Decorria o ano de 1908 quando cerca de 15 mil mulheres marcharam por Nova Iorque, exigindo a redução do horário de trabalho, uma melhoria nos salários e o direito ao voto. Este foi o primeiro passo para que, em 1911, fosse celebrado o Dia Internacional da Mulher em países como Alemanha, Áustria, Dinamarca e Suíça, sendo posteriormente oficializado e comemorado em 1975, pela Organização das Nações Unidas (ONU).
No Dia Internacional da Mulher celebra-se a igualdade de género com o avanço das mulheres na sociedade, política e economia ao longo dos anos. O direito à igualdade é ainda parte da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, sendo abordado por diversas diretivas ao longo dos anos.
Também dentro da própria União Europeia podemos encontrar exemplos de mulheres que, pelos seus atos, ajudaram a desenvolver os sistemas que conduziram à estabilidade económica, defenderam a riqueza cultural e a diversidade linguística e inspiraram a Europa que conhecemos hoje.
Entre essas mulheres destacamos Nilde Iotti, cidadã italiana que lutou pelos direitos das mulheres, pelo sufrágio universal e pelas eleições europeias diretas. Combateu na resistência durante a Segunda Guerra Mundial, tornando-se posteriormente uma importante dirigente da União das Mulheres Italianas;
Simone Veil, sobrevivente do Holocausto, mulher política e que, mais tarde se tornou a primeira mulher Presidente do Parlamento Europeu entre 1979 e 1982. Simone Veil foi ainda presidente da Comissão dos Assuntos Jurídicos e membro da Comissão do Meio Ambiente, da Saúde Pública e da Defesa do Consumidor, Comissão dos Assuntos Políticos, Comissão dos Assuntos Externos e da Segurança entre outras. Recebeu em 1981 o prestigiado Prémio Carlos Magno;
Nicole Fontaine, política francesa e presidente do Parlamento Europeu, de 1999 a 2002. Defendeu a educação dos jovens e a Europa dos cidadãos. Mais tarde tornou-se Ministra da Indústria da França e, enquanto deputada do Parlamento Europeu, fez parte da Comissão da Indústria, Investigação e Energia e ainda da Comissão dos Direitos da Mulher e Igualdade de Género;
Louise Weiss, jornalista francesa e mulher política europeia que se tornou defensora dos valores europeus e dos direitos das mulheres. Consagrou a sua vida à promoção da paz, primeiro com o seu trabalho em vários jornais e, em seguida, graças ao seu empenho na causa do direito de voto para as mulheres. Durante a Segunda Guerra Mundial, ajudou a salvar milhares de crianças judias dos nazis e juntou-se à resistência francesa.
Nesta página podes conhecer mais sobre estas e outras mulheres pioneiras da União Europeia.
Atualmente e pela primeira vez na história, existem três mulheres na Comissão Europeia:
- Ursula Von der Leyen, que é também a primeira mulher a ser Presidente da CE. O seu desejo é tornar a Europa mais ambiciosa, sustentável (tanto do ponto de vista ambiental como económico) e preparada para uma era cada vez mais digital. Podes consultar na íntegra as suas diretrizes políticas aqui;
- Elisa Ferreira, a primeira mulher a ser Comissária Europeia por Portugal. Entre as suas responsabilidades destacamos: assegurar o apoio às regiões mais afetadas pelas transições digitais e climáticas, nomeadamente através do Fundo para a Transição Justa; contribuir para a revisão da Agenda Urbana e para a visão a longo prazo sobre as zonas rurais e ainda coordenar o apoio técnico aos Estados-Membros que se preparam para aderir ao Euro.
- Sofia Moreira de Sousa, Representante da Comissão Europeia em Portugal, cargo assumido em 2021. Anteriormente foi Chefe da Delegação da UE em Cabo Verde e conselheira sénior do Secretário-Geral Adjunto da União Europeia e membro do Conselho de Administração das Empresas que se ocupa das negociações com o Irão e das relações da UE com os Parceiros Orientais.
Artigo elaborado em parceria com a Comissão Europeia.