A U.Project faz a ponte entre estudantes universitários com vontade de trabalhar e startups à procura de talentos. Esta organização sem fins lucrativos é dinamizada por uma equipa de cinco estudantes do Porto.
“O presidente e fundador Bruno Silva, antes de levar a cabo esta iniciativa, tentou criar outros projetos que não conseguiram passar do papel. Este problema é o de 9 em cada 10 startups, que por falta de recursos não se tornam sustentáveis. Esta situação, bem como a necessidade de melhor valorizar o talento dos estudantes universitários em Portugal, foi o que motivou Bruno a constituir aquilo que hoje é a U.Project.” refere Rita Cardoso, do departamento de comunicação e marketing, ao Uniarea.
Além disto, “todos os estudantes do ensino superior procuram mostrar o seu potencial e construir o seu currículo. No entanto, situações revoltantes, como a existência de estágios não remunerados e a falta de comunicação entre os jovens e as oportunidades que existem, colocam um grande obstáculo a estes estudantes. Se assim é, porque não possibilitar uma ligação de interesses entre alunos e startups?”
Tudo começa com o registo gratuito na rede de talentos e oportunidades da organização. Para tal, alunos e empresas devem responder ao formulário disponível em www.uproject.pt. Numa segunda fase, cada elemento desta rede terá um atendimento personalizado, à medida de cada jovem e de cada empresa. O objetivo é encontrar o casamento perfeito e o início de um futuro de sucesso para ambas as partes interessadas.
“O que distingue a U.Project de todos os outros, é a sua versatilidade. Não nos focamos apenas em listar oportunidades. Analisamos individualmente o perfil de cada aluno universitário de modo a propor-lhe o estágio, part-time ou microprojeto que mais se adeque às suas áreas de estudo/de preferência. É, portanto, esta entrega especializada a cada membro da nossa base de dados, quer sejam alunos ou startups, que nos distingue. Há uma facilidade de encontro e de custos proporcionada por nós para servir os interesses de ambas as partes envolvidas”, responde a Rita quando lhe perguntamos o que os diferencia.
A U.Project lançou uma campanha de crowdfunding com o intuito de “alimentar o funcionamento” do projeto durante o primeiro ano de atividade. Decorrerá depois o processo de colocação dos estudantes nas startups, bem como a criação de uma rede de parceiros na academia portuense.
“Para sustentar a ideia, após a campanha de crowdfunding, iremos cobrar uma taxa de sucesso às startups ao primeiro ordenado de cada recrutamento – na eventualidade de acolher vários alunos na sua equipa, fica mais económico à startup pagar esse valor por cada colocação – ou projeto concluído no âmbito de crowdsourcing”, adianta a Rita Cardoso.