O Governo vai aumentar em 12% o limiar de elegibilidade para atribuição de bolsa de estudo no ensino superior, no próximo ano letivo. O que é que isto significa? Um aumento entre seis mil a 10 mil de alunos apoiados.
Ao Jornal de Notícias (JN), que avançou com a notícia, o secretário de Estado do Ensino Superior sublinhou tratar-se do “maior aumento dos últimos anos”. Pedro Teixeira não precisou o número de estudantes a que esta mudança pode chegar, mas atirou “um aumento do número de bolseiros entre seis mil e dez mil; é um valor plausível”.
Passam, a partir do próximo ano letivo, a ser elegíveis estudantes cujas famílias tenham rendimentos per capita anuais até 10 548,16 euros.
O objetivo do alargamento de critérios é “mitigar o impacto do custo com alojamento, que é provavelmente o fator mais pesado do ponto de vista financeiro”.
Com o aumento do custo de vida a ter também um impacto nos alimentos, cada vez mais estudantes procuram as cantinas para fazerem as suas refeições, o que está “a causar uma pressão financeira grande nas instituições”, revelou ao JN o secretário de Estado. Assim, está a ser ponderado “um reforço na ação social indireta, nas cantinas”.
“O preço da refeição, explica, “está tabelado”, tendo ao seu gabinete chegado informações das universidades e politécnicos de que “a refeição está-lhes a custar mais do que isso, o que tem que ser suportado pelas instituições”. A ideia é tentar “dar um reforço extraordinário neste ano”.”