legais em Portugal, se tiveres o mestrado e o título de Engenheiro (que em Portugal é atribuído pela Ordem) talvez seja equivalente a. Se tiveres uma licenciatura em Engenharia e fores engenheiro pela Ordem, acho que isso seria simplesmente equivalente aos programas de licenciatura de engenharia em França, ou seja, licenciaturas normais.

EDIT: Também tenho impressão, pelo que vi, que vão sempre pedir-te diploma de engenheiro ou mestrado. Nunca vi uma oferta de emprego que desse com licenciatura na área da engenharia informática, não sei a realidade para as outras.
 
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Grey area. Com a licenciatura de certeza que não tens equivalência porque uma licenciatura seria BAC+3 e o diploma de engenheiro é BAC+5, ou seja, precisas de mais 2 anos de estudo obrigatoriamente. Eles têm programas de engenharia de 3 anos mas não recebes o diploma de engenheiro e por isso, perdes todas as vantagens maravilhosas que vêm associadas a um diplôme d'ingénieur.

Dito isto, mesmo com mestrado em Portugal/UE, não sei bem como é o reconhecimento como Engenheiro em França mas vou passar pelo processo daqui a uns meses e vou posso dar-te mais informação. A minha impressão é que dadas as circunstâncias legais em Portugal, se tiveres o mestrado e o título de Engenheiro (que em Portugal é atribuído pela Ordem) talvez seja equivalente a. Se tiveres uma licenciatura em Engenharia e fores engenheiro pela Ordem, acho que isso seria simplesmente equivalente aos programas de licenciatura de engenharia em França, ou seja, licenciaturas normais.

EDIT: Também tenho impressão, pelo que vi, que vão sempre pedir-te diploma de engenheiro ou mestrado. Nunca vi uma oferta de emprego que desse com licenciatura na área da engenharia informática, não sei a realidade para as outras.
Ah? Em informática? Tás tolo lol, o pessoal aqui faz 3 anos de informática e está bom, e porque queres ir para a ordem com informática? Sabes que aquilo é civil e só não sabes?
E acho estúpido isso do diploma d ingenieur, a UE ainda não pos mão nisso? Isso é contra Bolonha pah
 
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Ah? Em informática? Tás tolo lol, o pessoal aqui faz 3 anos de informática e está bom, e porque queres ir para a ordem com informática? Sabes que aquilo é civil e só não sabes?
E acho estúpido isso do diploma d ingenieur, a UE ainda não pos mão nisso? Isso é contra Bolonha pah
1) Respeito
2) Estamos a falar de Eng. Mecânica
3) Não conheço ninguém pessoalmente que tenha feito só licenciatura em Informática e mesmo que toda a gente tirasse só licenciatura, isso não quer dizer nada sobre como são as coisas em outros países como França.
4) Estou a falar de um processo de reconhecimento de Engenheiro para outro país, não da utilidade da Ordem dos Engenheiros para alguém em Portugal. O título de Engenheiro é, por lei, dado pela Ordem e em certos países pode ser a diferença entre seres considerado Engenheiro ou não (embora em Portugal não faça diferença absoluta nenhuma).
5) Não é contra bolonha. Quem tem o Diplôme d'Ingénieur é também atribuído um Mestrado. É um diploma à parte do processo Bolonha e aos olhos de outros países da UE, os alunos podem simplesmente apresentar o seu diploma de Mestrado.
 
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1) Respeito
2) Estamos a falar de Eng. Mecânica
3) Não conheço ninguém pessoalmente que tenha feito só licenciatura em Informática e mesmo que toda a gente tirasse só licenciatura, isso não quer dizer nada sobre como são as coisas em outros países como França.
4) Estou a falar de um processo de reconhecimento de Engenheiro para outro país, não da utilidade da Ordem dos Engenheiros para alguém em Portugal. O título de Engenheiro é, por lei, dado pela Ordem e em certos países pode ser a diferença entre seres considerado Engenheiro ou não (embora em Portugal não faça diferença absoluta nenhuma).
5) Não é contra bolonha. Quem tem o Diplôme d'Ingénieur é também atribuído um Mestrado. É um diploma à parte do processo Bolonha e aos olhos de outros países da UE, os alunos podem simplesmente apresentar o seu diploma de Mestrado.
Em Portugal tb precisas de uma das ordens para ser engenheiro pah, o que eu disse e que os de informática cagama todos para a ordem que aquilo para eles não tem nada...
Sobre não conheceres nng que só tenha feito os 3 anos de licenciatura, vai ao Reddit e e as resmas de pessoal arrependido de ter feito mestrado ou até saltou a frente lol
Para eles terem o diploma d ingenieur, a profissão de engenheiro precisava de estar regulada por norma europeia, o que não está percebes?
A sério, gostava de saber a faculdade em que tu andas aí na Europa a sério lol
 
