Portugal volta a reforçar a sua presença no ensino superior internacional com nove universidades classificadas no QS World University Rankings 2026, divulgado esta semana pela consultora britânica Quacquarelli Symonds (QS). As subidas significativas de várias instituições portuguesas mostram um esforço nacional contínuo em áreas como a investigação, a reputação académica e a internacionalização — com destaque para a Universidade de Lisboa, do Porto e da Nova de Lisboa.
A Universidade de Lisboa volta a ser a instituição nacional melhor posicionada, subindo 30 lugares em relação ao ano anterior e ocupando agora o 230.º lugar do ranking mundial. A Universidade do Porto protagoniza uma das maiores subidas desta edição, avançando 41 posições, do 278.º para o 237.º lugar, consolidando-se como uma das universidades mais competitivas a nível internacional.
Outro destaque vai para a Universidade Nova de Lisboa, que sobe do 388.º lugar em 2025 para o 327.º em 2026, uma melhoria de 61 posições que a coloca pela primeira vez à frente de Coimbra. Já a Universidade de Coimbra encontra-se agora na 347.ª posição, enquanto a Universidade de Aveiro figura no 419.º lugar, ambas com desempenhos sólidos que mantêm estas instituições no grupo das melhores 500 universidades do mundo.
A Universidade do Minho também melhora face ao ano anterior e surge agora no 566.º lugar. O ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa posiciona-se no intervalo 711–720, e a Universidade Católica Portuguesa sobe para o intervalo 781–790. A Universidade do Algarve destaca-se com uma melhoria significativa ao entrar na gama 1001–1200, confirmando a crescente valorização internacional da instituição.
O QS World University Rankings, elaborado anualmente pela consultora britânica Quacquarelli Symonds (QS), avalia mais de 1.500 universidades em todo o mundo com base em sete indicadores principais: reputação académica (30%), reputação entre empregadores (10%), rácio de docentes por estudante (10%), citações por artigo (20%), índice H (5%), rede internacional de investigação (5%) e internacionalização, medida pela proporção de professores e estudantes estrangeiros (20%). Estes critérios procuram refletir a qualidade do ensino, o impacto da investigação, a empregabilidade dos diplomados e o grau de internacionalização de cada instituição.
Este ranking pode ser útil para os alunos que estão a terminar o ensino secundário e que pretendem candidatar-se ao ensino superior já no próximo mês. Embora o posicionamento global de uma universidade não deva ser o único fator a considerar, pode fornecer uma perspetiva valiosa sobre a reputação académica e científica das instituições, especialmente para quem pondera seguir percursos internacionais ou em áreas altamente competitivas.
A nível mundial, o ranking continua a ser liderado por instituições de referência. A Massachusetts Institute of Technology (MIT) mantém o primeiro lugar pelo 13.º ano consecutivo, seguida da Imperial College London, que sobe ao segundo lugar, e da University of Oxford, no terceiro. A Harvard University e a University of Cambridge completam o top 5 mundial. Estes resultados refletem o domínio das universidades anglo-saxónicas nos rankings internacionais, sustentado por décadas de investimento em investigação, captação de talento e redes de colaboração globais.
Portugal continua, assim, a afirmar-se no panorama do ensino superior internacional, com várias universidades a registarem progressos consistentes no QS World University Rankings. Estes resultados demonstram o potencial e a crescente qualidade das instituições de ensino superior nacionais, sendo mais um fator a considerar pelos estudantes na construção do seu futuro académico.