Tenho horário de tarde. E agora, como vou estudar?

As opiniões divergem um pouco no que diz respeito a horários. Uns preferem de manhã, outros de tarde, e ninguém está contente com o que tem.

Para os que têm o horário de manhã, o desafio é acordar cedo; para aqueles que têm o horário de tarde será o de arranjar tempo para estudar.

A meu ver, ter um horário de manhã compensa. Já tive ambos os horários e apercebi-me que o dia tornou-se muito mais produtivo quando tinha as tardes livres.



 

De momento possuo um horário de tarde e tenho de apanhar transportes todos os dias para chegar à faculdade. Para estar às treze horas na faculdade, tenho de almoçar na cantina (não é a melhor comida) ou em casa às onze horas da manhã de forma a apanhar o comboio depois. Efetivamente, em qualquer uma das situações, por volta das quinze horas já estou com fome de novo. Ao final do dia chego a casa, perto das dezanove horas, sem qualquer vontade de trabalhar devido ao dia cansativo que foi. Após tudo isto, quando é que surge oportunidade para estudar? E para distrair?

Ora aí está! Este modelo de horário proporciona a que o estudante só viva para a universidade e nada mais.

Quanto à ocasião para estudar, o aluno acaba por ter de tomar a decisão de estudar de manhã ou estudar à noite. Curiosamente, para estudar de manhã, é necessário que ele acorde relativamente cedo, o que acaba por ser semelhante para quem tem o horário de manhã. Além do mais, já foram realizadas pesquisas que mostram que as pessoas revelam uma capacidade de raciocínio superior a partir das nove da manhã (já para não falar da notória diferença de postura entre os alunos de manhã e de tarde). Visto que apanho o transporte às onze horas, restam-me apenas duas horas de tempo útil por dia.

 

A vida de universitário não é um mar de rosas quer pelo tempo que percamos em transportes, quer pela pressão transmitida pelos professores e competitividade entre os alunos. Todos nós sofremos as consequências desta mudança. Cabe a cada um de nós, estudantes universitários, saber gerir as escassas vinte e quatro horas de forma a torná-las o mais produtivas possível.

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Este texto faz parte de uma nova série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.

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