Os judocas da Universidade do Minho demonstraram estar solidários com os seus colegas mais necessitados e “despiram-se” de preconceitos, posando para um calendário que visa angariar verbas para o Fundo Social de Emergência.
A apresentação está marcada para amanhã, dia 11 de fevereiro, pelas 16h00 no Pavilhão Desportivo da UMinho em Braga.

Para Ricardo Macedo, aluno do Mestrado em Marketing e Estratégia, e que dá a cara e o corpo pelo mês de dezembro: “O despertar de consciências toma proporções cada vez maiores. Existem muitas causas que necessitam de ajuda e da cooperação entre pessoas, empresas e outros movimentos associativos. Poder fazer a diferença foi a minha principal motivação. Saber que contribuo para a construção da educação dos elementos que, como eu, serão o futuro da sociedade contemporânea.”

A elaboração gráfica deste projeto ficou a cargo do Ricardo e da Marta Coelho, arquiteta que também é uma das modelos do calendário. Revela que o mais difícil não foi tirar a roupa, mas sim aguentar o frio: “O Judo deu-me a confiança para tirar a roupa – há dois anos atrás não seria capaz. O judoca aprende imenso sobre si e os outros, a respeitar e a reconhecer; existe uma grande noção de equipa e entreajuda, porque apesar de ser um desporto individual é impossível treinar sozinho. Rapidamente me senti em casa, fiz boas amizades, e a vontade de treinar cresceu com isso – nunca senti que tinha de ir aos treinos por algum tipo de obrigação com alguém, gosto genuinamente de treinar e custa-me quando alguma obrigação me impede de o fazer. Também há um grande fortalecimento físico e mental, que nascem da repetição com que cada técnica é executada, na busca pela execução perfeita – o momento em que o esforço é mínimo e a eficiência é máxima.”

Esta causa solidária conta com a participação de dez rapazes e duas raparigas que constituem a equipa de judo. As fotografias foram tiradas pelo mestre Nuno Gonçalves e poderá ser adquirido por cinco euros nas sedes da AAUM, reprografias do campi, gabinetes de apoio ao aluno e pavilhões desportivos.
No ano letivo passado foram aprovadas 51 das 86 candidaturas recebidas, num apoio total superior a 56 mil euros. No corrente ano letivo foram já aprovadas 5 de 14 candidaturas apresentadas, num apoio superior a 3 mil euros.