Depois da Universidade de Coimbra e de Lisboa terem suspendidos as atividades letivas presenciais, a Universidade do Minho e o Instituto Politécnico do Cávado e do Ave fizeram o mesmo. A suspensão abrange cerca de 22 mil alunos.
Universidade do Minho (UMinho) decretou esta terça-feira a suspensão das atividades letivas presenciais em todos os polos, tanto em Braga como em Guimarães, depois de um aluno ter sido infetado com o novo coronavírus. Até aqui, apenas estavam suspensas as aulas no campus de Gualtar, em Braga.
Agora, por despacho do reitor, a suspensão foi alargada a toda a universidade, uma medida justificada, desde logo, com o agravamento da situação sanitária na região Norte do país nas últimas horas.
Fonte da academia disse esta terça-feira à Lusa que esta suspensão abrange cerca de 20 mil alunos.
No despacho, o reitor, Rui Vieira de Castro, sublinha ainda a necessidade de atenuar o quadro de “grande instabilidade” que afeta a vida da universidade e a necessidade de a academia assumir uma posição que contribua ativamente para a prevenção e o controlo da epidemia de Covid-19.
Conforme decretado anteriormente, os estudantes que se encontram na Residência Carlos Lloyd Braga e na Residência de Santa Tecla (Bloco B e Bloco D) “devem manter-se em quarentena profilática”, sendo-lhes asseguradas as condições necessárias à sua permanência nas residências, como alimentação, cuidados de saúde e higiene
Os estudantes que se encontram instalados nas residências da UMinho com possibilidade de regressar temporariamente ao seu domicílio “devem fazê-lo, minimizando os contactos interpessoais” e respeitando as recomendações da Direção Geral de Saúde.
O Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) também decidiu suspender toda a atividade letiva presencial no campus e polos até ao próximo dia 20 de março, situação que será reavaliada continuamente, em função da evolução do problema e do contexto nacional. “Apesar de não existirem, à data, casos de infeção registados entre os membros da comunidade académica IPCA, esta medida de prevenção é tomada devido ao rápido crescimento de casos de infeção na área de influência do IPCA e também seguindo as recomendações emanadas pelas autoridades de saúde e proteção civil e previstas no Plano de Contingência Interno do IPCA”, refere a instituição em comunicado.
Esta terça-feira, por despacho da Presidente do IPCA, Maria José Fernandes, a comunidade académica IPCA foi informada de que, para além de estarem suspensas todas as atividades letivas presenciais, encontram-se ainda encerrados os espaços onde decorrem atividades de ensino e práticas laboratoriais, a biblioteca e todas as unidades alimentares. Também o serviço de atendimento presencial aos estudantes nos serviços do IPCA fica suspenso, sendo as interações realizadas por e-mail ou telefone.
Pode ler-se ainda no despacho que “todos os eventos calendarizados estão suspensos, adiados ou cancelados, designadamente conferências, seminários, cerimónias, aulas abertas, visitas de estudo, Open Days e eventos de natureza similar”.
Entre as medidas destinadas à prevenção da propagação do COVID-19, o IPCA suspendeu ainda as deslocações em serviço, seja em território nacional ou no estrangeiro.
Estas medidas aplicam-se até ao dia 20 de março, podendo ser ajustadas ou prorrogadas em função da evolução da situação e da avaliação que, em cada momento, for feita da adequação das medidas agora adotadas à finalidade de prevenção e controlo do COVID-19.