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9 Dicas para a defesa da Dissertação de Mestrado


Acabaste de entregar a tua dissertação e quando achas que o pior já passou, percebes que tens outro desafio pela frente: a defesa do teu trabalho, em frente a um júri que muito possivelmente vai esmiuçar tudo o que fizeste nos últimos meses.

Se este for o teu caso, não desesperes: o facto é que chegando a esta fase do teu percurso académico, podes afirmar que o mais difícil já está feito – mesmo que não aches isso!

Por esse motivo, neste artigo irás encontrar um breve conjunto de dicas para te ajudar a preparar da melhor forma a defesa da tua dissertação e concluíres com sucesso mais um grau académico. Então, quer estejas prestes a preparar a defesa, quer estejas ainda no primeiro ano do mestrado e desejes simplesmente saber o que te espera, este artigo é para ti!

 

 
  1. Conhece a estrutura da defesa: pode parecer óbvio, mas não te conseguirás preparar bem se não souberes por onde começar. Aponta num lugar visível e de fácil consulta quanto tempo tens para apresentar a tua defesa, responder a questões e outras normas importantes que a tua faculdade possa ter em relação a este assunto. Não te esqueças de apontar também a data, hora e formato (presencial ou online) da defesa;
  2. Assiste às defesas de outros colegas: preferencialmente de colegas do mesmo curso. Assim poderás ter uma ideia de como as coisas funcionam na prática, enquanto demonstras apoio aos teus colegas e aprendes mais sobre os estudos que estes desenvolveram;
  3. Conhece o teu trabalho: “Depois de meses a escrever isto, achas que não sei o conteúdo da minha dissertação?”, poderás perguntar. A resposta é sim. Não tenhas medo de mostrar a tua dissertação a amigos e familiares com os quais poderás treinar posteriormente. É natural que depois de meses a ler sobre temas semelhantes, deixes pequenos pormenores de fora. Aponta dúvidas, críticas e pontos onde aches que o trabalho poderia ser melhorado, pois eles poderão ser relevantes enquanto preparas a tua defesa;
  4. Não deixes a preparação para os últimos dias: é tentador pensar que fazer uma apresentação pode ser um processo mais simples e rápido que a escrita de toda uma dissertação, mas se queres ser bem-sucedido recomendamos que tires algum tempo para te preparares convenientemente para este momento. Tens que criar toda a estrutura da tua apresentação, reler novamente o trabalho, pensar nos pontos mais importantes e como os vais resumir e ainda treinar, treinar, treinar. Estás na reta final: não deixes que o cansaço te vença!;
  5. Antecipa perguntas: estudos de caso, fontes bibliográficas, a escolha de determinado método de recolha de dados em prol de outro, etc… É importante antecipares o tipo de perguntas que podem ser feitas, principalmente em relação à vertente prática do trabalho. Não te esqueças de justificar o porquê de teres optado por determinado método ou teoria em prol de outra e o que poderias ter feito de diferente e porquê se voltasses a abordar o teu tema. No caso do júri te fazer uma pergunta para a qual não tens uma resposta, não entres em pânico. Sê sincero e diz que não sabes, mas que essa questão é uma excelente oportunidade de reflexão;
  6. Menos é mais: tal como já deverás ter ouvido no Ensino Básico ou no Secundário, é um erro fazeres uma apresentação com slides carregados de texto e informações. O mesmo vale para as transições e animações. Fica-te pelo básico, apresentando em texto os pontos principais do trabalho e que depois irás explicar oralmente. Usa uma linguagem clara e objetiva. Se a tua dissertação se basear em gráficos, tabelas ou estatísticas, não te esqueças de incluir esses dados de forma visível na apresentação, bem como as principais conclusões e resultados a que chegaste e a pergunta de partida que orientou toda a tua pesquisa;
  7. Ensaia as vezes que forem precisas: depois de terminares de criar a tua apresentação, senta-te num sítio calmo e pratica. Deixa um cronómetro perto de ti e tenta ver quanto tempo demoras a fazer a tua apresentação do início ao fim. Não te preocupes se das primeiras vezes ultrapassares o tempo estipulado na defesa ou se eventualmente começares a gaguejar; à medida que vais praticando, as palavras irão fluir com maior naturalidade e clareza, e se ainda assim achares que estás a demorar mais tempo que o necessário, tenta resumir ou modificar o teu discurso oral, mas sem que este comprometa o que queres transmitir ao júri. Pede aos teus amigos e familiares para assistirem aos teus ensaios e darem-te posteriormente um feedback dos mesmos;
  8. Tem confiança: fazer uma apresentação já pode ser suficientemente difícil em frente a uma turma de colegas com quem falas todos os dias, mas em frente a um painel de jurados pode ser um pesadelo. Tem calma, respira fundo e lembra-te que ninguém domina melhor o teu trabalho do que tu. Foste tu quem o fez, foste tu quem se dedicou durante meses a todos esses capítulos e estudos. Se mesmo assim duvidares da qualidade do que fizeste, lembra-te então: se fosse esse o caso, o teu orientador não te deixaria sequer entregar a dissertação porque ao fazê-lo, ele está também a dar o seu aval em como é algo com qualidade para ser defendido:
  9. Agradecimentos: no final, não te esqueças de agradecer ao júri e outras pessoas que possam estar a assistir à tua defesa. É uma forma de demonstrares respeito e humildade.

No final da tua defesa, o júri irá debater o teu trabalho em particular e comunicar-te posteriormente a nota. Escuta as suas opiniões e conselhos e não te esqueças de lhes agradecer novamente pelo tempo dispensado. Depois disso resta-te relaxar completamente e desfrutar de um merecido descanso – ou mesmo começar a pensar no Doutoramento.

Mas para já, podes sorrir e afirmar: “Já está! Sou Mestre!”