Em Portugal tb precisas de uma das ordens para ser engenheiro pah, o que eu disse e que os de informática cagama todos para a ordem que aquilo para eles não tem nada...
Eu vou tentar ser o mais delicado possível... a única coisa que disse foi que para RECONHECIMENTO ESTRANGEIRO pode ser necessário o TÍTULO LEGAL de ENGENHEIRO que é atribuído pela ORDEM DOS ENGENHEIROS em Portugal. Tu conheces a realidade portuguesa, não a de outros países. Ainda mais, estou a falar de um caso específico em que fui claro que não sabia bem o procedimento e que ia ter mais informação daqui a uns meses. Não sei porque é que estás a embirrar com os meus posts.

Não importa se és de Informática ou de Civil, o título de Engenheiro é atribuído pela Ordem, sejas de que engenharia fores. Repito, em Portugal não faz diferença nenhuma para um Eng. Informático ser da Ordem ou não mas no estrangeiro pode fazer devido ao valor legal que o título tem a conversão desse título para o do país que pretendemos.

Acho que não posso ser mais claro do que isto, desculpa lá.

Sobre não conheceres nng que só tenha feito os 3 anos de licenciatura, vai ao Reddit e e as resmas de pessoal arrependido de ter feito mestrado ou até saltou a frente lol
Ir ao Reddit não me faz conhecer ninguém. Estou a dar-te o meu testemunho pessoal como alguém que tirou a licenciatura numa faculdade em Portugal e que nenhum colega/amigo decidiu parar os estudos na licenciatura. Se as estatísticas estão contra ou a favor da minha experiência pessoal, isso é outra história. Posso não conhecer ninguém cego mas isso não significa que não existam pessoas cegas.

Só para adicionar que é muito fácil tirar o mestrado e depois dizer "Bem, devia-me ter ficado pela licenciatura porque aquilo não me serviu de nada" sem calcular que o mestrado foi provavelmente um dos fatores que influenciou o sucesso do indivíduo que está a defender o contrário. Acho ridículo em 2021 alguém estar a defender uma posição de menos educação = melhor quando os trabalhos estão a ficar cada vez mais tecnológicos e especializados. Também há muitos anos atrás era suficiente para teres sucesso com um curso profissional ou o 12º, hoje pedem-te o 12º para ires para uma loja. Em muitas áreas da informática é possível começar a observar isso como é o caso da ciência de dados e inteligência artificial. Não te vão contratar para posições do género sem um mestrado, isso garanto-te. Queres ir fazer websites fofinhos/frontend/backend ou administração de sistemas? Sure, vai lá com a tua licenciatura. Queres trabalhar em algoritmia, cibersegurança, arquitetura de sistemas, IA, data science, compiladores? Boa sorte em arranjar trabalho.

Tu claramente não és de informática e estás a mandar bitaites completamente errados do que faz um Eng. Informático e do seu valor. Nem toda a gente quer tirar um curso o mais rápido possível para ir para uma consultora ganhar 900€/mês e passar o dia a fazer frontend de um site e a programar coisas que foram decididas por arquitetos, engenheiros séniores, UX designers, whatever. Há quem, diria eu sem saber nada do assunto, queira trabalhar em tecnologias fixes como inteligência artificial, robótica, ciência de dados e contribuir para novas coisas serem feitas, coisas que nunca foram conseguidas ou pensadas antes. É a diferença entre fazeres uma receita de panquecas que alguém te deu e seres tu a escrever a receita de panquecas. Se queres fazer panquecas com as receitas dos outros e venderes, epá, diverte-te e espero que enchas os bolsos. Se conseguires encontrar a receita para as panquecas perfeitas, bem, os bolsos quase que se enchem sozinhos, não? Quem é que não vai querer essa receita?

Também é muito fácil defender a posição de "Epa, o que aprendi no mestrado mais valia ter aprendido sozinho em casa" quando a verdade é que 90% das pessoas que dizem isso não teriam aplicado o esforço que aplicaram no mestrado e provavelmente teriam desistido nas primeiras horas de tentar "aprender o que aprenderam no mestrado". Sim, é muito fácil dizer "Oh, eu lia Os Maias em casa, não precisava de estudar isso em Português", quantos é que iam mesmo ler se não fosse obrigatório? E, aliás, quantos é que passam sem o ler?

