O programa de Educação e Formação Erasmus+ apresentou números positivos em 2020 em Portugal apesar das restrições causadas pela pandemia, registando mais 1.197 participantes e um aumento de 15% (506 milhões de euros) do orçamento face a 2019, segundo dados divulgados esta quinta-feira pelo Eurostat.
Em 2020 houve 25.651 participantes em 469 projetos portugueses a beneficiar do programa, atingindo um valor de 50,49 milhões de euros em bolsas de estudo. Estes números registam um aumento face aos 24.454 participantes registados em 2019, vindos de 419 projetos, e com bolsas no valor de 49 milhões de euros. As áreas que mais beneficiaram deste apoio dizem respeito ao ensino superior.
Na área das organizações portuguesas apoiadas, verificou-se o apoio a 145 projetos tanto em 2019 como em 2020, apesar da variação entre categorias. Foram apoiados 43 Projetos de capacitação na área de educação e juventude em 2020 (contra 49 em 2019), 13 mestrados conjuntos Erasmus Mundus (contra 10), 14 Projetos de cooperação entre instituições (contra 34), 51 parcerias na área do desporto (contra 39) e 24 projetos de inclusão social (contra 13).
A Universidade de Lisboa ultrapassou a Universidade do Porto no número de alunos enviados ao abrigo do programa Erasmus+ em 2020. Se em 2019 o primeiro lugar pertencia à Universidade do Porto, e o segundo à Universidade de Lisboa, em 2020 a posição inverteu-se, sendo que a Universidade Nova de Lisboa permaneceu em terceiro lugar nestes dois anos. Já no que respeita ao top de países recetores, este pódio permaneceu inalterado com Espanha em primeiro lugar, Polónia em segundo, e Itália em terceiro.
Na sua generalidade, houve um número mais baixo de estudantes e estagiários tanto a entrar como a sair do país, embora a tendência verificada seja a de um maior número a entrar. No ano de 2018/2019 houve um total de 10.395 alunos e estagiários a sair do país contra 16.222 a entrar. Já no ano 2019/2020 verificou-se a entrada de 9.817 alunos e estagiários contra 15.404 a dar entrada. Também se verificou a mesma tendência com o número de funcionários.
O vice-presidente da Comissão Europeia para o Estilo de Vida Europeu, Margaritis Schinas, declarou que este relatório mostra “a resiliência e a qualidade do programa de intercâmbio emblemático da UE”, acrescentando que em 2020 “o Erasmus + foi mais inclusivo do que nunca e promoveu uma maior participação de pessoas de meios desfavorecidos”.
Em 2020 houve 34 países a participar no programa, os 27 Estados-membros da UE mais o Reino Unido, Islândia, Liechenstein, Noruega, Macedónia do Norte, Sérvia e Turquia.
O Erasmus+ é o programa europeu de apoio à educação através de oportunidades de mobilidade e cooperação no ensino superior, ensino e formação profissionais, educação escolar (incluindo a educação e acolhimento na primeira infância), educação de adultos, juventude e desporto.