Chamo-me Diogo Rosa e frequentei, enquanto aluno do curso de Línguas e Humanidades do Ensino Recorrente, a Escola Secundária Dom Pedro V (Lisboa). Tendo concluído o secundário há uns meses e terminado agora o meu primeiro semestre na faculdade, não podia deixar passar este momento sem registar umas palavras de aconselhamento para aqueles que estão/estarão a construir o caminho para um futuro mais promissor, tal como eu.
Aos alunos do ensino básico, continuem a desfrutar e a dedicarem-se neste que é um “treino” para a decisiva época estudantil – o secundário.
Porém, nem tudo transparece dedicação e empenho, o que me preocupa. Oiço e vejo muitos alunos do 10º ano a afirmarem coisas como: “É o primeiro ano do secundário, vamos com calma”. Bem, numa coisa estão certos: realmente é o primeiro ano, mas isso não é razão para se relaxarem em relação aos estudos. Aquele primeiro instante em que entraram no ensino secundário, foi o arranque para aqueles que serão, ou melhor, deverão ser os três anos mais trabalhosos, não desprezando os momentos de lazer e afins. As notas do 10º ano também têm a sua influência no que toca ao acesso ao Ensino Superior.
Juntando também os 11º e 12º anos, e generalizando, quando estão a estudar para os testes ou para outros elementos de avaliação, dizem: “Rumo aos 10 valores”. Rumo aos 10 valores porquê se a escala termina nos 20? Nunca estudem para os mínimos, mas sim para os máximos. Se os alcançarem, ótimo, pois será importante para o vosso reconhecimento enquanto alunos, assim como estarão a contribuir para o vosso futuro. Vivemos num país e numa realidade cada vez mais exigente, em que 10, 11, 12 e até me atrevo a dizer 13 valores poderão não vos servir de muito, mas isto também depende daquilo que traçarem para a vossa vida. Esforcem-se! Não refilem com a quantidade de matéria que tenham para estudar. Quando estiverem na faculdade, se for o caso, vão pensar e dizer “Saudades do secundário”, mas não quero assustar ninguém. E um conselho para os Encarregados de Educação: intervenham cada vez mais na vida escolar, sejam assíduos sempre que possível, por mais que isso aborreça os vossos “meninos”.
A mim, resta-me continuar o meu percurso no mundo universitário. Neste momento estou a tirar o curso de Geografia no Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT) da Universidade de Lisboa, curso este que foi a minha primeira opção por ser uma das minhas grandes paixões, embora muita gente o menospreze devido à sua estrutura e saídas profissionais que o mesmo dispõe, coisa que me passou completamente ao lado porque nada iria influenciar a minha escolha/decisão. Quis e quero realizar-me pessoalmente e é isto que é mais importante. Não estou, de todo, arrependido, muito pelo contrário, pois o IGOT, sendo a melhor faculdade de Geografia e de Planeamento e Gestão do Território do país e além de me proporcionar excelentes condições e afins, fez com que certas pessoas entrassem na minha vida e, hoje, as considere como grandes humanos, excelentes amigos, ao ajudarem e aturarem-me sempre que se dá o caso. Num futuro próximo, quem sabe, poderei estar aqui a testemunhar enquanto professor de Geografia, enquanto geógrafo investigador da componente da Física, ou noutro cargo que a área abrange.
Para finalizar, acabo com as seguintes palavras: a ambição não é negativa, muito pelo contrário… Por isso, sejam ambiciosos… Uns ambiciosos felizes!
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Este texto faz parte de uma série de textos de opinião de alunos do ensino secundário e superior sobre a sua visão do ensino e da educação.
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