O movimento ‘A Escola É Nossa!’ tem um protesto marcado para 2 de novembro, convocado pelas redes sociais: uma “greve nacional de alunos”. “É greve porque é grave! Agora é a nossa vez. Exigimos melhores condições para estudarmos”, referiram os alunos, que reivindicam “educação sexual para todos”, “comida decente” nas cantinas ou a colocação de professores e mais assistentes profissionais nas escolas.
Entre os posts, está um manifesto dirigido ao ministro da Educação, João Costa, num formato carta aberta, no qual são revelados 35 pontos com “exigências” que resultaram de uma sondagem online.
“Remover a obrigatoriedade dos exames nacionais. Devem ser apenas para quem quer ingressar na universidade. Não é justo que quem quer apenas ter o 12º ano tenha de se sujeitar a um exame numa hora que ditará o seu futuro no ano seguinte! Não podemos ser prejudicados nos exames nacionais quando não temos professores numa disciplina, por culpa do Governo”, exigem.
“Cada aluno deve ser livre de comer o tipo de comida que quiser. Existem escolas que proíbem os alunos de levar comida de casa e de a comer na cantina! Apenas os pais têm o direito de controlar o que os filhos comem. O problema é deles, não vosso! Deveria existir a possibilidade de fruta gratuita como forma de lanche, para todos. Não apenas para os alunos com escalão (falem com os hipermercados das zonas das escolas: há sempre fruta que pode ser enviada para as escolas, por já não estar boa para ser vendida)”, leu-se no documento.
Mas quem são? À ‘CNN Portugal’, recusaram revelar a identidade. “Quem fundou o movimento foi um aluno tímido e idiota (de ter ideias) que estava farto da injustiça a que todos os alunos estavam a ser sujeitos desde a pandemia”, responderam, garantindo não ter qualquer ligação com sindicatos, partidos ou outros movimentos. “Tentámos fazer ligação a grupos de alunos já organizados, mas sem sucesso. A criação deste grupo servirá para dar voz a nível nacional a todos os alunos. Uma associação de estudantes é uma coisa local”, indicaram.
A 2 de novembro vão avançar para o protesto, que “foi uma coisa única” e não sabem se haverá uma próxima ação, por ser próxima a um feriado e terem a oportunidade de preparar tudo “para chegar com força máxima, sem exames nem testes nos dias antes”.