Nos meus anos de licenciatura tive a oportunidade de falar com muitos representantes de HR pela organização de estudantes que estava envolvido e há empresas que não recrutam licenciados e apenas mestres. Uma delas, pelo menos há 3 anos, era a OpenSoft, que entre muitos projetos que têm, são os responsáveis pelo desenvolvimento do Portal das Finanças.

Para eles terem o diploma d ingenieur, a profissão de engenheiro precisava de estar regulada por norma europeia, o que não está percebes?
Não, não percebo. Porque raio é que deve estar regulado a nível Europeu? Vou repetir, há uma equivalência de um Diplôme d'Ingénieur a um mestrado no processo Bolonha. Para efeitos Europeus, todos os graduate engineers franceses são mestres em engenharia, seguindo as normas Europeias. Da mesma forma que se tirares um mestrado em Engenharia em França que não seja numa Grandes Écoles, és igualmente um mestre em engenharia aos olhos europeus mas não és um graduate engineer aos olhos do sistema Francês porque isso é exclusivamente para quem tem o Diploma de Engenheiro.

Quem tem um diploma de Engenheiro está sujeito a standards muito mais altos do que outros com comissões criadas para garantir que os títulos são bem utilizados. No caso de alguém fazer mau uso do diploma (por exemplo, para obter vantagens em algo) pode estar sujeito a um processo disciplinar e a multas na ordem das 5 figuras.

A sério, gostava de saber a faculdade em que tu andas aí na Europa a sério lol
E estás a querer insinuar o quê com isso? Que ando numa faculdade com uma realidade completamente oposta ou que a tua realidade é completamente distorcida daquilo que é realmente real? Ou, talvez, que o teu conhecimento de Reddit não é suficiente para extrapolares o que significa ser Eng. Informático em Portugal e muito menos na União Europeia?

Este vai ser o meu último post em resposta aos teus e peço desculpa por isso mas não andas a dizer nada de jeito e parece que é impossível explicar-te as coisas mais simples. Acho que não disse nada de outro mundo para ser chamado de "tolo" e tenho a certeza que sei mais do que tu sobre aquilo que estou aqui a falar.

EDIT: Corrigir erros
 
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Boas malta, tenho umas dúvidas sobre o assunto. Inicialmente estava até a pensar em criar tópico mas parece-me que este serve.
Então é o seguinte: sou aluno de um mestrado integrado em engenharia mecânica.
Este ano é o meu 3º ano, tenho os ECTS todos em dia e estou francamente a pensar em suspender os meus estudos para arranjar ocupação profissional durante algum tempo.

Pretendo sem dúvida tirar o mestrado, a médio prazo (por exemplo não me importava de trabalhar durante uns 3 anos e depois voltar ao mestrado em full time).
Mas a verdade é que neste momento há algumas coisas que me fazem não o querer tirar agora.

As minhas dúvidas são as seguintes:

1) Sei que se abandonar o MI com a licenciatura saio com o diploma de "Licenciado em Ciências da Engenharia Mecânica". Quando quiser tirar o mestrado, em primeiro lugar tenho só de fazer 2 anos correto?
(Eu pergunto porque tenho a ideia de que quem antigamente tirava um bacharelato e depois queria tirar uma licenciatura tinha de começar do 0)

2) Quando me candidatar a um mestrado posso concorrer a um mestrado qualquer na área de engenharia mecânica tanto em Portugal como fora?
Ou sou de alguma forma obrigado a concorrer ao mestrado que diz respeito ao mestrado que eu faria caso prosseguisse o mestrado integrado?

3) Posso-me candidatar à ordem dos engenheiros só com este diploma? Quer dizer tenho a ideia que para ter o título de engenheiro pela ordem são precisos os 5 anos, mas creio que o título de engenheiro técnico é dado às pessoas que só fizeram os 3 anos. A dúvida é que consigo aceder a esse título com a "licenciatura em ciências de engenharia mecânica" ou se preciso mesmo de uma "licenciatura em engenharia mecânica"?

4) É possível antes de tirar o mestrado fazer uma pós-graduação na área? Posso fazer uma pós graduação com apenas a licenciatura? Além disso, mesmo que seja possível, acham que vale a pena?

As perguntas que farei daqui em diante é partindo do princípio que de facto só tenho de fazer os 2 anos quando voltar ao mestrado.

1) Por exemplo quando me tiver a candidatar estou em desvantagem contra alguém que tem o diploma "Licenciado em Engenharia Mecânica" (mesmo já pós-Bolonha) ou é indiferente?

2) É possível eu ter de fazer mais cadeiras para além daquelas que estão necessariamente para além do mestrado, porque as minhas de licenciatura não lhe são dadas equivalência? Ou nestes casos isso não é relevante?