Esta terça-feira a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa não abriu portas. O protesto foi convocado pela Associação Académica, depois de ter sido aprovado em Reunião Geral de Alunos no final do mês passado.
Os alunos denunciam “o manifesto desrespeito, traduzido em inúmeras situações de incumprimento, do Regulamento de Avaliação e dos Estudantes pela Direção da Faculdade e pela maioria do seu corpo docente”.
De acordo com um comunicado enviado à Uniarea, desde fevereiro os alunos estão a ser avaliados, “quase exclusivamente, segundo o arbítrio dos docentes e com poucas certezas quanto ao método a que estão sujeitos”.
A Associação Académica dá alguns exemplos: turmas sobrelotadas, “testes escritos” que são exames encapotados, aulas práticas da mesma disciplina em dias consecutivos, desconsideração pelo regime de anonimato, marcação de exames orais sem a devida antecedência, “recusa” de revisão de nota, atraso no lançamento das notas e desconhecimento generalizado, por parte do corpo docente, do Regulamento de
Avaliação. A denúncia de vários destes problemas já tinha sido inclusive feita por um aluno aqui no Uniarea por um aluno que se quis manter anónimo.
Em comunicado, a Associação Académica conclui que a Faculdade não está a cumprir a missão de ensinar e avaliar.
Direção “surpreendida” com protesto
Em declarações à imprensa, o diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa afirmou-se “surpreendido” com a ação dos alunos, uma vez que o tema que motivou o protesto estaria a ser debatido em reuniões com a direção.
Pedro Romano Martinez falou numa “reação desproporcional” por parte dos estudantes e adiantou que, ainda esta quarta-feira, irá reunir-se com os representantes dos estudantes.