O Instituto de Avaliação Educativa (Iave) vai aumentar o grau de dificuldade dos exames nacionais de 2021 para evitar notas “demasiado elevadas”.
Em declarações ao jornal Público, o presidente do Instituto de Avaliação Educativa (Iave), Luís Pereira dos Santos, reconheceu que o modelo usado nos exames nacionais do ensino secundário no último ano letivo contribuiu para que fossem dadas notas “demasiado elevadas”.
Assim, as provas deste ano vão manter os grupos de questões opcionais, mas, para evitar uma situação semelhante, haverá um aumento do grau de dificuldade das perguntas que vão ser feitas.
O modelo dos grupos de questões opcionais vai manter-se nos exames nacionais do ensino secundário e será estendido às provas finais de 9.º ano, onde apenas são avaliadas as disciplinas de Matemática e Português.
Apesar das notas “demasiado elevadas” nos exames nacionais, o presidente do Iave afirmou ao mesmo jornal que a solução encontrada “resultou” e concorda com a sua manutenção neste ano letivo. “As coisas têm que ser um bocadinho mais equilibradas e temos essa preocupação este ano, para que os efeitos sejam mitigados”, disse ainda Pereira dos Santos.
O Iave pretende garantir que as perguntas que são apresentadas em alternativa têm um grau de dificuldade e complexidade semelhante. As mudanças deverão também atingir os grupos de resposta obrigatória.
Segundo o Público, no ano passado, as perguntas mais difíceis quase não tiveram impacto nas classificações: ou os estudantes não responderam ou, por terem tido piores resultados, foram excluídas da contabilidade final.