O ensino superior tende a ter um custo elevado para os estudantes, os quais devem pagar propinas, comprar o material (sendo os livros, muito frequentemente, bastante caros) e, em muitos dos casos, começar a viver independentemente, o que significa mais despesas com o arrendamento, alimentação, entre outros.
Como forma de reduzir as despesas para os estudantes no ensino superior, a Universidade do Colégio Universitário de Maryland planeia eliminar os livros no seu ensino já a partir do próximo ano letivo, optando, ao invés dos clássicos livros, por recursos online. De acordo com a vice-reitora da universidade, Kara Van Dam, os recursos poderão ser em vídeo ou em texto, mas serão sempre gratuitos. A vice-reitora acredita que isto deverá permitir aos estudantes a poupança de milhares de dólares durante o seu percurso académico.
Também Bob Ludwig, vice presidente das relações públicas, admitiu ao Mic que esta medida “é boa para os estudantes a vários níveis, pois os estudantes poupam dinheiro e não têm de transportar os livros”.
Esta medida é ainda mais importante, quando se verifica que os preços dos livros tem aumentado ao longo dos anos. De acordo com um estudo realizado pelo Gabinete de Contabilidade do Governo dos Estados Unidos da América, o preço dos livros de texto aumentou 82% entre 2002 e 2012.
No entanto, os livros de texto não são absolutamente necessários, ao contrário de outros bens, como o alojamento ou a alimentação, pelo que são uma oportunidade para reduzir as despesas no ensino superior dos estudantes. Além disso, de acordo com Bob Ludwig, “existe muita informação online, e essa é a forma como as pessoas obtêm informação hoje em dia”.
Bob Ludwig acredita mesmo que é possível que dentro de 15 anos já nem se utilizem livros. “Basta olhar para a indústria dos jornais. Ainda se vendem jornais em papel, mas estes cada vez mais perdem relevância perante as versões digitais”.
A Universidade do Colégio Universitário de Maryland é principalmente direcionada para adultos com experiência ao nível do ensino superior, quer seja por um curso anterior ou uma formação no exército, e tem cerca de 90 mil estudantes, os quais deixarão de utilizar livros de texto em breve.