Pois bem, mais um desafio lançado pela pessoa que sempre me acompanhou durante todo o meu ano de caloira, para o bem e para o mal. E sabem que mais? Foi a melhor que podia ter!
Apesar de ser dos maiores desafios falar sobre este ano, a verdade é que o ano de caloiro está mesmo acabar e o que está para vir não será de todo “pêra doce”. Todas as responsabilidades que nos foram “retiradas” neste 1º ano, virão ao de cima e sentiremos o peso. O peso que já muitos sentem todos os dias por nós, caloiros!
E na verdade, nem sei bem por onde começar. Mas desde já vos digo, o meu ano de caloira foi um dos melhores, e nunca o vou esquecer!
Sempre tive curiosidade de saber, viver por mim o que seria a Praxe! Porque, se não como toda a gente, como a maioria tive sempre a minha opinião sobre a praxe. Mas algo me dizia que vivê-la seria uma experiência totalmente diferente e única! E foi então, que logo nos primeiros dias de faculdade, do mundo novo que se avizinhava, fui à praxe. E foi aí que tudo começou.
Tenho-vos a dizer que nos primeiros tempos fiquei um pouco reticente e com algumas dúvidas se queria mesmo embarcar naquela aventura com aqueles que estavam do outro lado a puxar por nós, mas ao mesmo tempo já a “dar-nos nas orelhas”.
Mas sabem que mais? Apesar de tudo o que possa ter vivido neste ano, a melhor decisão que podia ter, foi permanecer com aquela família que desde início me acolheu até hoje! E é só impressionante a capacidade que têm de nos darem na cabeça por tudo e por nada, mas ao mesmo tempo conseguirem, de uma forma ou de outra, tornar não só os momentos que passámos com eles, mas consequentemente todos os outros, os melhores que alguma vez pensaríamos ter.
E agora, na reta final de uma das muitas etapas que tenho pela frente, estou-lhes extremamente grata por todas as vezes que ri ás gargalhadas, mas que também chorei. E não digo propriamente que por tristeza, mas também por alegria.
Por todos os valores incutidos, pelo o espírito de grupo, união…
Por todas as vezes que levei na cabeça, não porque até tenha pisado a linha mas porque além o fez. Isto porque em praxe, apesar das hierarquias, não existem diferenças. Ou melhor, existem, porque existem hierarquias mas no “fim” somos todos Um, e quem lá está, está pelo mesmo motivo. Nem que seja marcar a vida de alguém de uma forma diferente, mas que sabe que nunca se esquecerá que “aquela mão que tira, também é aquela que estará sempre lá para amparar ou até mesmo te levantar quando por em alguma circunstância da vida caíres…”
Por todos os almoços de manada, manadas de 1+1h , jantares, festas, convívios, paradas… mesmo que nem sempre presente. Recordarei para a vida o que de melhor ou até pior me fizeram aprender e viver.
Por todos os santos dias ter usado a T-shirt de caloiro, por desde o primeiro dia nos dizerem: “ A partir de hoje esta é a vossa pele! E acreditem que no dia que já não a tiverem que usar, o que mais vão desejar é vesti-la de novo”.
Por todas estas e muitas mais razões. Reconhecida a todos, por tudo!
Mas, e se me perguntarem custou?
Claro que custou, uns dias mais outros menos! (Como tudo na vida!) Muitas das vezes a sensação do “agridoce” esteve presente, mas tudo tem uma razão de ser. E se assim não o fosse, não faria sentido.
No fim, quando virem que o ano já lá vai, e pouco ou nada podem fazer para o mudar. Uma saudade tremenda vai tocar em cada um.
Sem me alongar muito mais, porque podia ficar aqui tempos e tempos a contar-vos todas as aventuras que já vivi pela praxe o melhor conselho que tenho a deixar é “Experimentem, e vivam vocês as vossas aventuras! Porque cada um de nós acaba por viver a praxe e o ano de caloiro de maneiras diferentes, uns mais intensamente outros menos e cada um sentirá na pele de forma diferente. Mas que de certeza vos vai marcar para a vida.”
Se gostarem, ótimo, aproveitem ao máximo! Caso contrário, é mais uma experiência que colecionam ao vosso livro da vida que aos poucos e poucos vão construindo para um dia mais tarde recordar.
E agora? Para aqueles que o ano de caloiro está quase acabar, levem como lição tudo o que neste ano aprenderam.. Sem deixarem de ser vocês próprios, usem de exemplo aquela pessoa que sempre vos acompanhou e fez de tudo por vocês para como inspiração, como base hoje, amanhã ou um dia mais tarde, ensinarem quem de novo vai entrar na fase que vocês agora “deixam” para trás.
Vivam tudo o que tiverem a viver a seu tempo. Mas com intensidade. É daqui que levam as melhores memórias. É daqui que levam as melhores experiências. É daqui que levam as melhores pessoas.
Colabora!
Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.
Gostavas de publicar um texto? Colabora connosco.