Esta é a nova imagem da campanha contra as praxes abusivas

Dentro de 11 dias milhares de alunos saberão em que instituição de ensino superior ficaram colocados, e quando efetuarem as matrículas é provável que recebam um folheto com a imagem acima. Da autoria de Joana Abreu, aluna do 1.º ano de Arquitetura da Universidade do Porto, foi a imagem vencedora do concurso para a criação da nova imagem da campanha “Diz não às praxes agressivas e violentas”, que o Ministério da Educação e Ciência lançou há um ano, pela primeira vez.

Esta campanha de sensibilização, composta por 700 cartazes e 60 mil folhetos distribuídos por todas as instituições de ensino superior no arranque do ano letivo 2014/15, “teve como objetivo informar os estudantes recém-chegados ao ensino superior acerca do caráter voluntário da participação na praxe, frisando que nenhum estudante pode ser discriminado por decidir não participar”, refere o MEC em comunicado. Lembra ainda que “as instituições de Ensino Superior devem ser espaços de liberdade e democracia onde cada pessoa é livre de fazer as suas escolhas”.

Fruto do rescaldo do debate gerado pela morte, um ano antes, de seis estudantes da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, no Meco, inclui a disponibilização do endereço electrónico praxesabusivas@mec.gov.pt , que se mantém ativo este ano.

 

De acordo com o gabinete de comunicação do ministério, foram recebidas 74 denúncias naquele e-mail entre Setembro e Dezembro. A maioria (41) foi encaminhada para as reitorias das universidades e para as presidências dos institutos. As restantes (33) não se enquadravam no âmbito da campanha. Estavam relacionadas, por exemplo, com o uso do traje académico, adianta o Público.

A desafio lançado pelo MEC para criar a nova imagem da campanha deste ano concorreram seis estudantes, sendo a vencedora a Joana Abreu, que ganhou um computador portátil.

A candidatura escolhida lembra, segundo a autora do projeto, “que todos os estudantes, aqueles que acolhem e aqueles que chegam, podem dizer “não” sempre que sintam que os seus direitos estão em causa”.