Segundo uma notícia do Diário Económico, o secretário de Estado reúne “nos próximo dias” com os politécnicos para analisar possíveis alterações às regras de acesso ao ensino superior.
As novas regras de acesso começarão já no próximo ano, com o que são referidas como “alterações cirúrgicas”, que segundo o secretário de Estado José Ferreira Gomes “não prejudicam e não retiram direitos ou expectativas aos estudantes”. Embora seja referido que as “mais relevantes têm que ser regulamentadas [durante o próximo ano] para terem efeitos de aplicação três anos depois”, garantindo ,assim, uma preparação atempada aos alunos que irão entrar em setembro no ensino secundário.
Embora não exista ainda uma decisão, uma das possibilidades discutidas passa por exigir aos alunos notas mínimas diferentes caso se trate de uma candidatura a uma universidade ou a um politécnico. É dado o seguinte exemplo pelo secretário de Estado: “Podíamos exigir, por exemplo, 14 a Matemática e Física a quem quisesse entrar em alguns cursos universitários. E podíamos exigir só 10 a que quisesse entrar nos politécnicos”. Outra das possibilidades pode ser a alteração das provas de ingresso pedidas pelos cursos: “permitir a entrada com Matemática B para cursos em que entendamos que a Matemática é relevante, mas que não é tão importante”. Está agendada uma reunião nos próximos dias com os politécnicos para discutir estas ideias.
Pode haver uma terceira solução a ser considerada, apresentada em abril pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), e rejeitada na altura pelo Governo. Segundo esta, cada instituição de ensino deveria ter liberdade para decidir o peso das provas de ingresso na nota de candidatura a cada um dos cursos, que atualmente tem uma ponderação de 50% cada. Isto permitiria reduzir o peso que determinados exames nacionais têm na nota da candidatura, e ser possível um aluno concorrer ao mesmo curso com notas diferentes conforme a instituição de ensino em causa.
A ideia geral passará por uma diferenciação nos critérios de acesso no ensino superior politécnico relativamente ao ensino superior universitário. Segundo explica o secretário de Estado, as universidades e os politécnicos “são dois sistemas diferentes e têm objetivos diferentes. Há que fazer a diferenciação que nem sempre é visível pela sociedade”. Além disso, em “algumas áreas técnicas tem havido problemas de diminuição no acesso e de procura”, como é o caso das Engenharias, e por isso, “têm de ser avaliadas”.
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