A PRAXE, um tema que é sempre falado no inicio dos anos letivos. Para mim, a praxe é uma forma de integração para aqueles que gostam de atividades de grupo, principalmente aquelas que envolvem farinha, água, etc. O que quero dizer, é que acho que a praxe pode ser uma forma de integração para alguns, mas não para todos.
A meu ver, a integração numa universidade não se baseia na praxe, nem no facto de ser ou não praxado. Aliás, se simplesmente conviveres normalmente com os outros vais de certeza encontrar pessoas disponíveis para te ajudar. E foi isso mesmo que me aconteceu. Eu assumo, não fui praxada, mas também não fui excluída e integrei-me bem! É verdade, eu escolhi não ser praxada, não porque ache que a praxe é algo de errado, ou de horrível, mas porque simplesmente não gosto. Não gosto da praxe e admito-o. Não acho que ouvir os gritos de pessoas mais velhas e estar de joelhos no chão me faça uma pessoa melhor e mais integrada. Contudo, não sou contra a praxe. Acho que a praxe é excelente para quem gosta desse género de atividades. Mas, a meu ver, integração não é a praxe. A integração é feita através do convívio que vais tendo com os teus colegas, que estão exatamente na mesma situação que tu, sem precisar de ir à praxe. És caloiro, és estudante universitário e isso é um título que ninguém te pode tirar, independentemente de teres sido praxado ou não.
No fundo, com esta minha opinião pessoal sobre a praxe, o que quero dizer é que não precisamos de ser praxados para fazermos amigos ou nos integrarmos na vida universitária. Aliás, ao longo dos anos do curso vão ser imensos os momentos que vamos todos conviver com todos, falar com os alunos mais velhos, trabalhar em grupo para projetos, enfim… e é a partir da soma de cada um desses momentos que se vão contruindo e formando amizades. Eu posso afirmar que não fui praxada e que estou a construir boas amizades.
Fui ao primeiro dia de praxe e, sinceramente, foi triste, visto que os meus joelhos nem aguentaram cinco minutos para conseguir percorrer um caminho na calçada. Não gostei que gritassem comigo e que me tratassem como se fosse um ser inferior a eles. Isso NÃO é para mim. Conclusão: cheguei a casa com os joelhos a latejar e andei a por cremes para hematomas durante 2 semanas! Ahah (não se preocupem que a praxe não foi assim tão dura, simplesmente eu é que tenho um problema nos joelhos e devia ter me lembrado disso antes de colocar delicadamente a minha rótula na confortável calçada portuguesa!! ahah).
Concluindo, estou no 2º ano, estou feliz e integrada e neste novo ano vou receber os caloiros com a minha praxe: pôr-me sempre à disposição para ajudá-los no que precisarem e, claro, integrar-me com eles, mostrar-lhes os espaços e o quanto vão conseguir ser felizes enquanto ali estiverem, mostrando-lhes que ao longo do tempo vão sentir dentro deles um sentimento enorme de orgulho por pertencerem aquela faculdade que é deles!!
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Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.
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