A correção de um exercício de um teste de Inglês na Escola Secundária de Santa Maria da Feira está a causar polémica e, segundo o Jornal de Notícias o Ministério da Educação já foi chamado a intervir.
Eduardo Couto, um aluno do 11º. ano, do Curso Profissional de Técnico Comercial daquela escola, escreveu que os acessórios mala, gravata, boné, collants, colar, cachecol e cinto poderiam ser todos usados por ambos o sexos.
A professora de inglês não concordou e assinalou algumas das respostas como erradas. O caso chocou o aluno que contestou a correção e, segundo o próprio, foi ameaçado com falta disciplinar se continuasse a insistir na discussão.

“A roupa não tem género e vou bater-me por uma sociedade igualitária”, escreveu o aluno no Facebook, onde também publicou uma uma fotografia do exercício.
“A professora não justificou a decisão, apenas disse que já estava corrigido e era aquela a correção. Mas, penso que a questão não é o caso em sim, mas o que ele representa. Acho que esta discussão é importante, pois em 2019 ainda há quem pense que homens não podem usar determinadas roupas e mulheres não se podem vestir da forma que querem. A questão crucial não é o caso em si, mas a luta que ele representa”, disse Eduardo Couto ao DN, frisando que a escola onde anda – a Secundária de Santa Maria da Feira – “não é preconceituosa”.
Eduardo Couto é simpatizante do Bloco de Esquerda e foi o mais novo delegado a discursar na convenção do partido em novembro, escreve o Jornal de Notícias.