A minha opinião difere um pouco do user
@fsantos02, mas concordo que no geral engenharia física em princípio safa-se melhor no meio empresarial.
No entanto, tenho 2 colegas que se formaram comigo e não seguiram para mestrado: um está no Luxemburgo como engenheiro de software e a outra está na Alemanha como assistente de laboratório. Seguir para educação é *muito* raro: por exemplo, num universo de 50+ pessoas (em vários anos), conheci apenas 3 pessoas a querer seguir educação (professor de Físico-Química). A grande, grande maioria dos professores de FQ são formados em química (o que leva a tudo um bias e défice na educação que é outra história).
Apesar de inicialmente o objetivo do pessoal ser seguir para investigação, conheço montes de licenciados em física a fazer as mais variadas coisas, principalmente em empresas, desde: ciências de dados, engenharia de software, outras engenharias (como física ou biomédica), explicadores, professores de FQ, trabalhos em empresas em laboratórios, e por aí fora. É comum ter a perceção de que tirar física só dá para educação ou investigação, mas não podia estar mais longe da verdade, até influenciado pela instabilidade na academia...
Como uma professora minha de outra área (ML/AI) me disse, "os físicos são como ratos, estão infiltrados em todo o lado". Isto demonstra bem a versatilidade do curso :)
Posto isto, volto ao ponto inicial: as coisas não são preto no branco, mas em princípio apenas com licenciatura, engenharia física abre mais portas na indústria (a palavra "engenharia" é muitas vezes um sino para as empresas, para pesar dos físicos)